domingo, 23 de março de 2014

Décor, festas e memórias cor-de-rosa - CASA VOGUE


República vira lenda local por ter clima inigualável

18/03/2014 | POR REDAÇÃO; FOTOS RYANN FORD / THE NEW YORK TIMES

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)
Quando Simon Atkinson, um professor da Universidade do Texas, pintou de rosa os detalhes de sua recém-adquirida casa vitoriana, ele não imaginava que aquele lugar se tornaria uma construção lendária. Em 1985 nascia The Pink Palace, uma república nada comum da cidade norte-americana de Austin.

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)A casa ganhou status na região no início dos anos 2000 ao sediar algumas das festastemáticas mais memoráveis do entorno. Os temas eram coisas do tipo “Festa do Vinho Lésbico Vampírico”. Com um nome desses, é de se esperar uma mistura, no mínimo, inusitada de pessoas e de looks. Por lá, os convidados precisariam estar, a priori, vestidos a caráter e preparados para as surpresas que o mood festivo poderia reservar. Desde então, muito já se passou ali. Houve épocas em que as comemorações eram verdadeiros bacanais e outras em que elas se pareciam mais com instalações de arte. De uma forma ou de outra, as celebrações marcaram uma época.

O clima inigualável do local se dá porque, além de jovens e festeiros, as pessoas que vivem ali têm responsabilidade o suficiente para não quebrar a casa, a cara ou a moral durante um porre. O segredo do palacete rosa é exatamente esse: um belo equilíbrio entre o espírito festivo e o senso de família que se cria entre seus moradores – que já somam quase 80 desde a inauguração.
A passagem de tanta gente ficou marcada nas paredes, no décor e nas esquisitices do local, que têm passagens secretas e uma porta no segundo andar que leva a lugar algum – dizem que no passado ali havia uma varanda. Desde a cozinha até os cômodos superiores, o lar comunitário parece ser uma compilação de personalidades. Paredes vibrantes, sofás que não combinam, quadros de outras épocas, amontoados de objetos e até um fliperama personalizado com o nome da casa. Talvez, mais marcante que a mobília peculiar, seja a ligação que aqueles que viveram e frequentaram ali criaram com o local, tanto que os antigos moradores continuam frequentando as festas badaladíssimas.

Para habitar um dos quartos de Pink Palace e ter o direito de decorá-lo ao bel-prazer, os candidatos precisam apenas desembolsar cerca de 500 dólares por mês para o aluguel. Mas antes disso, devem encarar baterias de entrevistas longas e rigorosas feitas pelos habitantes veteranos. De acordo com eles, esse é o segredo para a harmonia da casa, que proclama orgulhosamente nunca ter sediado brigas.

Além disso, as regras criadas por um antigo morador zelam pelo bem-estar de todos até os dias de hoje, pregadas no refrigerador. “Jamais reclamar do barulho quando estiver no primeiro andar”, “manter um equilíbrio de 3 para 4 ou 4 para 3 entre homens e mulheres” e “cuidar do leite de unicórnio” são algumas delas.

E assim, a república rosada continua sendo uma espécie de sonho da juventude tornado realidade para aqueles que já viveram e para os que vão morar ali. Amizades serão feitas, festas de arromba serão dadas, porres homéricos serão tomados e, mais importante que tudo isso, memórias deliciosas serão criadas.
Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

Pink Palace (Foto: Ryann Ford / The New York Times)

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