domingo, 21 de abril de 2013

Transparência zero



Pedido de sigilo em processo no TCU
Petrobras tentou impedir a divulgação de um relatório do TCU que tratava do vínculo de parentesco entre funcionários comissionados e sócios de empresas contratadas pela estatal. Antes de se tornar público com alarde, há pouco mais de duas semanas, a Petrobras pediu o sigilo do processo no tribunal. Acabou não sendo atendida.
A propósito, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região da semana passada condenou a Petrobras a desembolsar 8 bilhões de reais de Imposto de Renda retido na fonte sobre remessas para pagamento de afretamentos de embarcações. A estatal terá que depositar o valor em juízo ou garantir a quantia em bens.
Por Lauro Jardim

A número um



USP de Ribeirão Preto: a campeã
USP de Ribeirão Preto foi a universidade que proporcionalmente teve o maior índice de aprovação no último exame da Ordem dos Advogados do Brasil. De seus alunos, 76% passaram na prova. Em segundo lugar ficou a Universidade Federal de Pernambuco, seguida da Universidade do Estado da Bahia. Entre as 50 melhores do ranking, só três são particulares.
Por Lauro Jardim

O FLAMENGO É CAMPEÃO… de dívidas



ELENCO ENXUTO -- Elias veio emprestado do Sporting de Portugal (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
ELENCO ENXUTO -- Elias, ex-Corinthians, veio emprestado do Sporting de Portugal (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Reportagem de Malu Gaspar, publicada em edição impressa de VEJA
 CAMPEÃO DE DÍVIDAS
Com um rombo de 750 milhões de reais, o Flamengo sofre os efeitos de décadas de péssima administração e total descontrole das finanças. A solução: corrigir os desmandos, como fazem as empresas responsáveis
Até recentemente, a equipe de atletas olímpicos do Flamengo não tinha patrocínio, não rendia um tostão aos cofres do clube e custava caro. Resultado: dava prejuízo de 14,5 milhões de reais por ano. O nadador Cesar Cielo, sua maior estrela, ganhava 80000 reais por mês e nem sequer treinava nas instalações da Gávea. Com razão, aliás. VEJA apurou que a piscina tem uma rachadura de 25 metros, que algum funcionário tentou remendar com sacos plásticos e massa de vedação.
Tanto a falta de estrutura para treinar quanto o desperdício de atletas de primeira são produto de décadas de administração inepta, cuja conta final veio à luz na semana passada: superando as expectativas mais pessimistas, o Flamengo deve na praça 750,7 milhões de reais. O time com a maior torcida de futebol no Brasil é o campeão insuperável de dívidas.
Para chegar a esse valor, uma empresa de auditoria contratada pela nova diretoria do Flamengo – formada por empresários experientes decididos a profissionalizar a gestão – passou três meses desvendando a balbúrdia no departamento financeiro. “O mais espantoso foi constatar o total descontrole das contas”, diz o diretor financeiro, Paulo Dutra. “Faltavam nota fiscal, recibo, tudo.”
NO FUNDO -- O nadador Cielo, estrela de uma equipe olímpica excepcional que o Flamengo não soube aproveitar: a piscina onde ele deveria treinar está cortada por uma rachadura de 25 metros de extensão (Foto: Paulo Vitale / Milenar)
NO FUNDO -- O nadador Cielo, estrela de uma equipe olímpica excepcional que o Flamengo não soube aproveitar: a piscina onde ele deveria treinar está cortada por uma rachadura de 25 metros de extensão (Foto: Paulo Vitale / Milenar)
Sem registros confiáveis, os auditores tiveram de ir a cerca de quarenta fontes variadas, entre elas credores, para obter as informações necessárias. Uma amostra do descalabro: só no balanço de 2011, apareciam listados 9 milhões de reais em “adiantamentos” não especificados. A tática para encarar a escassez de dinheiro era não pagar – nem contas, nem salários, sobretudo nem impostos. Só ao Fisco o clube deve 394,8 milhões de reais, sendo 86,7 milhões acumulados na gestão da presidente anterior, a ex-nadadora Patrícia Amorim.
No mandato dela, ocorreu o bizarro sumiço de seis relógios com o escudo do clube avaliados em 45000 reais cada um. Foram doados por uma empresa para ser leiloados ou sorteados. Eles estavam, surpresa, sob a custódia de conselheiros e dirigentes (a própria presidente “guardou” dois), que depois, na maior cara de pau, devolveram os mimos.
Patrícia também tomou empréstimos bancários de 84 milhões de reais dando como garantia a receita da venda de direitos de transmissão de jogos, e assim comprometeu recursos até o fim de 2013. A manobra, conhecida como “pedalada”, permitiu contratar – e não pagar – estrelas como Vágner Love e Ronaldinho Gaúcho, ambos já fora do time. “A regra era lançar mão de dinheiro destinado a outros fins para pagar a jogadores caros, na esperança de que lá na frente aconteceria um milagre”, diz o vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes.
Clubes endividados
Clubes endividados
Dívidas exorbitantes e má gestão não são exclusividade do Flamengo. Levantamento de 2011 calcula que os cinco clubes mais enforcados devem, juntos, acima de 2 bilhões de reais. “A má administração do esporte no Brasil é um entrave que impede sua imprescindível profissionalização”, afirma Ana Ligia Finamor, coordenadora do curso de gestão esportiva da Fundação Getulio Vargas.
Não precisaria ser assim. O aumento na renda dos brasileiros e a proximidade da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo, em 2014, ajudaram a elevar a receita dos dez maiores clubes a 3 bilhões de reais. Ganhar mais dinheiro, porém, não adianta. É preciso saber equilibrar a receita e a despesa. O Barcelona, por exemplo, símbolo de sucesso, fatura quase 500 milhões de euros por ano, o que minimiza confortavelmente sua imensa dívida de 300 milhões.
A nova diretoria do Flamengo, comandada pelo economista e diretor do BNDES Eduardo Bandeira de Mello, quer implantar uma administração profissional ao estilo da adotada pela agremiação catalã e outras similares. Decidiu cortar custos e funcionários (150 até o momento, dos 800 que encontrou) e renegociar dívidas. Para economizar, tomou jogadores emprestados de outros times. Faltar aos treinos agora rende punição e há regras até para comemorar gols – tirar e levantar a camisa é proibido, porque esconde os patrocínios.
Carlos Eduardo também veio emprestado -- do clube russo Rubin Kaza (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Carlos Eduardo também veio emprestado -- do clube russo Rubin Kaza (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Os jogadores têm metas e ganharão bônus quando elas forem alcançadas. O próprio clube receberá um bônus dos patrocinadores por bom desempenho. No papel, é promissor. Fora dele, há muito a percorrer. O Flamengo foi eliminado do campeonato carioca e ainda não se destacou na Copa do Brasil. Os torcedores flamenguistas sonham com o momento em que a administração saneada vai se traduzir no que realmente importa: gols e dinheiro.

Charge do Sponholz



Conversa para boi dormir, por Julia Dualibi



Julia Dualibi, O Estado de S. Paulo
Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, disse que nunca ouviu falar que “fidelidade partidária é oportunismo”.
“Quando começamos o nosso partido, fizemos um longo caminho até a primeira eleição”,disse Carvalho ao tentar defender o projeto de lei que limita a atuação de novas siglas, restringindo o acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de televisão. “Dizer que defender a fidelidade partidária é um casuísmo é absolutamente descabido”, completou Carvalho.


Descabida parece a posição do governo, que oficialmente diz não estar por trás da articulação no Congresso do PT e do PMDB para barrar o avanço das novas siglas –conforme comentei neste blog anteontem, a ministra Ideli Salvatti ligou diretamente para presidentes de partidos da base para saber como suas legendas iriam votar a questão.
Quando interessava ao Palácio do Planalto criar um novo partido para enfraquecer a oposição, ninguém ouviu um só ministro vir a público com o discurso “republicano” da fidelidade partidária.
O governo deu até uma mãozinha para sair do papel o partido de Gilberto Kassab, o PSD, porque interessava ao Planalto. Rachava a oposição, desidratando principalmente o DEM. O PSD nasceu forte, com direito a recursos do Fundo Partidário e tempo de televisão. Silêncio no Planalto.
Agora, que não interessa ter no caminho uma candidatura em 2014 que possa rivalizar com Dilma, como a de Marina Silva (Rede) ou a de Eduardo Campos (PSB), que deve receber o apoio do MD (Mobilização Democrática), criado por Roberto Freire, começa a se ouvir do Planalto um mantra em defesa do fortalecimento do sistema partidário.
Desculpe, mas soa, sim, como oportunismo político.
A criação de novas legendas, no País, no geral serve para fortalecer o comércio eleitoral, baseado numa única moeda: tempo de televisão.
Cria-se um partido, recebem-se alguns minutos de propaganda no horário eleitoral no rádio e na TV, que depois são mercantilizados pelos donos desses mesmos partidos com as tradicionais legendas, que têm recursos para bancar essa compra.
O pagamento às vezes é até contabilizado, travestido de “doação” para a chapa de vereadores da sigla que deu o seu tempo de TV. Mas muitas vezes a fatura é paga extraoficialmente, sabe-se lá de que maneira. Esse comércio leva a alianças bizarras, e é claro que deve ser alvo de uma discussão sobre uma reforma política ampla.
Mas, infelizmente, não é isso que está na pauta do dia do Planalto, que se preocupa com uma única coisa, a reeleição da presidente Dilma Rousseff. A suposta preocupação com a fidelidade partidária, defendida bravamente por Carvalho, é conversa para boi dormir.

Por que pagamos mais caro no Brasil?



postado em Artigos | Istoé



Revista Istoé
01/2013
Por Ricardo Amorim

A diferença de preços do Brasil com o resto do mundo é impressionante. Do restaurante aos eletrônicos, quase tudo é mais caro aqui.

Razões não faltam, começando pelos impostos. Uma das cargas tributárias mais elevadas do planeta, particularmente concentrada sobre consumo e produção, encarece tudo que é feito e comprado aqui.

Impostos não explicam todas as distorções. Também as margens de lucros são mais elevadas. A esquerda culpa a ganância dos empresários pelas gordas margens. A explicação está equivocada. Sim, empresários querem cobrar mais por seus produtos e serviços. Se você pudesse dobrar seu salário, não dobraria?

A pergunta é: por que conseguem cobrar mais aqui? Por que aceitamos pagar mais? Apesar dos avanços desde 1994, adistribuição de renda no Brasil ainda é das piores. Grande concentração gera uma valorização de status nas compras. Demarcam-se as diferenças através do consumo, mesmo que para isso tenha-se que pagar mais. Comprar determinado carro, celular ou iogurte “separa” seus consumidores das classes sociais “abaixo” deles.

A explicação mais importante, porém, não é esta. A baixa competição, a dificuldade de se fazer negócio e o risco mais elevado da atividade empresarial pesam mais.

Burocracia absurda, corrupçãocarga tributária elevada, regime tributário complexo, infraestrutura ruim,mão de obra cara e despreparada dificultam a vida das empresas, aumentando o risco de seus investimentos. Com risco maior, empresários reduzem investimentos e, por consequência, a competição. Com menos competição, inclusive com importados – o Brasil é o país com menor taxa de importação de produtos e serviços no planeta – é possível subir preços e aumentar margens de lucro.

Nos últimos anos, as margens no país caíram. Em muitos setores, empresas não conseguiam repassar integralmente aumentos de custos de mão de obra e matéria primas aos preços porque uma competição crescente não permitiu.

A competição aumentou porque a crise no mundo desenvolvido estimulou as empresas a buscarem os grandes mercados emergentes. Somou-se a isso um forte crescimento do consumo no país impulsionado pelo aumento da renda e do crédito. Com mercado maior, cresceram os investimentos produtivos e a competição, reduzindo as margens de lucro. Até aí, ótimo.

Acontece que nos últimos trimestres, tal movimento se reverteu. Desvalorizar o Real encareceu importações, inclusive de máquinas e equipamentos, diminuindo a competição e reduzindo investimentos no país.

Além disso, ao atacar bancos e empresas de energia elétrica para reduzir rapidamente suas margens de lucro, o governo aumentou o risco dos negócios nesses e em outros setores, que temem medidas semelhantes. Com rentabilidade menor e riscos maiores, investimentos caíram, o que, através da redução da competição, vai aumentar margens de lucros e encarecer preços nos próximos anos. Em economia, às vezes os resultados são o inverso das intenções.

Antes de usar os bancos estatais para pressionar os demais a reduzirem juros – um objetivo louvável, buscado de forma ineficiente – a lucratividade média do setor bancário brasileiro era a segunda mais baixa das Américas, atrás apenas dos EUA, ao contrário do que supõe a maioria. Venezuela e Argentina, onde os governos mais “perseguem” bancos, eram os países com os bancos mais lucrativos.

Para reduzir margens e preços, o governo precisa eliminar a burocracia, simplificar a legislação, estimular a competição, evitar o protecionismo, reduzir impostos, inclusive sobre importados e incentivar investimentos. O benefício será dos consumidores.


Apresentador do Manhattan Connection da Globonews, colunista da revista IstoÉ, presidente da Ricam Consultoria, único brasileiro na lista dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais do Speakers Corner e economista mais influente do Brasil segundo o Klout.com.

CHARGE DO PAIXÃO



Esta charge do Paixão foi feita originalmente para o

Operação Porto Seguro Que rainha sou eu?



...
Fonte: Revista VEJA - edição Nº 2318 - 20/04/2013

Rosemary Noronha se hospedou em embaixada em viagem não oficial, diz revista



  • Relatório de comissão especial da Presidência pede que ex-funcionária seja investigada por suspeita de enriquecimento ilícito
  • Advogados negam acusações e pedem a anulação da sindicância, por entender que houve “cerceamento da defesa”

SÃO PAULO. A ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, usou sua influência para se hospedar na embaixada do Brasil em Roma, na Itália, em viagem não oficial, segundo relatório da comissão especial da Presidência da República obtido pela revista “Veja”.
Denunciada no fim do ano passado pelo Ministério Público Federal (MPF) por formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva, Rosemary foi alvo de investigação solicitada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que ao ter acesso ao relatório determinou a instauração de processo administrativo contra a ex-funcionária e recomendou que o Itamaraty apurasse o episódio.
Técnicos responsáveis pela produção do documento também recomendaram que Rose seja investigada por suspeita de enriquecimento ilícito, crime que os advogados da ex-servidora, Fábio Medina Osório e Aloísio Zimmer Júnior, negam ter ocorrido. Eles também sustentam que viagens e contatos de sua cliente “tiveram natureza legítima”.
E-mails obtidos pela Presidência mostram que Rosemary foi convidada pelo então embaixador do Brasil na Itália, José Viegas, a ficar hospedada no Palazzo Pamphili com o marido, em viagem realizada em 2010.
Com ajuda da Controladoria-Geral da União, os técnicos do governo apuraram que a ex-chefe de gabinete não estava a trabalho em Roma, de acordo com o relatório. Por isso, entenderam que a estada nas dependências diplomáticas poderia ser considerado um caso de apropriação particular do patrimônio público e recomendaram ao Itamaraty a apuração do episódio.
À revista, o ex-embaixador do Brasil na Itália, José Viegas, disse que não poderia “discriminar quem chega com dinheiro público ou privado” à embaixada.
Depoimentos de funcionários, mensagens eletrônicas trocadas por Rose e registros em agendas e livros de visitantes do escritório da Presidência da República em São Paulo trazem indícios de que a funcionária usava a influência e a intimidade que desfrutava com o ex-presidente Lula para obter vantagens indevidas, de acordo com a revista. O relatório também aponta que Rosemary usava o carro oficial da Presidência para compromissos pessoais, como ir ao dentista, médico, levar filhos e amigos a compromissos particulares.
Advogados de Rose, Osório e Zimmer conseguiram recentemente a suspensão de depoimentos que seriam coletados no processo, para que tivessem acesso aos autos e colhessem informações “necessárias ao direto de defesa de Rosemary”, informaram ao GLOBO neste sábado. Eles pediram a anulação da sindicância, por entender que houve “cerceamento de defesa” de Rose.
 Rosemary não foi ouvida na sindicância, na medida em que camuflaram sua condição de investigada, chamando-a de testemunha e, com isso, negaram acesso aos autos por parte do anterior defensor constituído — afirmaram, mencionando a Súmula 14 do STF, que garante ao advogado ter acesso amplo a elementos de prova documentados em procedimento investigatório e que diga respeito ao exercício do direito de defesa.
Os defensores criticaram, ainda, o vazamento “de dentro do próprio do governo federal” de informações que eles consideram “distorcidas para os meios de comunicação social agredirem a imagem de Rosemary”.
Investigação realizada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Porto Seguro, mostrou que Rose patrocinou lobbies e ajudou uma quadrilha que vendia pareceres a empresários, em troca de vantagens. De acordo com a PF e o MPF, a ex-funcionária usou sua influência para falsificar um atestado de capacidade técnica para a empresa New Talent, do marido e, com isso, a empresa conseguiu um contrato de R$ 1,1 milhão com uma subsidiária do Banco do Brasil.


Sexo, drogas e rock and roll, por Ilimar Franco



Ilimar Franco, O Globo
É rocambolesco o escândalo das fraudes praticadas pela consultoria RCA Assessoria no programa Minha Casa Minha Vida. Sobre as peças que constam do processo no Tribunal de Justiça de São Paulo, um dos trechos diz: “Daniel Vital Nolasco gaba-se de ter obtido a senha após passar uma noite em um motel..."


Ele referia-se a uma funcionária da Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades. Em outro está registrado: “Carlos de Luna gaba-se de ter uma relação estreita com parceiros do PT”. E adiante: “(...) que já participaram de orgias com garotas de programa na companhia de Carlos de Luna", referindo-se a então ocupantes de cargos no Planalto.

Conheça uma bela oração do Bispo Bergoglio (Papa Francisco)



Jorge Béja
Recebi essa oração criada em Buenos Aires pelo então Bispo Jorge Bergoglio, que viria a ser tornar o Papa Francisco. Repassem com fartura, porque muitos precisam rezar hoje.
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UMA ORAÇÃO EM CADA DEDO
1. O polegar é mais próximo de você. Então comece a orar por aqueles mais próximos a você. Eles são os mais facilmente lembrados. Orar por nossos entes queridos é um “dever doce.”
2. O dedo seguinte é o indicador . Ore por aqueles que vão ensinar, instruir e curar. Isso inclui professores, catequistas, médicos e os sacerdotes. Eles precisam de apoio e sabedoria para indicar a direção correta para os outros. Mantenha-os sempre presentes em suas orações.
3. O próximo dedo é o mais alto . Ela nos lembra dos nossos líderes. Ore para o presidente, congressistas, empresários e gestores. Essas pessoas dirigem os destinos de nossa nação e orientam a opinião pública. Precisam da orientação de Deus.
4. O quarto dedo é o nosso dedo anelar . Embora muitos fiquem surpresos, é o nosso dedo mais fraco, como pode te dizer qualquer professor de piano. Ele deve lembrar-nos a rezar para os fracos, com muitos problemas ou prostrado pela doença. Eles precisam da sua oração dia e noite. Nunca será demais orar por eles. Você também deve orar pelos casamentos.
5. E por último, é o nosso dedo mindinho, o dedo menor de todos, que é a forma como vemos a nós mesmos diante de Deus e dos outros. Como a Bíblia diz que “os últimos serão os primeiros”. Seu dedo mindinho deve lembrá-lo de orar por você. Após ter orado para os outros quatro grupos, você verá suas próprias necessidades na perspectiva correta, e assim você rezará melhor por seus problemas.

Pânico no PT e no Instituto Lula, com a volta de Rosemary ao noticiário político-policialcr



Carlos Newton
No xadrez da política, Rosemary Noronha faz muita diferença. Ao movimentar suas peças, pela primeira vez desde novembro, quandofoi atingida pela a Operação Porto Seguro, Rosemary balançou as estruturas do Instituto Lula e do próprio PT.
Como no célebre filme de Hitchcock, Rosemary é a mulher que sabia demais. Se falar, causará um tsunami na política, podem ter certeza. Lula e o PT arranjaram advogados, mas abandonaram Rose às feras, quando a saída seria sustentá-la para o resto da vida, de maneira a evitar maiores problemas, digamos assim. Dinheiro não falta à Lula, ele está sendo avarento e ingrato com quem lhe proporcionou grandes momentos, durante quase 20 anos de uma paixão estonteante.
Este fim de semana é como se fosse um pesadelo para o PT e o instituto Lula. Rosemary precisa ser contida, o mais rápido possível.  E a sucessão presidencial depende disso. Se o escândalo aumentar, prejudicará Lula e favorecerá Dilma Rousseff, que está num momento de rara felicidade. Amanhã voltamos ao assunto, que é apaixonante.Como se sabe na política, ex-mulher é um perigo. Ex-segunda-dana, muito pior…

RECIPROCIDADE



Old Man
A Noruega, conta decisão que relato abaixo, dá uma lição ao mundo, do que significa realmente SOBERANIA de uma nação, que não se vende por dinheiro algum e não se corrompe, aplicando a reciprocidade de direitos, aos povos extremistas que pretendem difundir seu radicalismo à vários países da Europa e que isto sirva de exemplo aos paises emergentes  que se vendem por um prato de lentilhas.noruega
Reciprocidade é isso. Se não há igrejas cristãs na Arábia Saudita, não haverá mesquitas na Noruega. Este país proibiu o outro de financiar mesquitas em seu território, enquanto não permitirem a construção de igrejas cristãs naquele país. O governo norueguês acabou de dar um passo importante na hora de defender a liberdade de culto na Europa, frente ao totalitarismo islâmico. Jonas Gahr Stor (fotoo), ministro dos negócios estrangeiros, decretou que não seriam aceitos os donativos milionários da Arábia Saudita, assim como de empresários muçulmanos para financiar a construção de mesquitas na Noruega. Segundo o referido ministro, as comunidades religiosas tem direito a receber ajuda financeira, mas o governo norueguês, excepcionalmente e por razões óbvias, não aceitarão o financiamento islâmico de milhões de Euro. O ministro argumenta que seria um paradoxo e antinatural aceitar essas fontes de financiamento de um país onde não existe liberdade religiosa. Afirma também que a aceitação desse dinheiro seria um contra-senso, recordando a proibição que existe nesse país árabe para a construção de igrejas de outras religiões. O ministro anunciou que a Noruega levará este assunto ao Conselho da Europa, onde defenderá esta decisão baseada na mais estrita reciprocidade com a Arábia Saudita.
Claro que esta notícia quase que passou despercebida em boa parte da Europa e, principalmente, em Portugal, onde, por medo de represálias, os meios de comunicação… preferem se calar!

A reportagem de VEJA sobre o caso Rose lembrou a Lula que sábado é o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório



Palazzo Pamphili, sede da embaixada brasileira em Roma: hotel de Rose
Há 148 dias Lula insulta o Brasil que presta com a acintosa mudez sobre o escândalo que protagonizou em companhia de Rosemary Noronha. Neste sábado, a reportagem de capa de VEJA, que revela bandalheiras colecionadas pela ex-segunda-dama na chefia do escritório da Presidência da República em São Paulo, confirmou que o caso não será sepultado pelo silêncio do artista de palanque. Também lembrou ao ex-presidente que sábado é mesmo o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório.
Ressentida com parceiros e amigos que a teriam abandonado, Rose ainda não engole a ideia de naufragar sozinha. Vai afundar atirando, prometem as ameaças em código que vem emitindo. Uma delas foi a troca dos responsáveis por defendê-la. Entregue até recentemente aos cuidados de advogados escolhidos pelo PT, Rose contratou um escritório que durante anos prestou serviços ao PSDB para livrá-la de punições aplicáveis aos muitos crimes que cometeu.
Outro sinal de perigo a ameaça é a lista de testemunhas arroladas pelos novos defensores da vigarista que Lula promoveu a servidora da pátria. Para ajudá-la a escapar do processo administrativo em que é acusada de usar e abusar da estrutura do gabinete presidencial em benefício próprio, foram relacionados, por exemplo, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e ex-chefe de gabinete de Lula, a notória Erenice Guerra, ex-braço direito de Dilma Rousseff, e Ricardo Oliveira, ex-vice-presidente do Banco do Brasil e assíduo frequentador do escritório na Avenida Paulista.
A reportagem de Robson Bonin se amparou no relatório final de 120 páginas, elaborado por técnicos do Planalto, que condensa os resultados da sindicância que levou a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a pedir a abertura do processo administrativo contra a Primeiríssima Amiga. VEJA teve acesso ao documento.
Confira dois trechos da reportagem:
Era grosseira e arrogante com seus subalternos. Ao mesmo tempo, servia com presteza aos poderosos, sempre interessada em obter vantagens pessoais — um fim de semana em um resort ou um cruzeiro de navio, por exemplo. Rosemary adorava mordomias. Usava o carro oficial para ir ao dentista, ao médico, a restaurantes e para transportar as filhas e amigos. O motorista era seu contínuo de luxo. Rodava São Paulo a bordo do sedã presidencial entregando cartas e pacotes, fazendo depósitos bancários e realizando compras. Como uma rainha impiedosa, ela espezinhava seus subordinados.
Mensagens inéditas reunidas no relatório da investigação mostram que a ex-secretária foi recebida com honras de chefe de estado na embaixada brasileira em Roma. Todas as facilidades possíveis lhe foram disponibilizadas. Rose temia ter problemas com a imigração no desembarque em Roma. O embaixador José Viegas enviou-lhe uma carta oficial que poderia ser apresentada em caso de algum imprevisto. Rose não conhecia a Itália. O embaixador colocou o motorista oficial à sua disposição. Rose não tinha hotel. O embaixador convidou-a a ficar hospedada no Palazzo Pamphili — e ela não ocuparia um quarto qualquer. Na mensagem, o embaixador brasileiro saudou a ida de Rose com um benvenuti!, em seguida desejou-lhe buon viaggio e avisou que ela ficaria hospedada com o marido no “quarto vermelho”. Quarto vermelho?! Como o Itamaraty desconhece esse tipo de denominação, acredita-se que “quarto vermelho” fosse um código para identificar os aposentos relacionados ao chefe — assim como normalmente se diz “telefone vermelho”, “botão vermelho”, “sala vermelha”…
Há muito mais informações nas páginas da revista sobre as patifarias apuradas na sindicância. E não custa lembrar que estão ainda em seu começo os desdobramentos da Operação Porto Seguro, que desbaratou o bando de assaltantes de cofres públicos. Se Lula persistir na tática da afonia seletiva, cumpre à Polícia Federal e ao Ministério Público obrigá-lo a falar sobre as delinquências em que se meteu ao lado de uma quadrilheira. Rose é coisa dele.

PLANO PERFEITO




            Percival Puggina



            A Coreia do Norte, onde só existe o Partido dos Trabalhadores da Coreia, é governada há mais de meio século por uma espécie de monarquia comunista que já está na terceira geração. Segundo Human Rights Watch, os norte-coreanos são as pessoas mais brutalizadas no mundo. A sociedade é organizada em castas segundo a lealdade ao regime. Comparada a ela, até Cuba se transforma em paraíso de luxuriantes e extravagantes liberdades. Pois bem, quando, em dezembro de 2011, morreu Kim Jong-il (ditador cujos campos de concentração fariam inveja a Stalin), o PCdoB, em meio a soluços, pranteou mensagem de condolências aos camaradas pela irreparável perda. Agora, nestes dias, o tiranete que herdou do pai a propriedade do país como se fosse fazendola, ou relógio de estimação, rufa tambores de guerra. Guerra nuclear. E novamente o PCdoB, anunciando endosso do PT e do PSB (que juram não haverem endossado coisa alguma), mais a UNE, o MST e diversas organizações de calibre semelhante, manifestam-se em "irrestrito e absoluto apoio" a Kim Jong-un qualificando sua atitude belicosa como ato de soberania e dignidade.

***

            Ruim, não? O sujeito viu o muro de Berlim ser erguido e tinha certeza de que o lado de lá era melhor do que o de cá. Torceu pela União Soviética, pela China maoísta, pelos vietcongs, pelo Khmer Vermelho, pelas Brigate Rosse. Vestiu camiseta do Che. Colou no guarda-roupa fotos do Danny le Rouge. Sacudiu bandeirinha de Cuba. Atendendo apelo de Fidel, passou uma temporada lá, em 1969, cultivando cana. Vociferou contra a Primavera de Praga. Aplaudiu as ações dos tanques chineses na Praça da Paz Celestial. Bebeu champanhe no September 11. Fez tudo direitinho. Votou no partidão e no partidinho. Imaginou? Agora, veja bem o que aconteceu com ele. Seus atuais porta-vozes e líderes são tipos como Lula, José Dirceu, Hugo Chávez, Daniel Ortega, Evo Morales, Ahmadinejad, Kim Jong-un. Pensa numa democracia construída sobre aquelas idéias. Não há. Busca livro que junte os cacos e reorganize consistentemente uma visão de mundo sobre tais bases. Nada. Procura um estadista de boa estirpe para seguir. Ninguém. Dureza! O comunismo nunca foi melhor.

***

            Pois bem, cem milhões de mortos depois, contado um século inteiro de fracassos, o Brasil deve ser dos raros países onde dizer-se que alguém é anticomunista soa como desqualificação. Coloca a vítima do adjetivo no rol dos retardados intelectuais. Vale por um tiro na nuca. Perceba, leitor, a engenhosa malícia capaz de produzir uma coisa dessas. Malícia lograda mediante persistente trabalho desenvolvido na imprensa, nas salas de aula, nos comentários políticos, nas conversas de botequim e no ambiente cultural. Comunista come criancinha? Quá, quá, quá! Graças a essa conjugação de ironias e sofismas, a carga esmagadora das monstruosidades praticadas em nome do comunismo foi jogada na vala comum com seus fracassos. Pelo avesso dos fatos e da história, a maligna doutrina foi sendo reapresentada como coisa de gente moderna, cuca fresca. Chega-se, por fim a duas realidades contraditórias: numa, o comunismo, seus símbolos, organizações políticas e ilusórias mensagens trafegam com desenvoltura, leves de qualquer carga histórica, no ambiente social e político do país; noutra, convivem, esplendidamente, com a ideia de que ele mesmo acabou e não tem mais qualquer plano, projeto, estratégia ou significado entre nós. Pode haver significado, estratégia, projeto ou plano mais perfeito?

ZERO HORA21 de abril de 2013

MRV ACREDITA EM ANO SEM SOBRESSALTO PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO




Para Rubens Merin, presidente da MRV, as histórias envolvendo a incorporadora em trabalho escravo e o consequente corte de crédito por parte de instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil ficaram para trás. “Fomos acusados por motivos injustos. A fiscalização é muito importante, mas não podemos banalizar a escravidão.Nossos canteiros estão sendo bem geridos”, afirmou o empresário.

Merin acredita que 2013 será um ano com menos sobressaltos para o mercado imobiliário. No ano passado, a companhia lançou 32 mil unidades, número 20% menor na comparação com o ano anterior. “Em 2013 vamos lançar mais unidades do que no ano passado”, disse sem dar mais detalhes.

Para o empresário, o consumidor está confiante, tem renda e crédito, mas as facilidades para se comprar um imóvel precisam aumentar. “A desoneração também é um ponto importante. Tivemos uma redução de impostos recentemente, mas ainda é preciso fazer mais”, diz.

Agora, Menin sente que poderá fazer algo por estas questões. Ele foi eleito presidente da recém-criada Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Além da MRV, outras 18 companhias são associadas, entre elas, Cyrela, Tecnisa, e Brookfield. “Vou ter que acordar meia hora mais cedo e dormir meia hora a menos”, brinca em relação ao tempo que vai ter de se dedicar para essa nova empreitada.

A Abrainc montou sete comitês os quais vão incorporar os principais interesses das empresas do segmento. “Já temos conversas com diversos ministérios do governo”, afirma Menin. Uma das bandeiras da associação é conquistar melhores condições de crédito para o consumidor final. Um dos exemplos citados por ele diz respeito ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 

Atualmente, só é possível sacar o dinheiro do FGTS para compra de imóveis até R$ 500 mil. “Estamos tentando rever esta situação”, diz Menin.

O empresário afirma que a Abrainc irá complementar a atuação de outras entidades já existentes como Câmara Brasileira da Indústria da Construção, os Sindicatos da Habitação, os Sindicatos da Construção e a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademis). “Mas atuaremos em âmbito nacional”, completa.
 
Vendas
Na capital paulista foram vendidas 1.927 unidades de imóveis residenciais em fevereiro, uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O total comercializado no período respondeu por uma receita de R$ 1 bilhão, valor 13% menor do que o verificado no ano anterior. No acumulado deste ano, foram vendidas 2.775 unidades, 12,7% abaixo na comparação com primeiro bimestre de 2012.

A construção civil fechou o ano passado com 3,2 milhões de trabalhadores formais no país, aumento de 3% na comparação com 2011, segundo dados da Fundação Getulio Vargas.

Fonte: Brasil Econômico

ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA: O QUE FAZER?




O consumidor pode requerer ao Juiz o cumprimento forçado da obrigação de entrega do bem adquirido junto à construtora, além de indenização pelos danos materiais e morais sofridos, em decorrência do atraso inesperado da entrega do imóvel.

Comprar um imóvel na fase de lançamento, ou seja, “na planta”, e ter problemas com o prazo da entrega da obra contratualmente prometido é cada vez mais comum. Assim, muitas dúvidas surgem para o Consumidor, ante a falta de esclarecimentos das cláusulas inseridas no contrato de compra e venda, muitas das vezes assinado sem o adequado entendimento do que está escrito, tampouco sem saber se o conteúdo ali existente está ou não de acordo com o lei.

Diante dessa situação, é necessário que o Consumidor esteja atento aos seus direitos, como por exemplo, o de rompimento do contrato, face ao descumprimento da principal obrigação assumida pela Construtora, que é a entrega do imóvel no prazo pactuado.

Assim, caso o Consumidor opte pela rescisão do contrato, por não ter mais interesse no investimento, poderá exigir a devolução integral dos valores já quitados, em parcela única, corrigido pelo mesmo índice previsto no contrato, além da multa e dos juros estipulados pelas partes no instrumento de compra e venda.

No entanto, caso opte por manter o contrato (o que ocorre na maioria dos casos, visto a valorização imobiliária do bem), o consumidor poderá requerer ao Juiz o cumprimento forçado da obrigação de entrega do bem adquirido junto à construtora.

Além das opções acima destacas, pode ainda o Consumidor exigir na mesma ação, o pagamento de uma indenização pelos danos materiais e morais sofridos, em decorrência do atraso inesperado da entrega do imóvel.

O dano material, por exemplo, ocorre nos casos em que o Consumidor pretendia usar o imóvel como sua futura moradia, sendo a indenização, neste caso, equivalente aos custos mantidos com uma residência substitutiva do imóvel não entregue durante o período em que perdurar o atraso, sem falar nos lucros cessantes, ou seja, indenização devida quando o imóvel é adquirido como investimento, devendo ser reparado o valor que efetivamente o Consumidor está deixando de lucrar com os alugueres, por exemplo.

Quanto ao dano moral, poderá restar caracterizado caso o Consumidor prove situação prejudicial e frustrante sofrida pelo atraso na entrega do bem.

Ademais, necessário informar que nem todas as cláusulas constantes nos contratos de Compra e Venda com as construtoras são legais, já que tratam-se de instrumentos denominados de “Contratos de Adesão”, ou seja, contratos pré-formulados e impostos unilateralmente aos compradores, sem qualquer possibilidade de discussão sobre o seu conteúdo, razão pela qual essas cláusulas tidas como abusivas e desproporcionais podem ter sua validade questionada na Justiça.

Em todo caso, deve o Consumidor, independentemente de haver ou não atraso na entrega da obra, manter o pagamento das parcelas em dia, sob pena de se tornar inadimplente, o que poderá gerar cobranças, incidência de multas e juros de mora previstos no Contrato formalizado com as Construtoras.

Vale acrescentar que os atrasos nas entregas dos imóveis vêm se tornando tão comum que existe hoje um Projeto de Lei no Senado (Projeto de Lei n 97/2012), de autoria do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), prevendo que as empresas paguem indenização equivalente a 2% do valor total contratado se não honrarem o contrato, porém, não caberá indenização se o contrato previr prazo de tolerância, que não pode exceder a seis meses.

Além da indenização acima citada, prevê o referido Projeto que se a entrega do imóvel não acontecer no prazo, incidirá uma multa moratória mensal de 0,5% sobre o valor total do imóvel, devidamente atualizado, a contar da data prevista no contrato.

Além disso, o consumidor, segundo a proposta, poderá utilizar o valor proveniente da multa para abater parcelas que vencerem após o prazo previsto para entrega do imóvel ou pedir sua devolução, que deve ser feita em, no máximo, 90 dias após a entrega das chaves ou a assinatura da escritura definitiva.

Por fim, o referido Projeto de Lei foi encaminhado à Comissão Temporária de Modernização do Código de Defesa do Consumidor, caso aprovado, significará certamente um grande avanço no setor, já que trará algum ônus para as Construtoras inadimplentes, que hoje “brincam” com os Consumidores, aos quais resta somente acionar o Poder Judiciário para fazer valer os seus direitos.

Autora: Michele Sezini da Cruz
Advogada com especialização em Processo e Direito do Trabalho, atuante nas áreas cível e trabalhista.
Fonte: Revista Jus Naviganti