terça-feira, 4 de junho de 2013

Bolsas para tudo


Gelio Fregapani
Inicialmente, concordamos que o  melhor programa social que existe chama-se trabalho. É ele que garante dignidade ao ser humano. Nos anos 40 se ensinava às crianças que o trabalho afastava três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade. A própria Escola Superior de Guerra indica, como um dos objetivos nacionais o “pleno emprego”, entretanto, é forçoso reconhecer que é mais fácil indicar do que realizar. Sempre haverá quem, por motivos alheios a sua vontade, esteja sujeito aos males citados, especialmente à necessidade.
As “cestas básicas” talvez tenham sido instituídas como uma caridosa forma de amparo aos mais carentes, mas sem dúvida foram usadas como forma de controle social, no mínimo desde o Império Romano. Não foram inventadas pelo Lula, mas entre nós, ele as ampliou ao limite do inconcebível sem olhar os efeitos colaterais. Infelizmente a ampliação continua no atual governo.
No nosso País, o sistema de fornecimento de cesta básica/bolsa família não foi de todo ruim. Foi ele que manteve a indústria, a agricultura e o comércio funcionando durante a última crise financeira, mas nação alguma pode sustentar esse sistema permanentemente a não ser que tenha uma receita de petróleo que financie todos os gastos.
Considerando a tendência de redução da população, a bolsa família em função do número de filhos é um excelente investimento a longo prazo, mas daí para a proliferação de bolsas – bolsa prostituta, bolsa universitário, bolsa aidético, bolsa toxicômano, bolsa tudo, vai faltar quem paga, além de amolecer uma multidão que não mais sentirá necessidade de trabalhar. Um dia essas bolsas terão que ser retiradas, e aí quero ver. A recente depredação de agências da Caixa já deu a resposta.
A verdade é que não se sai da pobreza sem trabalho. A assistência tem que ser provisória, senão gera dependência e parasitismo. Cabe ao Governo promover o desenvolvimento para gerar empregos .Enfim, dar condições a que cada um cuide de sua vida, pois em breve o poço terá que secar, seja por decisão governamental ou por o Estado ter falido.
A antiga fórmula romana de “Pão e Circo” só funciona por pouco tempo. É só estudar História.

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