Nova modalidade de compra imobiliária compartilhada Voltar
Fonte: Armando de Oliveira Lima - Diário do Nordeste
No Brasil, apenas três
empreendimentos adotaram esse tipo de comercialização: dois na Bahia e um no
Paraná.
Uma nova modalidade de compra de
imóveis está chegando no mercado cearense. Trazida pela Viva Vacation, a
chamada compra compartilhada, onde um grupo de pessoas se une para adquirir um
imóvel e passa a dividí-lo ao longo do ano, espera aderir 20 empreendimentos no
Ceará até o fim do ano que vem, segundo o proprietário da empresa, Paulo
Angelim.
De olho, no primeiro momento, nas
incorporadoras, ele também informou que já fechou contratos com seis
delas."É um outro mercado, é um outro canal. É uma possibilidade de trazer
gente que estava com dinheiro parado para dentro do mercado", ressaltou
Angelim, em apresentação para representantes do setor e empresários cearenses.
De acordo com ele, a modalidade é visada principalmente pelos clientes da
chamada segunda moradia, uma casa ou apartamento que seja usada para passar
férias ou temporadas.
No Brasil, enquanto apenas três
empreendimentos (dois na Bahia e um no Paraná) adotaram esse tipo de
comercialização de imóveis, a Vivo Vacation já possui certos os cinco destinos:
Cumbuco (Caucaia), Praia de Iracema e Porto das Dunas (ambos em Fortaleza),
Aquiraz e Guaramiranga, nos quais estão empreendimentos cadastrados para a
venda de imóveis dentro da chamada venda compartilhada e ainda são negociados
outros em Paracuru, Fortim e no Estado de Natal.
Angelim ainda afirmou que o
objetivo é que as "incorporadoras não só mais permitam que seus imóveis
sejam vendidos nesse modelo, mas que sejam adotados como estratégia de
negócio". À Viva Vacation caberá a administração das casas adquiridas,
onde reserva para si uma porcentagem da comissão paga pelos donos pela manutenção
da propriedade.
Fortalecimento
Com a expectativa de aumentar o
número de unidades habitacionais no mercado cearense, proporcionando maior
atividade para corretores a partir de uma igualdade no nível de renda do
cliente. Segundo Angelim, estão na mira as classes A e B.
"E ele (o cliente) vai pagar
a parcela dele no mesmo tempo que o outro pagará a propriedade plena
dele", ressaltou, dando exemplos nos quais os valores da venda
compartilhada chegam a um quarto do valor do imóvel todo. Outro setor que
poderá ser potencializado a partir da modalidade é o de turismo, de acordo com
o proprietário da Viva Vacantion.
Como funciona
Ao comprar um imóvel dentro da
venda compartilhada, o cliente terá um número de semanas no ano para passar, no
qual, segundo explicou Angelim, são divididas igualmente entre baixas e altas
estações entre os proprietários.
"Não confundir com tempo
compartilhado, que é direito de uso, é venda por algum tempo. Na venda
compartilhada é ad eterno, é enquanto o imóvel existir, ou seja, você é dono do
seu imóvel o tempo todo", esclareceu. O cliente ainda poderá trocar as
semanas da casa adquirida com outras propriedades locais ou até internacionais,
caso o imóvel esteja cadastrado em uma empresa de porte maior. Para tal, nenhum
dinheiro será desembolsado, segundo garantiu Angelim.
Sobre a expectativa para os
imóveis, ela afirmou que já há incorporadoras do Ceará interessadas nas casas e
apartamentos que serão construídas aqui. Além disso, ela avalia que a vendas
daqui também serão cobiçadas pelos estrangeiros cadastrados na RIC devido às
Copas que Fortaleza sediará.
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