segunda-feira, 20 de abril de 2015

Toma lá, dá cá...



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

Esse país está podre, isso eu já sabia, mas a cada dia me convenço de que está mais podre do que eu imaginava. Na semana passada, após a dona Dilma enviar para o Senado o nome de Luiz Edson Fachin, escolhido por ela para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada com a aposentadoria do Ministro Joaquim Barbosa, o presidente da casa, o "nobre" senador Renan Calheiros, sentenciou que um indicado para o STF " com digital do PT" seria rejeitado pelo plenário.

A princípio isso poderia até ser um indicativo da independência entre os três poderes, animador até. Não demorou muito o nobre Renan é chamado aos porões do Palácio do Planalto e saiu de lá com um discurso totalmente diferente. Continuo ainda achando natural, afinal o poder de convencimento existe. Mas em um país onde impera a podridão política combinada entre os três poderes da República, nós deveremos sempre estar com um pé na frente e outro atrás.

Não deu outra. O bravo, decidido e corajoso senador após tomar um antídoto indiscriminadamente usado em Brasília e genericamente chamado de "toma lá dá cá", esqueceu totalmente as digitais do candidato Fachin. Esse produto é produzido em larga escala em região plana e alta (planalto) e tem como ingredientes falta de ética e de moral. E foi usado por Renan Calheiros, indicação do Dr, Aloizio Mercadante, após consultar o prontuário do mesmo nos arquivos do Supremo Tribunal Federal (STF),  com a supervisão do Palácio de Planalto.

A ação desse antídoto é seletiva e vai agir no STF, onde o senador tem uma doença crônica (processo) há oito anos e que lhe causa enormes transtornos, apesar dos fervorosos cuidados  dedicados pelo enfermeiro Lewandowski (relator do processo). Acredito eu que a partir dessa data, após essa terapia exclusivamente tupiniquim, o senador estará curado, risonho e com excelente recuperação das defesas orgânicas (políticas) e apto a frequentar, sem riscos, os corredores do Congresso e, inclusive, os insalubres porões dos palácios de Brasília, mesmo estando esses abarrotados de ratazanas.


Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário