segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

ESTÃO DEFENDENDO UM JOSÉ DIRCEU DO PASSADO, QUE NÃO EXISTE MAIS. QUANTO A GENOINO E DELÚBIO, SEM COMENTÁRIOS.


Carlos Newton
É impressionante, na internet, o bombardeio de artigos e notas defendendo José Dirceu, José Genoino e até inexpressivo Delúbio Soares, mas não se registra o mesmo fenômeno em relação a outros personagens da mesma novela, como Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry, Bispo Rodrigues e Marcos Valério.
Essa defesa massiva na mídia eletrônica é algo jamais visto aqui no Brasil, desfechada simultaneamente em sites, blogs, e-mails e redes sociais, com argumentos que chegam ao ridículo, ao considerar que Dirceu, Genonio e Delúbio estariam literalmente atravessando “uma via crucis”, o que significa compará-los com Jesus Cristo, vejam a que ponto de fanatismo político chegamos, e justamente na época de Natal.
Nessas mensagens que inundam a internet brasileira, os três destacados petistas são considerados como “presos políticos”, ao invés de “políticos presos”, o que é um belo jogo de palavras. Mas como podem ser presos políticos, se o regime é comandando pelo próprio PT e o Supremo tem ampla maioria de ministros  nomeados pelos próprios governos petistas?
NÃO SÃO OS MESMOS…
Seus defensores esquecem que, hoje, Dirceu, Genoino e Delúbio nada têm a ver com o que foram antes. Dirceu, por exemplo, tornou-se um homem muito rico, por usar indevidamente seu prestígio político para conduzir negócios e negociatas junto governantes petistas nos âmbitos federal, estadual e municipal. Deveria ser execrado por isso, mas no PT a prática de dar esse tipo de “consultoria” é vista como atividade normal e regular.
Dirceu não é exceção, mas pode ser considerado o maior exemplo de sucesso como “consultor”, a mesma atividade exercida hoje pelo ex-ministro Antonio Palocci e pela também ex-ministra Erenice Guerra, todos fazendo fortuna com “consultorias” e festejados pelo antigamente “partido mais ético do país”, no dizer de seu fundador Lula.
PIMENTEL E DELÚBIO
O ainda ministro Fernando Pimentel também fez o mesmo. Abriu uma consultoria em Belo Horizonte e chegou à perfeição – receber o dinheiro sem prestar os serviços. Foi um escândalo, um vexame nacional, mas a presidente Dilma Rousseff o manteve no cargo, alegando que os “malfeitos” foram cometidos antes de o companheiro Pimentel ser nomeado ministro, um desculpa realmente criativa e patética.
Para não ficar para trás, Delúbio Soares, que era um modesto professor de Geografia no ensino básico, também se tornou um bem-sucedido “consultor de empresas” em Goiânia, intermediando negócios com a prefeitura do petista Paulo Garcia, vejam só que coincidência.
E Genoino mostra agora todo o seu caráter. Aposentado na Câmara com 20 mil mensais, pede nova aposentadoria por invalidez, para elevar o pagamento para 27 mil, além de sua Bolsa-Ditadura. Como diz Silvio Santos, é tudo por dinheiro, nesse falso guerrilheiro, que delatou os companheiros sem ter sido torturado, conforme relato do coronel Licio, que o prendeu no Araguaia, e Genoino não o desmentiu.
Traduzindo: esses falsos petistas não são mais os mesmos, e o PT, também não. Sua direção prepara uma seção de desagravo a Dirceu, Genoino, Delúbio e o resto da quadrilha. Mas o que esperar do PT? O que esperar da política brasileira? Existe algum partido verdadeiramente nacionalista e que defenda os interesses da população? A resposta é o silêncio. Nossa geração politicamente fracassou.

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