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Por Ernesto Caruso
Tirar o sofá, deixar como está, ou julgar a responsável? Como diria César, “à minha mulher não basta ser honesta, tem que parecer honesta.” História ou estória com veste de verdade. Um marido tirou o sofá, César se divorciou.
Há alguém que não vê corrupção no governo central? Em valores nunca antes vistos no Brasil? Há... Lula é um deles; até hoje considera inocentes J. Genoíno e J. Dirceu (preso pela segunda vez). O PT, também.
Em parte, o STF na versão “do B” quando desfez a condenação por formação de quadrilha dos petistas condenados no mensalão. Na cena, várias cidades, agências bancárias, cheques emitidos e sacados, empresas de publicidade; “nada combinado” entre os donos de banco, deputados, ministros e empresários criminosos.
Já o jurista Hélio Bicudo, em entrevista no Roda Viva, acrescenta: “... uma das coisas que me impressionou muito foi o enriquecimento ilícito do Lula... eu conheci o Lula quando morava em uma casa de 40 m², hoje o Lula é uma das grandes fortunas do país, ele e os seus filhos. Quem está atrás disso? Quem está querendo que isso venha à tona? O que o Lula fez para ser o miliardário que ele é hoje?... O Lula se corrompeu e corrompe a sociedade...”.
Hélio Bicudo é o líder do pedido de impeachment. Integrou o PT e foi candidato a vice-governador juntamente com o Lula. Vão dizer que o jurista faz parte da direita golpista? Lula, Dilma e o PT são um bloco monolítico de atuação sob a mesma bandeira?
Ora, não se pode ignorar o julgamento político que se faz necessário da “presidenta” pelo Congresso Nacional no processo de impeachment, e, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na Comissão de Ética. Do presidente do Senado Renan Calheiros pelo STF. O da Dilma e Temer no TSE. Cada um a seu tempo. O mais urgente possível para a estabilidade política e econômica. Chega de subterfúgio, como a última da “presidenta” no apagar de 2015.
Eis que a MP 703 (18/Dez) altera dispositivo da Lei 12.486/2013 com prejuízos ao controle externo exercido pelo TCU no que concerne aos acordos de leniência. O Tribunal contesta as referidas alterações.
Leniência e delação podem até atenuar as penas privativas da liberdade, por ampliar as teias da lei e alcançar toda a quadrilha, mas inadmissível quanto aos prejuízos financeiros causados ao Estado. Há que se devolver até o último centavo com as respectivas multas. Descalabro que se soma à repatriação de valores com anistia.
Impeachment não tem nada a ver com a impopularidade da “presidenta” com afirma o ministro J. Wagner.
Nem com incompetência, punível pelo voto consciente, não obrigatório, não estúpido, inconsequente, debochado, de protesto, no candidato que não sabe dizer e o que fazer em proveito do cidadão, dele próprio eleito (a não ser o bônus/desvios), e do eleitor que não avalia a seriedade a pautar a administração pública.
Dela — Administração Pública — a sociedade tudo depende, do nascimento das gentes à velhice assistida. Saúde, segurança, educação, transporte e emprego de que tanto pregam. Eleitor conivente com a incompetência e desonestidade, próprias de políticos profissionais que se perpetuam nos podres Poderes e aparecem nas manchetes e inquéritos policiais.
Mas, a quem interessa tal tipo de formatação social? - Aos partidos que a usam quando recrutam candidatos sabidamente sem prática na vida pública, sem conhecimento e experiência no campo da Administração, mas famosos, que somarão votos na eleição de tantos quantos se juntem ao “rebanho tangido” no arremedo de democracia sob domínio do poder central e caciques.
“Alguns presos do mensalão entraram de punho erguido na cadeia... Dilma achou a maneira simbólica de erguer o punho ao ser revelado o elo do petrolão com a sua campanha... Mesmo quando arruínam o país, querem passar por incompreendidos salvadores.” (Fernando Gabeira)
Os inconformados integram os 90% que reprovam a “presidenta”. A maioria repudia a solução de tirar o sofá.
Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado-Maior, reformado.
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