terça-feira, 29 de novembro de 2011


Nova modalidade de compra imobiliária compartilhada Voltar
Fonte: Armando de Oliveira Lima - Diário do Nordeste

No Brasil, apenas três empreendimentos adotaram esse tipo de comercialização: dois na Bahia e um no Paraná.
Uma nova modalidade de compra de imóveis está chegando no mercado cearense. Trazida pela Viva Vacation, a chamada compra compartilhada, onde um grupo de pessoas se une para adquirir um imóvel e passa a dividí-lo ao longo do ano, espera aderir 20 empreendimentos no Ceará até o fim do ano que vem, segundo o proprietário da empresa, Paulo Angelim.
De olho, no primeiro momento, nas incorporadoras, ele também informou que já fechou contratos com seis delas."É um outro mercado, é um outro canal. É uma possibilidade de trazer gente que estava com dinheiro parado para dentro do mercado", ressaltou Angelim, em apresentação para representantes do setor e empresários cearenses. De acordo com ele, a modalidade é visada principalmente pelos clientes da chamada segunda moradia, uma casa ou apartamento que seja usada para passar férias ou temporadas.
No Brasil, enquanto apenas três empreendimentos (dois na Bahia e um no Paraná) adotaram esse tipo de comercialização de imóveis, a Vivo Vacation já possui certos os cinco destinos: Cumbuco (Caucaia), Praia de Iracema e Porto das Dunas (ambos em Fortaleza), Aquiraz e Guaramiranga, nos quais estão empreendimentos cadastrados para a venda de imóveis dentro da chamada venda compartilhada e ainda são negociados outros em Paracuru, Fortim e no Estado de Natal.
Angelim ainda afirmou que o objetivo é que as "incorporadoras não só mais permitam que seus imóveis sejam vendidos nesse modelo, mas que sejam adotados como estratégia de negócio". À Viva Vacation caberá a administração das casas adquiridas, onde reserva para si uma porcentagem da comissão paga pelos donos pela manutenção da propriedade.

Fortalecimento
Com a expectativa de aumentar o número de unidades habitacionais no mercado cearense, proporcionando maior atividade para corretores a partir de uma igualdade no nível de renda do cliente. Segundo Angelim, estão na mira as classes A e B.
"E ele (o cliente) vai pagar a parcela dele no mesmo tempo que o outro pagará a propriedade plena dele", ressaltou, dando exemplos nos quais os valores da venda compartilhada chegam a um quarto do valor do imóvel todo. Outro setor que poderá ser potencializado a partir da modalidade é o de turismo, de acordo com o proprietário da Viva Vacantion.


Como funciona
Ao comprar um imóvel dentro da venda compartilhada, o cliente terá um número de semanas no ano para passar, no qual, segundo explicou Angelim, são divididas igualmente entre baixas e altas estações entre os proprietários.
"Não confundir com tempo compartilhado, que é direito de uso, é venda por algum tempo. Na venda compartilhada é ad eterno, é enquanto o imóvel existir, ou seja, você é dono do seu imóvel o tempo todo", esclareceu. O cliente ainda poderá trocar as semanas da casa adquirida com outras propriedades locais ou até internacionais, caso o imóvel esteja cadastrado em uma empresa de porte maior. Para tal, nenhum dinheiro será desembolsado, segundo garantiu Angelim.
Sobre a expectativa para os imóveis, ela afirmou que já há incorporadoras do Ceará interessadas nas casas e apartamentos que serão construídas aqui. Além disso, ela avalia que a vendas daqui também serão cobiçadas pelos estrangeiros cadastrados na RIC devido às Copas que Fortaleza sediará.

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