segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Rumo a um “Politicídio”?



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Ainda não é uma tendência, porém crescem as chances de os brasileiros reagirem, radicalmente, contra a perigosa combinação entre corrupção, violência e impunidade. A tendência é que sejam escolhidos como alvos preferenciais “os políticos” (genericamente falando). Tal cenário de explosão social já é levado a sério por analistas militares. Não é à toa que muitos oficiais generais das Forças Armadas, sobretudo do Exército, têm se dedicado a estudar, ao longo da História brasileira, quando, como e por que ocorreram grandes revoltas populares.

Nada se compara à situação atual. Seria inconcebível e inaceitável pensar em um “politicídio” (assassinato em grandes proporções de políticos claramente identificados com o crime institucionalizado). A maioria da população não tem perfil para aderir a tamanha barbárie. No entanto, acentuam-se o descontentamento e a raiva contra políticos. A bronca é generalizada, mas a revolta pode atingir alguns, especificamente. Pode se dar mal quem insistir em defender criminosos, usando a retórica dos “direitos humanos” de forma cínica.

Nas redes sociais, viraliza um texto – que partiu de grupos de Policiais Militares – dando o tom da revolta em curso e chamando atenção para a malandragem retórica de quem flerta perigosamente com o crime: “Os deputados que defendem nossa segurança são chamados pela esquerda de bancada da bala. Vamos retribuir e chamar os que defendem os criminosos de bancada do crime. Vamos aderir a essa campanha. Precisamos ser proativos. Precisamos repudiar o politicamente correto, que transforma bandido em vítima social e a sociedade em cordeirinhos que defendem seus algozes. Ao referir-se a parlamentares do PT, PCdoB, PSOL ou qualquer outro que defende os bandidos, acrescente-lhe o aposto: da bancada do crime. Ex - Ivan Valente/PSOL , da bancada do crime, Erika Kokay/PT, da bancada do crime, Lindbergh Faria, da bancada do crime, Maria do Rosário, da bancada do crime, e por aí vai. Ajude espalhando essa idéia”.

Neste começo de 2017, a pauta governamental segue dominada pela “crise penitenciária” – que se arrasta há décadas, sempre sem solução real. Depois do dia 20 de janeiro, após a posse do Donald Trump, e, no começo de fevereiro, certamente depois do carnaval até março, as atenções se voltarão, fatalmente, para as homologações, pelo Supremo Tribunal Federal, das delações premiadas na Lava Jato, sobretudo contra políticos e membros importantes do governo peemedebista que dá seqüência ao petista.

Será necessário inventar outro assunto para desviar a atenção. Os verdadeiros chefões e estrategistas do Crime Institucionalizado (que ainda não moram em penitenciárias, mas sim em luxuosas residências) podem ter cometido seu erro fatal ao apelar, como de hábito, a uma explosão da violência nas cadeias, para tirar a corrupção do centro do noticiário. O feitiço tem tudo para se voltar contra os feiticeiros. É temerária a aposta de que a periferia, dominada pelo crime, vai jogar a favor da bandidagem organizada.

A crise estrutural (política, econômica e psicossocial) amplia a agrava a insatisfação da maioria das pessoas, em todas as classes sociais. Cada segmento tem uma percepção diferente do problema. No entanto, a maioria é prejudicada por suas causas e conseqüências. Quando se paga com a vida o negócio atinge proporções inimagináveis. O custo pessoal e social da corrupção se torna impagável.

O Combate à corrupção se transformou em uma causa transnacional... Vide a campanha da “Transparência Internacional” sobre o assunto: “Todas as formas de corrupção devem ser encerradas para garantir os direitos básicos de todas as pessoas e garantir um mundo onde todos possam viver com dignidade”. A entidade lança uma campanha mundial – A Declaração contra a Corrupção. Confira em:http://www.transparency.org/declaration/en

Os políticos (em geral) e os reais chefões do crime (em particular) têm tudo para se ferrar de forma nunca antes vista em nossa História... O recado também vale para os rentistas que financiam o Crime...

Releia o artigo de domingo: Em busca do salvador da Pátria que não virá


Bronca do empresário


Viraliza nas redes sociais, sobretudo nos zap-zaps da vida, um vídeo com o depoimento do empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva, que vive na Flórida, porque aqui "está flórida"...

Dos EUA, ele dirige seus negócios: a rede de cursos de idiomas Wise UP e o time de futebol privado Orlando Soccer Club, onde joga o brasileiro Kaka.

Flávio demonstra, de modo coloquial, como os brasileiros são escravizados pelo Estado Corrupto.

Imagem Desconstruída


Pronto para o cargo


Dívida perigosa




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Janeiro de 2017.

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