Posted: 20 Aug 2013 02:47 AM PDT
POR JORDI CASTAN
Em tempo de poucas opções, ganha corpo a ideia de que escolher o menos ruim é a melhor opção. É um erro supor que o menos ruim seja o melhor. O menos ruim continua sendo uma péssima escolha.
Vivemos esta situação na eleição municipal passada, aqui em Joinville, frente a uma coligação que foi denominada de KCT por congregar, num mesmo grupo, o candidato Kennedy Nunes, com o apoio prefeito Carlito Merss e pelo ex-prefeito Marco Tebaldi.
Esse engendro político reunia antigos inimigos declarados e, nesse momento, tinha um único objetivo: a volta ao poder, no caso do Tebaldi, a chegada ao poder, no caso do Kennedy, ou simplesmente a permanência nele, no caso do Carlito. É evidente que os maiores interessados, além dos próprios lideres do processo, foram os assessores, cabos eleitorais e apaniguados que corriam um serio risco de perder os cargos e teriam que voltar a trabalhar, alguns provavelmente por primeira vez na vida.
Frente a esta coligação estava a candidatura liderada pelo candidato Udo Dohler, que se apresentava como a menos ruim. Pouca gente que o conhecesse e tivesse acompanhado a sua vida pública fora da empresa tinha a certeza que era a melhor opção para Joinville. Mas representava a opção menos ruim. Eu mesmo votei nele no segundo turno. Se por um lado tinha a certeza, hoje confirmada, de que o seu governo não seria brilhante, por outro sabia que tinha - e tem - experiência administrativa e não deveria cometer erros crassos, inaceitáveis para um administrador público.
Joinville enfrentou naquele momento uma situação que corremos o risco de viver de novo em 2014, tanto no nível estadual, como no nível nacional, o dilema de ter que escolher o menos ruim, porque não há no horizonte nenhuma opção viável que possa ser considerada boa ou que seja claramente melhor.
E teremos que, de novo, fazer escolhas, sabendo que nenhum resultado será bom. Há os que defendem que não se deve praticar o voto útil. Que votar no menos ruim continua sendo uma péssima opção. Anular o voto ou exercer o voto de protesto é uma alternativa, inócua, mas que ganha corpo, entre uma parcela do eleitorado frente a falta de outras opções. O eleitor enfrentará, cada vez com maior frequência, o desafio de ter que escolher entre péssimas opções. E terá que fazer a sua escolha.
Pessoalmente, tenho cada vez menos certeza que votar no menos ruim seja uma boa opção, mas não consigo identificar uma alternativa melhor. Convivo diariamente com o resultado da minha escolha e fico dividido entre acreditar que fiz o melhor possível ou que contribuiu para ter em Joinville um mal menor e a duvida me martela cada dia. Qual será a melhor opção? Qual é a escolha correta? Alguém autoritário, que sabe ler um balanço e que ouve, mas não escuta. Ou alguém que paquera a demagogia sem experiência administrativa, mas que está mais sensível a outras parcelas da sociedade? Difícil escolha.
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terça-feira, 20 de agosto de 2013
O menos mal não é o melhor
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