terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Era só que faltava: PPS vai pedir quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Rosemary Noronha



Infelizmente, não pude viajar até São Paulo e fazer plantão na 5ª Vara Federal, para saber se Rosemary Noronha compareceu a juízo ou descumpriu a determinação da juíza Adriana Zanetti. Há alguns dias, o advogado Celso Vilardi adiantou que sua cliente cumpriria a ordem judicial se fosse intimada, embora a determinação judicial seja clara, obrigando a companheira de viagens de Lula a comparecer em juízo de 15 em 15 dias. Como nenhum jornal noticiou a ida dela, acho que ela não foi. Certamente está muito atarefada, cheia de compromissos profissionais e sociais, é compreensível.
Mas não adianta esconder tanto a ex-chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo. Queira ou não, ela vai ter de se apresentar diante da juíza Adriana Zanetti, caso contrário poderá ser presa por desobediência a ordem judicial. E os 15 dias do prazo da juíza  se completaram ontem, dia 7.
E o pior é que o PPS decidiu solicitar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Rosemary Noronha ao Ministério Público Federal de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do partido, a representação será entregue à Procuradoria nesta quarta-feira.
Além disso, o PPS já protocolou um requerimento pedindo que a Comissão Representativa do Congresso Nacional cobre informações do Ministério da Fazenda sobre a participação de Rosemary nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários, a Previ, e a compra do banco Nossa Caixa pelo BB.
INTIMIDADE COM LULA
Segundo a Folha, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), diz que as informações serão úteis para esclarecer o esquema montado pela ex-chefe da Presidência em SP. “Ela gozava da intimidade do ex-presidente Lula para fechar negócios escusos. A quebra dos sigilos desta senhora é fundamental para esclarecer toda essa sujeira. Inclusive para saber se houve envolvimento, ou não, do ex-presidente da República nessa história”, afirmou o parlamentar, em declarações ao jornal paulista.
Como se sabe, Rosemary é ex-chefe do gabinete da Presidência da República no Estado e foi apontada pela Polícia Federal como integrante de um esquema de venda de pareceres fraudulentos do govero, desvendado na Operação Porto Seguro.
Depois a eclosão do escândalo, os dirigentes da Polícia Federal alegam que só quebraram o sigilo do e-mail de Rose e nem chegaram a pedir que se quebrasse também o sigilo telefônico. Mas a medida logo levantou suspeitas, porque a rotina na PF é primeiro quebrar o sigilo telefônico. Somente depois, quando há evidências, é que são quebrados os sigilos de e-mail e bancários.
A explicação é de que a PF não quebrou o sigilo telefônico de Rose para evitar que o ex-presidente Lula fosse submetido a constrangimentos, em função da intimidade das conversas entre ele e a ex-assessora. Neste caso, não há dúvida de que a Polícia Federal agiu certo, porque a vida particular de Lula só interessa a ele e à sua família. Mas a oposição acha que tem o direito de devassar as conversas entre Lula e Rose, porque o então presidente usou recursos públicos para agradar a companheiras de viagens e a família dela, dando emprego até ao ex-marido de Rose, que usou um diploma falso de curso  superior para fazer jus à elevada função. Ah, Brasil…

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