POR JORDI CASTAN
Em época de festival é bom falar de dança. Em Joinville, porém, dançar não é sempre sinônimo de coisa boa. Quem acreditou que esta administração vinha para mudar alguma coisa dançou.
O loteamento de cargos comissionados continua firme e forte: 77% dos cargos foram preenchidos e os outros não foram extintos, pois continuam como reserva à espera da próxima negociação entre os membros da base aliada ou a oposição. É verdade que o processo é lento, mas também é verdade que nada anda muito rápido.
A oferta de emprego em cargos comissionados continua e tem sido usada como moeda de troca para atrair desafetos e empregar desocupados, apaniguados e correligionários. Curiosamente, são o IPPUJ e a FELEJ os que junto com a SEINFRA que têm o maior número de vagas disponíveis. Quem esperava redução de cargos ou uma nova forma de fazer política, dançou.
O loteamento de cargos comissionados
No outro dia o tema principal é a Joinville do milhão de habitantes. Ou a Joinville que superará o PIB de Porto Alegre ou de Curitiba para se converter na segunda maior economia do Sul do Brasil. Fico preocupado quando vejo que tem gente, até ontem esclarecida, que além de acreditar numa bobagem dessas ainda aplaude. O prefeito visionário defende que em poucos anos cada joinvilense terá um carro e que a saída para que os problemas do trânsito serão as avenidas duplicadas, os elevados e outras grandes obras de infraestrutura.
Se não fosse um homem tão viajado, proporia aqui uma coleta para arrecadar uns trocados para lhe pagar uma viagem a Europa. Quem sabe assim acordava e mudava de opinião sobre o uso do automóvel nas cidades do futuro e poderia rever os seus conceitos sobre cidades inovadoras ou as que buscam qualidade de vida. Mas como é alguém que tem viajado muito, a conclusão é que não enxergue direito. O mais provável é que, pelo seu perfil, não se detenha a procurar aquilo que acha que já sabe e conhece. Ou lhe baste com uma olhada rápida para entender toda a complexidade dos temas que envolvem a gestão de uma cidade com 500.000 habitantes. Como aquela viagem relâmpago que o prefeito Carlito Merss fez a Europa quando visitou 4 ou 5 cidades, em uma semana, e voltou discorrendo e sentando cátedra sobre ciclovias, bicicletários e transporte coletivo.
Se não fosse um homem tão viajado, proporia aqui uma coleta para arrecadar uns trocados para lhe pagar uma viagem a Europa. Quem sabe assim acordava e mudava de opinião sobre o uso do automóvel nas cidades do futuro e poderia rever os seus conceitos sobre cidades inovadoras ou as que buscam qualidade de vida. Mas como é alguém que tem viajado muito, a conclusão é que não enxergue direito. O mais provável é que, pelo seu perfil, não se detenha a procurar aquilo que acha que já sabe e conhece. Ou lhe baste com uma olhada rápida para entender toda a complexidade dos temas que envolvem a gestão de uma cidade com 500.000 habitantes. Como aquela viagem relâmpago que o prefeito Carlito Merss fez a Europa quando visitou 4 ou 5 cidades, em uma semana, e voltou discorrendo e sentando cátedra sobre ciclovias, bicicletários e transporte coletivo.
Menção à parte merecem as licitações, seja a do estacionamento rotativo, a do lixo ou a do transporte coletivo, a das bicicletas de aluguel, apenas para citar as mais lembradas. Parece que há uma cabeça de burro enterrada as margens do Cachoeira, porque não é possível que seja tão complicado. Se o prefeito, de verdade, não quiser passar vexame, seria bom que avaliasse melhor o nível de desempenho da sua equipe mais próxima. Por que esta impossível identificar traços de uma gestão moderna e eficiente no dia a dia de Joinville. O risco maior que corremos seria se ele estiver convencido que está fazendo uma gestão impecável. Por que aí, sim, dançamos todos.
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