segunda-feira, 23 de abril de 2012

Peso político da extrema-direita na Europa



PARIS, 23 Abr 2012 (AFP) -A candidata Marine Le Pen obteve no domingo 17,9% dos votos no primeiro turno da eleição presidencial francesa, mas o resultado histórico da ultradireitista não é uma exceção na Europa, onde outros partidos ganharam espaço nos últimos anos.

- ÁUSTRIA: 28,2%

No Parlamento austríaco, o Partido Liberal da Áustria (FP–) ocupa 34 dos 183 assentos, com 17,5%. A Aliança pelo Futuro da Áustria (BZ–), uma dissidência da formação anterior que defende as mesmas teses populistas, eurocéticas e islamofóbicas, possui 21 cadeiras com 10,7%.

- SUÍÇA: 26,6%

No Parlamento suíço, a União Democrática de Centro (UDC), liderada por Toni Brunner, possui desde as eleições de dezembro de 2011 a maior bancada parlamentar, com 54 dos 200 assentos. Este partido populista e xenófobo causou polêmica com campanhas publicitárias nas quais mostrava um rebanho de cordeiros brancos expulsando um cordeiro negro estrangeiro ou uma mulher com o véu integral diante de minaretes em forma de ogiva nuclear.

- NORUEGA: 23%

Representado por 41 dos 169 deputados do Parlamento, o Partido do Progresso teve entre seus membros Anders Behring Breivik, que está sendo julgado pela morte de 77 pessoas no dia 22 de julho do ano passado. Este partido populista hostil à imigração foi o grande derrotado das eleições locais realizadas após o massacre.

- FINLNDIA: 19%

O Partido dos Finlandeses Autênticos teve um grande êxito nas eleições de abril de 2011. A formação eurocética e populista ocupa 39 dos 200 assentos do Parlamento.

- HUNGRIA: 16,67%

O partido de ultradireita Jobbik entrou no Parlamento após as legislativas de abril de 2010, e possui 46 dos 386 assentos da câmara. O Jobbik defende a preservação da identidade nacional e o resgate dos valores cristãos, da família e da autoridade, utilizando, em algumas ocasiões, símbolos de uma formação nazista dos anos 1930.

- DINAMARCA: 14%

O Partido Popular Dinamarquês possui, desde 2011, 22 das 179 cadeiras do Parlamento. Assim como os demais partidos de extrema-direita escandinavos, defende uma política anti-imigração e hostil ao Islã.

- BÉLGICA: 12,6%

O Vlaams Belang ocupa desde as eleições legislativas e federais de junho de 2010 doze dos 150 assentos do Parlamento, menos do que nas legislaturas anteriores. Este partido flamengo defende posições nacionalistas, separatistas e anti-imigração.

- HOLANDA: 15,45%

O Partido pela Liberdade (PVV), a formação eurocética e islamofóbica do deputado Geert Wilders, foi considerado o grande vencedor das eleições legislativas antecipadas de junho de 2010, passando de 9 para 24 deputados no Parlamento, que conta com 150. O partido apoiava o Partido Liberal do primeiro-ministro demissionário Mark Rutte.

A coalizão se desfez após o fracasso, no sábado, das negociações sobre a redução do déficit público, o que, a princípio, deve precipitar eleições antecipadas.

- SUÉCIA: 5,7%

A extrema-direita está, pela primeira vez, presente no Parlamento, graças ao partido Democratas da Suécia (SD). Nas eleições legislativas de setembro de 2010, este partido, contrário à imigração, obteve 20 das 348 cadeiras em jogo.

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