Por Germano Leardi Neto*
Isso significou, na prática, uma pressão pelo aumento do metro quadrado em toda cidade. Como os lançamentos de um dormitório se concentram em bairros mais comerciais, que já possuem área mais valorizada, isso trouxe lucratividade maior para as construtoras. O preço médio do metro quadrado em São Paulo saltou de 7,2 mil reais em 2012 reais para 8,7 mil reais em 2013. Gostou desses números? Saiba que, antes de investir, você precisa conhecer mais esse setor para minimizar o risco.
Há dois grandes tipos de públicos para os imóveis de um dormitório. Primeiro, jovens, normalmente estudantes, que estão buscando a sua primeira casa. Há, também, profissionais que migraram de outra cidade, mas não pretendem fincar raízes no lugar em que trabalham. Nos dois casos, essas pessoas procuram esse tipo de imóvel para ficar por um tempo determinado, normalmente em aluguel. Por isso, os imóveis ficam concentrados em regiões próximas de áreas comerciais ou de universidades. Há um terceiro perfil interessante para esse setor. Por ter valor menos elevado do que os imóveis de dois ou mais dormitórios, esse tipo de apartamento costuma ser comprado por quem começa a investir no setor imobiliário.
Vale lembrar que essa tendência de valorização de apartamentos de 1 dormitório também está ajudando outros tipos de imóveis pequenos. Na ponta mais econômica, estão as quitinetes (ou conjugados). Esse tipo de apartamento, com um único cômodo, integra cozinha, sala e quarto, além de um pequeno banheiro. Com, no máximo, 35 metros quadrados, as quitinetes são interessantes para quem quer gastar menos e ter garantias que a procura por aluguel será alta – desde que o imóvel esteja localizado em bairros centrais ou com muita procura.
Do outro lado, na ponta de custo maior, estão os lofts. Esses tipos de apartamentos possuem um dormitório apenas, mas são bem amplos e tem desenho moderno, aproveitando o espaço de maneira mais inteligente. Aqui, um único cômodo agrupa quarto, cozinha e sala, enquanto o banheiro fica separado. Eles são opção interessante para quem quer um público que não precisa de muito espaço, mas procura uma arquitetura diferenciada (e tem mais recursos financeiros).
A última opção nesse setor são os flats. Você provavelmente já sabe, mas não custa lembrar que esse tipo de apartamento faz a junção entre condomínio e hotelaria, oferecendo para os moradores serviços como lanchonetes, lavanderias e arrumadeiras. Quanto ao tamanho, variedade é o que não falta. Os mais tradicionais costumam ter 25 metros quadrados a 66 metros quadrados úteis. Para os investidores, flats são uma ótima oportunidade de negócios, já que a lei do inquilino não entra dentro das negociações de um aluguel desse segmento. Portanto, os aluguéis costumam ser superiores aos residenciais.
E aí, já pensou em fazer um investimento desses? Opções não faltam.
*Germano Leardi Neto é diretor de relações institucionais da franqueadora imobiliária Paulo Roberto Leardi.
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