Gleisi Hoffmann Mantendo distância – No primeiro turno das eleições, quando disputava o governo do Paraná, a senadora petista tentou se descolar da presidente Dilma Rousseff e do PT. Tirou o vermelho da propaganda política e chegou a cancelar uma caminhada com a presidente na Rua XV de Novembro. No segundo turno, depois de um fiasco eleitoral histórico (3ª colocada com 14% dos votos) e de ter transformado o PT do Paraná em um partido nanico, Gleisi se converteu em uma espécie de alma penada da política paranaense, assombração da qual qualquer um quer distância.
A situação agravou-se sobremaneira depois que vazou a informação de que a campanha de Gleisi recebeu R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, do esquema da Petrobras, através de Alberto Youssef, velho conhecido da petista e do seu marido, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações).
Na caminhada que fez pelo centro de Curitiba, na última sexta-feira (17), Dilma vetou a presença de Gleisi, temendo a exploração de sua imagem ao da mais nova envolvida no escândalo do Petrolão que veio à tona na edição do último sábado (18) do jornal “O Estado de S. Paulo”. O PT tentou justificar a ausência de Gleisi na caminhada – e no comício de Dilma – com a desculpa de que a ex-ministra estaria ocupada cabalando o apoio de Christiane Yared (PTN), deputada federal mais votada no Paraná, para a presidente e companheira de legenda. Tosco, o argumento naufragou em seguida pela inconsistência, depois que Yared reafirmou em sua página no Facebook que não pretende qualquer candidato no segundo turno.
A situação de Gleisi Hoffmann não é das melhores, pois seu envolvimento em eventos graves e explosivos tem dificultado qualquer estratégia para reverter o quadro. Entre os imbróglios recentes que pontuam o currículo de Gleisi merecem destaque a perseguição ao estado do Paraná quando ocupou a Casa Civil, a contratação de um pedófilo para cuidar das políticas do governo federal para menores e o fato de ter recebido dinheiro do escândalo conhecido como “Petrolão” para sua campanha ao Senado.
De tal modo, a carreira política de Gleisi parece se encaminhar para um fim precoce e melancólico. Pelo menos é o que mostram os números das últimas eleições. Em 2006, quando concorreu ao Senado Federal (e perdeu), a petista arrancou das urnas 2.299.088 votos. Em 2010, obteve 3.196.468 votos quando disputou e se elegeu senadora. Na disputa pelo governo paranaense, Gleisi teve apenas 881.857 votos. Dentro do PT já se fala que a ex-ministra-chefe da Casa Civil deve se contentar em disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2018, quando encerra seu mandato no Senado.
Para quem um dia sonhou em substituir Dilma Rousseff na Presidência da República, Gleisi é um fenômeno às avessas. Esse calvário que cresce a cada dia é reflexo da presunção da senadora e principalmente da forma truculenta como tenta intimidar a imprensa nacional, quando vê as suas bizarrices divulgadas por veículos de comunicação. O editor do ucho.info foi uma das vítimas desse apreço de Gleisi Hoffmann pela censura, apenas porque se valeu dos direitos constitucionais de informar e de manifestar livremente o seu pensamento
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