quinta-feira, 10 de julho de 2014

Porque o Brasil é pobre

http://vespeiro.com/2014/07/03/porque-o-brasil-e-pobre/

3 de julho de 2014 
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A Rodovia Regis Bittencourt que vai de São Paulo até a divisa entre Paraná e Santa Catarina, com 496 quilometros, é a única ligação entre o Brasil e o Mercosul, “bloco” de economias ao qual o PT restringiu quase todo o comércio internacional que restou ao país.
É portanto uma das principais “turbinas” da economia brasileira.
A obra de duplicação da antiga “BR-2” construída por ordem de Juscelino Kubitschek inclui, somente nos 32 quilômetros da Serra do Cafezal, no Sul de São Paulo, 16 viadutos de grande extensão e quatro túneis erguidos ou cavados sobre o terreno altamente instável e a topografia fortemente acidentada da Serra do Mar de que ela é parte, com estruturas ainda mais complicadas pelas intrincadas exigências ambientais impostas aos construtores. Esse trecho vai custar um pouco menos de 1 bilhão de reais aos concessionários privados a que foi entregue contra a exploração dos pedágios por 25 anos.
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Embora ela seja a única ligação existente entre quatro dos Estados mais ricos do país e entre estes e a Argentina e o Uruguai, essa obra teve de esperar 54 anos para sair do papel desde a inauguração da precária via de mão única que ela era em 1961 quando Juscelino a inaugurou e continuou sendo até “ontem”.
A arena Mané Garrincha, de Brasília, orçada em 745 milhões e construída sobre um terreninho plano de dimensões modestas se comparada a essa obra, acabou “custando” R$ 1,4 bilhão, quase uma vez e meia a duplicação desse trecho da Regis Bittencourt, aí incluídas todas as suas monumentais “obras de arte”. O Itaquerão, orçado em 820 milhões, saiu por 1,2 bilhão. As 12 arenas feitas ou reformadas para a Copa, orçadas em 5,97 bilhões, “custaram” 8,48 bilhões até onde se sabe até o momento. E isso é só um pedacinho do que se gastou nessa festa com que o PT quer fazer o país esquecer o que mais ele é.
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Mas se o PT é indisputavel em matéria de “multiplicação” dos custos de todo e qualquer “peixe” que lhe caia na rede das obras do PAC, “filho” da Dilma, a ordem das prioridades não mudou grande coisa no Brasil deles e no dos anteriores.
Até 11 anos depois que o estádio do Maracanã foi inaugurado na “Brasília” de 1950 que era o Rio de Janeiro, a ligação entre São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ainda tinha de ser feita “de jegue” ou no tipo de veículo da época que fosse capaz de atravessar em “estrada de chão” as serras encharcadas e cobertas de Mata Atlância que estão espalhadas por todo esse percurso.
O que prova que por aqui sempre se fez a festa antes de dar ao povo a condição de ganhar o pão.
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