Os mercados imobiliários nos Estados Unidos e na Europa, que sofreram grandes perdas com a crise financeira a partir de 2008, ganharam novo fôlego este ano e já se recuperam no cenário mundial. O momento é favorável com a forte elevação dos preços, crescimento expressivo do investimento residencial, alta nas vendas e locações de imóveis - fruto do aumento das vagas de empregos nesses países e do otimismo dos empresários locais.
Segundo uma pesquisa das consultorias S&P e Case Shiller, os preços das moradias para uma única família nos Estados Unidos subiram em março, registrando o maior ganho anual em quase sete anos. O índice de 20 áreas metropolitanas obteve ganho de 1,1%, segundo dados ajustados sazonalmente, superando a estimativa de economistas de 1%.
De acordo com o diretor geral da i-Uni Brasil (Imobiliárias Unidas), Rodrigo Caporrino, a recuperação imobiliária americana continua a fornecer uma fonte de força para a economia. “As vendas de imóveis dos EUA dá bons sinais de recuperação. Os preços estão subindo há mais de 12 meses e o número de execuções de hipotecas caiu 52% desde setembro de 2010”, diz.
Um bom exemplo de que o mercado imobiliário melhorou inclusive no segmento de alto luxo, é o edifício residencial na 432 Park Avenue em Nova York, que já completou US$ 1 bilhão em vendas de apartamentos e terá 96 andares, segundo a assessoria do empreendimento no Brasil. O apartamento de menor valor custa US$ 7 milhões e o mais caro - a cobertura no topo do prédio - é listada por US$ 95 milhões. Os compradores são norte-americanos, e outros vêm da América do Sul, Oriente Médio, Reino Unido, China e Rússia.
Na Europa o mercado também está melhorando. Uma pesquisa recente da Price Waterhouse Coopers revela que os europeus estão otimistas em relação aos próximos meses. Cerca de 80% dos entrevistados afirmaram que a crise gerou oportunidades de negócios, incluindo a abertura de pequenas empresas.
Na Espanha, por exemplo, onde a rede i-Uni Brasil possui escritório e está em negociação para abrir as duas primeiras unidades da empresa nas regiões de Astúrias e Cantábria, as construções que estavam paradas desde o início da crise foram retomadas. Observa-se uma retomada da ordem de 30% das obras paradas nesta região. Embora a Espanha tenha a mesma característica dos Estados Unidos e seus Estados autônomos (na Espanha, províncias), nota-se que há uma movimentação singular generalizada para sair da crise, ainda que com resultados modestos.
Os bancos de países europeus resgatados pela União Europeia já disponibilizam linhas de crédito com juros baixos para fomentar o chamado “auto emprego”, onde as pessoas abrem pequenos negócios e passam a viver deles. Caporrino diz que 2013 está sendo marcado pela gradual recuperação do desempenho econômico e da confiança das empresas. “Isso acaba preparando os empresários e trabalhadores do setor para uma retomada mais consolidada em 2014. A i-Uni Brasil está otimista e aposta muito na Europa para crescer”.
Essa retomada positiva nos mercados imobiliários dos Estados Unidos e dos países europeus geram bons frutos também para o Brasil. Esse reflexo pode ser sentido em vários setores da economia como turismo, mercado financeiro e, inclusive, no mercado imobiliário com uma demanda crescente de interessados em comprar, vender e alugar imóveis dos dois lados do atlântico através de plataformas de negócios como a que a i-Uni Brasil propõe.
Fonte: Mariana Giordão NOTÍCIAS - Economia
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