A fatalidade,
Várias vezes,
No meu caminho aparece;
Mas,
Não consegue perturbar
A minha serenidade.
No meu caminho aparece;
Mas,
Não consegue perturbar
A minha serenidade.
Somente,
No meu olhar,
Poisa e fica mais tristeza
No meu olhar,
Poisa e fica mais tristeza
Não me revolto,
Nem desespero.
Nem desespero.
-- Quero morrer em beleza.
António Tomás Botto (Casal de Concavada, Abrantes, Portugal, 17 de agosto de 1897 - Rio de Janeiro, 16 de março de 1959) - Poeta e contista português, causou polêmica nos meios religiosos conservadores em Portugal quando publicou o livro Canções. Também foi amigo de Fernando Pessoa. Mudou para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro, onde morreu atropelado.
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