sábado, 27 de setembro de 2014

O dia em que a moça da limpeza virou questão de prova


“Em suas carreiras vocês encontrarão muitas pessoas, todas são importantes. Elas merecem sua atenção e cuidado, mesmo que tudo que você faça seja sorrir e dizer oi"

Diego Andreasi
Tempos atrás, escrevi um texto acerca do temaInvisibilidade Social, uma referência ao trabalho de mestrado do psicólogo brasileiro Fernando Braga Costa, no qual o pesquisador concluiu que “as pessoas  enxergam apenas a função  social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira uma mera sombra social”, ou seja, caso você não aparentar ser uma pessoa bem sucedida, está correndo um sério risco de se passar como um ser invisível perante os demais.
Uma das causas que leva a esse problema de invisibilidade social está descrita no meu texto, no que segue a passagem: “o mundo anda tão rápido, estamos tão ocupados e temos um dia tão ruim que nos tornamos mimados.  Para nós é muito mais fácil ignorá-las e simplesmente impor às nossas vontades. Convenhamos, é relativamente fácil tratar as pessoas como se fossem invisíveis, contanto que consigamos o que queremos”.
Não por menos, novamente me deparei com essa questão no excelente livro Todos se Comunicam, Poucos se Conectam: desenvolva a comunicação eficaz e potencialize sua carreira na era da conectividade, de John Maxwell, no qual o autor conta uma história que retrata exatamente o tema em questão:
“Durante meu segundo ano da faculdade, nosso professor nos deu um questionário. Passei por todas as perguntas até ler a última:
Qual o primeiro nome da moça que limpa a escola?
Certamente isso era uma piada. Havia visto a moça da limpeza diversas vezes, mas como poderia saber o nome dela? Entreguei meu papel deixando a última questão em branco.
Antes de a aula acabar, um aluno perguntou se a última questão contaria em nossa nota. “Certamente”, o professor disse. “Em suas carreiras vocês encontrarão muitas pessoas, todas são importantes. Elas merecem sua atenção e cuidado, mesmo que tudo que você faça seja sorrir e dizer oi".
Nunca esqueci essa lição. Também aprendi o nome dela, era Dorothy.
Pois bem, e se eu te perguntasse qual o nome do porteiro do seu prédio, você saberia me responder? 

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