terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ESPECIALISTAS APOSTAM EM APARTAMENTOS MENORES PARA MERCADO IMOBILIÁRIO DE SP


Mercado descarta queda nos preços dos imóveis em São Paulo, mas prevê crescimento menor em 2014. O desempenho do setor imobiliário no ano passado superou todas as expectativas, com elevação de 25% nas vendas.
Para os interessados em comprar a casa própria, o cenário é de manutenção da alta nos preços, mas sem sobressaltos, num ritmo mais estável.
Linea Perdizes - Blog do Parlare
O professor da USP, João da Rocha Lima Júnior, responsável pela área imobiliária da Escola Politécnica, descarta a “bolha” no mercado paulista. Já o presidente do Secovi, Claudio Bernardes, culpa as exigências que os empreendimentos têm que fazer pelo aumento dos preços; e o advogado especialista em direito imobiliário ressalta que o ano atual será “menor”, devido aos grandes eventos.
Para 2014, a previsão de crescimento oscila entre 5% a 10%, mas o mercado se mantém aquecido, pela disponibilidade de financiamentos.
Sem bolha
“Nós tivemos nos últimos anos um crescimento relevante de preços”, analisa o professor Lima Júnior. “Não chegamos a atingir nenhum nível de bolha; chegamos a atingir algum nível de desacerto de mercado em 2011, mas que foi rapidamente ajustado”, diz.
“Então, os preços foram crescendo porque os custos foram crescendo muito acima da capacidade de pagar do mercado, das pessoas em geral. Tanto que os lançamentos comerciais vêm cada vez mais diminuindo de tamanho para o mesmo público-alvo”, completa João da Rocha Lima Júnior.
Contrapartida
É a inflação dos custos do empreendimento, segundo o presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis), Claudio Bernardes, que torna mais salgados os preços do setor.
Em entrevista ao repórter Jovem Pan Marcelo Mattos, Bernardes explica que o preço do imóvel é formado pelos custos e pela margem de lucro, mas que esta não tem se alterado nos últimos tempos.
Portanto, os custos que mais têm subido, de acordo com Bernardes, são os de material e os “custos relacionados ao terreno, um dos principais insumos”, por causa das regulações de uso e ocupação do solo.
“Tem aumentado muito o número de contrapartidas que os empreendimentos têm que dar para a cidade do ponto de vista de construção de rua, tem caso que tem que fazer viadutos, então tudo isso é agregado ao preço”, reclama o presidente da Secovi.
O balanço de 2013 do Secovi ainda não está fechado, mas em novembro as vendas cresceram 28% sobre outubro.
Mini-ap´s
Por outro lado, o advogado Márcio Bueno lembra que “o ano de 2014 vai ser menor do que os outros anos; nós vamos ter o carnaval em março, a Copa do Mundo e depois as eleições, então o ano vai encurtar”.
Porém, Bueno acredita no foco do lançamento de apartamentos simples, não de alto padrão, de um ou dois dormitórios, para um novo público.
Em 2013 houve um aumento expressivo, cerca de 200% das vendas dos imóveis de 1 dormitório.
A limitação de terrenos obriga a redução na área construída para o preço do imóvel se adequar ao bolso do comprador.
Fonte: JP Online

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