Hoje ocorreu um debate entre Júlio Marcelo de Oliveira, procurador junto ao Tribunal de Contas da União, e Luís Inácio Adams, advogado-geral da República, na Comissão de Finanças e Controle da Câmara dos Deputados. O assunto, claro, foram os acordos de leniência que a Controladoria-Geral da União quer firmar com as empreiteiras do petrolão, ao largo da Justiça, sob os auspícios de Adams e a chancela do TCU.
Nem o próprio advogado-geral da União, que vende até a mãe para ganhar uma vaga de ministro do STF, parecia muito animado em fazer o jogo do governo. Pelo visto, a pressão dos procuradores e de parte da imprensa está surtindo efeito.
Contra todas as evidências, Adams repetiu que os acordos de leniência não significam uma interferência na Operação Lava Jato em prol dos corruptores e corruptos e que as multas a serem pagas pelas empreiteiras seriam razoáveis.
Ouviu de Júlio Marcelo de Oliveira argumentos irrefutáveis, tais como:
"Leniência ampla e geral não existe em lugar nenhum do mundo. O que se faz é um acordo limitado com a primeira empresa disposta a entregar as outras."
"Não é que os acordos de leniência possam atrapalhar a Operação Lava Jato. Eles já atrapalharam, porque a sua simples perspectiva fez com que empreiteiras deixassem de fazer acordos de delação premiada."
"Além do custo da punição, é preciso calcular o custo de não punir."
http://www.oantagonista.com/posts/o-debate-entre-o-procurador-do-bem-e-o-advogado-geral-do-mal
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