sábado, 25 de julho de 2015

200 POR 40 - A Coluna de Rapphael Curvo


Raphael Curvo
Raphael Curvo



Sim, são duzentos milhões de brasileiros a sustentar quarenta ministros que não apitam nada no governo. São 400 bilhões de reais anualmente gastos com esses ministérios. Só de salário são 214 bilhões e o governo não sabe como fazer um superávit de 70 bilhões. Metade desses ministérios pode funcionar como simples Secretarias, até mesmo Departamentos, o que representaria um corte de 50% nesses custos, ou seja, 200 bilhões de reais. Só que o queixo duro da presidente prefere sacrificar 200 milhões de brasileiros para atender as bases de partidos sugadores do sangue do trabalhador do Brasil. É inconcebível, inadmissível e absurda a situação política e econômica que vivemos no momento.

Assim como é inconcebível viver a gravíssima situação em que se encontra a vida brasileira e toda sua estrutura de governo, é ter lideranças entendendo que o desejo de impeachment de Dilma não é algo certo e correto para o País. Qualquer medida que afaste a presidente será um avanço na defesa do povo que não pode ficar pagando o alto custo em razão de firulas e prosopopeias da classe política governista que já tem bem rasa a sua credibilidade junto à população. Reunir Dilma, Lulla e FHC para uma solução é história de terror e horror.

Qualquer que seja o substituto da presidente será uma esperança de mudança do precário estado em que se encontra a administração brasileira, sem rumo e sem planejamento, sendo tocada ao sabor do momento politiqueiro, ou seja, do balcão de negociatas. São duzentos milhões de brasileiros tendo que pagar essa conta e manter essa orgia de vaidades em Brasília.

É corrupção por todo lado e nela envolvimento das maiores construtoras do País em conchavo com ex presidente Lulla que se presta a servir de corretor e ambos se servem, com deleite, do dinheiro do povo via Tesouro Nacional que abastece o caixa do BNDES para as realizações de falcatruas. Até o Conde Drácula Temer foi citado nos levantamentos da Polícia Federal com a sigla MT, constante de e-mail do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Veja o leitor como estamos na linha sucessória: saindo a Dilma, assume o vice Michel Temer. Vagando também o cargo de vice, assume o presidente da Câmara, Eduardo Cunha também envolvido no petrolão. Impedido o Cunha de assumir, quem assume é o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, também envolvido. Caso estiver impedido de assumir, será o presidente do Supremo Tribunal Federal – STF, o ministro Ricardo Lewandowski, amigo pessoal do Lulla, indicado pela D. Mariza, conhecido nacionalmente pela sua posição no julgamento dos mensaleiros.

Fica a pergunta: onde estamos nós? Claro está então o fato de que o impeachment da Dilma é fundamental para que aconteça uma mudança não muito qualificada, uma mexida no tacho com reservas. O ideal, o que considero qualificado, é que esse impeachment seja motivado pelo dinheiro sujo colocado na campanha da presidente, aquele que o Vaccari fala ser doação legal. Neste caso o Temer vai junto e teremos uma nova eleição em noventa dias já que está na primeira parte do mandato. Caso ocorra no segundo período de mandato, teremos eleição indireta em trinta dias. Só com a permanência do vice presidente, não teremos nova eleição. O Temer assume a presidência até o fim do mandato e o “vice” passa a ser o Eduardo Cunha.

A verdade, amigo leitor, é que não temos uma perspectiva boa para os próximos anos. Será cruel para o povo brasileiro o que está vindo a caminho. Isto não é ser pessimista, é ponto otimista porque só isso poderá fazer o brasileiro dar mais importância às eleições daqui para frente. Assim, poderemos mudar em pouco tempo a mecânica da administração pública no Brasil e com isso criar novas possibilidades de refazer a sociedade brasileira, ajustá-la aos bons princípios e a uma nova ordem na vida da Nação. Perdemos muitos anos para aprender que os ilusionistas, esses que escondem que metade da população em idade de trabalhar está sem emprego, são os que se apresentam como salvadores e redentores da população. Na verdade são destruidores de um povo, de toda uma organização política, econômica e social de um País. Eles são a razão, entre outras, de 200 milhões pagarem por 40. Dia 16 de agosto é sua oportunidade, vem pra rua.

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