terça-feira, 10 de julho de 2012

OBRA-PRIMA DO DIA - ENGENHARIA MILITAR Fortalezas Portuguesas - Castelo de Almourol


Enviado por Ricardo Noblat - 
10.7.2012
 | 12h00m

“Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. 
Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo.(Wikipedia)”.
Só essas informações não bastam para dar uma ideia da maravilha que é o pequeno castelo de Almourol. Se há um lugar encantador, que nos remete à infância e aos livros de histórias, é essa bela fortaleza. Margeando o Zêzere, de repente, ao longe, o castelo. Se você não ficar intrigado, passe ao largo e siga em frente. Não merece mesmo parar...
As raízes históricas da edificação do Castelo de Almourol apontam para o século II a.C. O castelo terá sido erguido no local de um primitivo castro lusitano conquistado pelos romanos. Posteriormente, foi ocupado pelos Alanos, Visigodos e Mouros.
A fortaleza de "Almorolan" (do árabe pedra alta) foi conquistada aos mouros no reinado de D. Afonso Henriques (1129) que a doou a Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, encarragado da defesa da zona do Tejo.
Entre 1160 e 1171, o Castelo de Almourol foi reedificado e terá sido várias vezes restaurado nos reinados seguintes. Em escavações efetuadas no interior e no exterior foram encontrados vários vestígios da presença romana e, naturalmente, do período medieval, mas nada do fabuloso tesouro dos Templários que a tradição popular diz estar escondido na ilha.
Apesar da irregularidade do maciço granítico que lhe ditou as formas, é um exemplo notável de arquitetura militar da Idade Média. O castelo obedece a uma planimetria quadrangular dividida internamente em dois recintos: um exterior e voltado a montante, com "porta de traição" e muralhas reforçadas por nove torres circulares, altas e esguias; no interior, numa zona mais elevada rodeada por panos de muralhas, ergue-se a torre de menagem de três pisos, da qual restam como elementos originais as sapatas onde assentava o vigamento.
Diversas portas de cantaria comunicam com as diferentes partes do castelo e várias escadas dão acesso ao caminho entre as ameias quadrangulares e seteiras quadradas que coroam as muralhas. Por cima da porta de entrada, duas lápides alusivas à reedificação de Gualdim Pais e, sobre a janela aberta na torre de menagem a primitiva insígnia dos Templários, a chamada cruz pátea.
Se você gosta de histórias de príncipes e princesas, cavaleiros e gigantes malvados, leia em Lendas no site da Wikipédia sobre Almourol para ter uma ideia das belas lendas tecidas em torno do castelo.
Vista aérea da aparente calma do Tejo quando se encontra com o Zêzere...  

Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, Portugal 

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