sábado, 4 de outubro de 2014

Artigo, José Giusti Tavares - Olívio e a corrupção como recurso revolucionário

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Na foto, Marta Harnecker, ideóloga comunista, foi monitora de Olívio. Sobre ele, Olívio e Augustin ela manteve conversações e depois escreveu: "Eles defendem que o PT seja o Partido único que queremos". Nem que seja preciso fazer o diabo. 



* José Antônio Giusti Tavares
Cientista Político

       Em novembro de 2001, o Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da  Assembléia Legislativa do RS sobre a Segurança Pública, de autoria do Deputado Vieira da Cunha e aprovado por sólida maioria, indiciou por crime de responsabilidade e improbidade administrativa o então governador Olívio Dutra e o vice-governador Miguel Rossetto. O Relatório concluiu ainda pela inelegibilidade do governador e indiciou 45 pessoas, entre as quais integrantes do  governo e da administração pública estadual, em particular delegados e outros funcionários da  polícia estadual, por diferentes delitos, todos associados ao mesmo caso.
      O libelo compreendia a associação do governo com jogo do bicho e a conversão da então Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (LOTERGS) em abrigo para o dinheiro da contravenção,  bem como a lavagem do dinheiro dela recebido pelo PT para a construção da famosa sede partidária, simulando doações de empresas, em particular a  MARCOPOLO, as quais, negando aquela alegação, denunciaram a fraude. Ademais, em 2001 o grupo de Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ganhara a licitação para gerir a LOTERGS, que o governo Olívio revogou após a conclusão da CPI que passara a denominar-se do jogo do bicho. Mas sob outra denominação aquele grupo contraventor permaneceu na gestão da loteria estadual até 2004, quando o contrato que a estabelecera foi rescindido governador Germano Rigotto.
           Contudo, o mais importante entre os denunciados pela CPI  foi Diógenes José Carvalho de Oliveira, por formação de quadrilha, falsidade ideológica, falso testemunho e estelionato. Diógenes, conhecido como Diógenes do PT, amigo e associado íntimo de Olívio e de Tarso Genro, fora fundador e presidente do Clube da Cidadania, em 1998, que funcionava como um banco para arrecadar contribuições àquele partido.
            É quase impossível sumariar a carreira de Diógenes. Membro do Partido Comunista Brasileiro, fugiu do Brasil em 1964; passou algum tempo em Cuba onde fez um curso de terrorismo revolucionário; logo, retornando ao país, ingressou na Vanguarda Popular Revolucionária e iniciou a sua numerosa carreira homicida, na qual se destaca por sua brutalidade inumana o assassinato do capitão do exército norte-americano Charles Chandler, em frente à sua residência diante de sua esposa e dois filhos. Para executar o capitão Chandler, Diógenes usou a arma que, durante um assalto Banco Mercantil de São Paulo, arrebatara ao vigia depois de matá-lo. Mas, confrontado com a CPI, foi tomado por taquicardia e, retirando-se nervosamente do recinto da Assembléia Legislativa, urinou-se.
            Entrevistado à época, o deputado Vieira da Cunha,   relator da CPI, afirmou que "não há como desvincular a figura do Olívio e a do Diógenes; para nós eles estão umbilicalmente ligados".
           A afirmação de Vieira  da Cunha contém uma profunda verdade e, em meu entendimento, aponta para um elemento comum aos dois personagens: a estranha fé no comunismo auto-destrutivo.
Em sua gestão como prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra foi orientado por Marta Harnecker, conhecida ideóloga marxista e militante do movimento comunista latino-americano, que registrou em seu livro Fazendo Caminho ao Caminhar (Ed.Thesaurus,Brasília,1996), suas conversações com Olívio Dutra, Tarso Genro e Arno Augustin, concluindo que "o   modo petista de governar é parte da concepção de partido único".

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