Posted: 08 Jan 2015 03:06 AM PST
O cartunista francês Georges Wolinski, conhecido por seu trabalho de forte teor erótico e político, está entre os mortos no ataque contra o escritório da revista satírica "Charlie Hebdo", em Paris, nesta quarta-feira (07-01-2015). Ele tinha 80 anos.
"Georges Wolinski (Túnis, 28 de junho de 1934 — Paris, 7 de janeiro de 2015) foi um cartunista e escritor de quadrinhos francês".
"Wolinski influenciou todo mundo que 0 Brasil conhece: Ziraldo, Jaguar, Nani, Henfil, Fortuna... Nascido na Tunísia em 1934, Georges Wolinski se mudou com a família para a França em 1946. Começou a publicar suas tiras nos anos 1960, em trabalhos satíricos que envolviam política e sexualidade.
Durante o maio de 1968 francês – série de manifestações e protestos estudantis por reformas na educação que logo teve adesão de trabalhadores e resultou em uma greve geral –, Wolinski foi cofundador da revista "L'Enragé".
Na década seguinte, passou a fazer parte de jornal comunista "L'Humanité". Outros veículos com os quais colaborou foram "Liberácion", "Paris-Match" e "L'Écho des Savanes", além de "Charlie-Hebdo".
Uma das personagens mais marcantes de Wolinski foi a polêmica Paulette, criada junto do artista Georges Pichard (1920-2003) também o início dos anos 1970. Ela foi uma espécie de musa dos quadrinhos da época e apareceu pela primeira vez nas páginas da revista de humor "Charlie Mensuel" .
Depois de descontinuar seus estudos de arquitetura em Paris, Georges Wolinski tornou-se cartunista em 1960, contribuindo com cartuns eróticos e políticos, além de tirinhas cômicas na revista mensal Hara-Kiri.
Durante a revolta dos estudantes de maio de 1968, Wolinski foi co-fundador da revista de sátira L'Enragé com Siné.
No início dos anos 70, Wolinski participou, com o quadrinista Georges Pichard, da criação de Paulette, que apareceu em Charlie Mensuel e provocou reações na França durante sua publicação.
O trabalho de Wolinski pode ser visto diariamente no jornal Libération, semanalmente no Paris-Match, L'Écho des savanes e Charlie Hebdo.
Georges foi assassinado por radicais islamistas em 7 de janeiro de 2015 na redação da revista Charlie Hebdo durante um ataque terrorista. No mesmo ataque, morreram outros importantes cartunistas como Tignous, Charb e Cabu.
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