quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Fundador da Even relembra crises e ensina empreendedores


Carlos Terepins, fundador da Even, falou do seu negócio durante evento, em São Paulo


Divulgação/Endeavor
Carlos Terepins, fundador da Even, durante o Day1 da Endeavor, em novembro de 2013
São Paulo – O engenheiro civil Carlos Terepins, fundador da Even, conhece bem os altos e baixos de um negócio e tem o segredo para lidar com eles:empreendedorismo e sensibilidade. Desde logo depois da faculdade, Terepins escolheu levar adiante a vontade de empreender. “Quando me formei, eu logo estabeleci uma pequena empresa com alguns sócios. Era comum montar grupos de pequenos investidores que forneciam capital para montar pequenos prédios”, conta. O empresário participou hoje do evento Day 1, da Endeavor, em São Paulo, com transmissão em EXAME.com.
Entre altas e baixas, Terepins vê o movimento da economia como um dos principais fatores determinantes para o sucesso do negócio. “Com o estabelecimento do plano real conseguimos derrotar a inflação e inaugurar uma nova era econômica. O empreendedorismo pode ser melhor avaliado”, diz. 
Em 2002, o empresário confiou no seu instinto e fundiu sua empresa, a Terepins & Kalili, com a ABC, dando origem à Even. “Eu comecei a perceber que algumas empresas começavam a se distanciar de outras menores, o que estava me deixando muito inquieto acerca do futuro. Eu surpreendi todo mundo quando sugeri fazer uma fusão. Minha ideia era juntar duas menores para poderem enfrentar as grandes do setor. Foi um momento difícil”, conta. 
Para ele, a ajuda da psicanálise foi fundamental para ter firmeza nas decisões. “Eu acredito em transmissão e troca de informações e experiências. Naquele momento, eu procurei efetivamente uma ajuda até psicanalítica, era necessário o emocional ser suprido mais do que o lado racional”, afirma. 
Depois da fusão, os desafios foram melhorar a gestão, trazer profissionais que pudessem ajudar a empresa crescer e se preparar para a entrada de um investidor. “Não é possível um empreendedor crescer sem ser decente, transparente, articulado. Não é possível agradar a tudo e a todos, mas a empresa cresceu de uma forma muito intensa e, em 2007, abrimos o capital”, conta. 
Com a crise de 2008, mais um momento de dificuldade estava por vir. “O suporte emocional foi importantíssimo para conseguir encontrar a força e a resiliência para poder, com o mínimo de perdas, manter a companhia e prepará-la novamente para o crescimento”, explica. 
Sua lição, aos empreendedores, é que saibam reconhecer seus erros. “É primordial reconhecer os equívocos. Me sinto um gestor que gosta de gente, que acolhe, conversa e adquire, portanto, a credibilidade para poder cobrar. Eu acredito de fato na ideia de que eu sou um gestor que deve ser convencido, nunca vencido pelo autoritarismo. Convencimento nasce da conversa, do falar e ouvir. Ouve bem aquele que escuta a si próprio, que investiga qual é a sua verdadeira vocação”, conclui, emocionado.

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