quarta-feira, 23 de maio de 2012

A versão cangaceira de Jânio Quadros


23/05/2012
 às 17:26 \ Direto ao Ponto


O jornalista Ancelmo Gois publicou em sua coluna as três notas abaixo reproduzidas:
Lembrando Jânio
Fernando Collor, na CPI do Cachoeira, tem chamado mais atenção pelo… linguajar circuncisfláutico. Quinta, ao justificar a estapafúrdia tentativa de convocação do coleguinha Policarpo Jr., da “Veja”, declamou:
— Não se me acoime de ter comportamento alapado, lançadiço ou rafeiro em relação ao hebdomadário em tela.
Hã?
Gois explica…
“Acoimar”, segundo o “Aurélio”, é castigar, punir, censurar. “Alapado” é escondido. “Lançadiço” é desprezível. “Rafeiro” é o indivíduo que acompanha sempre o outro, como cão de guarda, vigiando-o, defendendo-o. “Hebdomadário” é semanário, caso da “Veja”.
Em tempo…
“Circuncisfláutico” quer dizer rebuscado, pretensioso.
Na sessão da CPI desta terça-feira, Collor apertou a mão de Carlinhos Cachoeira, cumprimentou o advogado Márcio Thomaz Bastos pelo bom trabalho como defensor do delinquente e instalou-se na cadeira de inquisidor. Minutos depois, caprichando no olhar de assustar Pedro Simon, o pecador militante que acusa inocentes sem ficar ruborizado reincidiu no palavrório estranhíssimo para recomeçar a guerra contra a imprensa independente.
As dimensões do surto obrigaram a direção do Sanatório a antecipar a inauguração do Puxadinho Fernando Collor, reservada a hóspedes de alta periculosidade. É o caso da versão cangaceira de Jânio Quadros.

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