segunda-feira, 6 de outubro de 2014

QUE A ONU NÃO PERCA A OPORTUNIDADE

Artigo especial para a B&A e www.50anosdetextos.com.br

A presidente da República Federativa do Brasil, presidenta Dilma Rousseff, mulher de fibra, de coragem e que deplora o sentimentalismo exagerado dos que se chocaram com a violência e a crueza do ISIS, abriu a 69ª Assembleia Geral da ONU com um discurso excelente que não foi compreendido pela imprensa tupiniquim.

Dona Dilma recordou a todos os que se achavam no plenário da ONU o que ela e Lula não se cansam de repetir: o Brasil acabou com a miséria, com a fome, com a desigualdade e com a mortalidade infantil e combateu a homofobia, além de seu governo lutar em favor da transparência e do combate à corrupção.

Ela acentuou que três em cada quatro brasileiros integram a classe média e os estratos superiores da sociedade. Como segundo o IBGE somos 201 milhões, façam as contas, senhores, e vejam o tamanho de nossas classes média e superiores! É estupendo!

Enfim ela fez um retrato desta potência, no que fez muito bem. Não era possível deixar que o resto do mundo só visse o Brasil como o país cujos cidadãos gastaram em oito meses 17 bilhões de dólares em compras e passeios no exterior!

Somos muito mais do que isso e temos uma chefa que não se curva diante de país algum. Por exemplo, querer que o Brasil assinasse a Declaração de Nova York sobre Florestas quando já reduzimos em 79% o desmatamento das florestas nos últimos dez anos! Onde já se viu tamanho desaforo?

Pois ela não assinou coisa nenhuma!

E por que cargas d’água ela se curvaria aos desejos de certos chefes de Estado no combate ao ISIS? O uso da força, nesses casos, seria uma prova de fraqueza intelectual e moral!

Mas dona Dilma, presidenta de um país que enfrentou galhardamente as decapitações no seu estado do Maranhão, sabe que não é pela força bruta que se resolvem esses problemas, mas pelo uso da força das palavras exatas, no tempo certo, i.e., pela diplomacia.

Será que a ONU vai perder a oportunidade de enviar dona Dilma como sua Embaixadora Plenipotenciária para dialogar com o ISIS?

Não creio que com sua vida atribulada desde mocinha ela tenha tido tempo de aprender muitas línguas, mas para isso ela tem a assessoria do brilhante Marco Aurélio Garcia, que seria um embaixador ex aequo et Bono.

Da minha parte, além da confiança em sua atuação, tenho, sinceramente, muita pena dos membros do ISIS. Eles não sabem o quanto é cortante ummeu querido dito em dilmês!

Que a ONU não perca a chance única que lhe foi dada por Deus e envie, o mais urgente que puder, dona Dilma ao encontro do ISIS.

São meus votos.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa* – Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa.

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