domingo, 15 de janeiro de 2012

Os sem direitos por Miriam Leitão (O Globo)


Ao contrário da tendência geral de só olhar os problemas nas horas de crise, o mais eficiente é avaliar a distorção que permanece quando tudo parece bem. O Brasil está com a mais baixa taxa de desemprego em muitos anos, e o índice caiu mesmo no ano passado, em que o ritmo de crescimento econômico diminuiu. Os empresários continuam reclamando da dificuldade de contratação em determinadas áreas.

Num sinal de que tudo parece resolvido, o governo se dispõe a baixar uma lei regulando o uso do celular funcional e do e-mail, no fim de semana, no pagamento das horas extras. Ninguém desconhece o risco de que os meios digitais acabem ampliando a hora de trabalho e perturbando o necessário descanso do trabalhador, mas isso deveria ficar a cargo do bom senso e das negociações entre empresas e empregados.
Não é por falta de leis trabalhistas — talvez seja por excesso — que o Brasil permanece com os problemas de sempre. Quarenta por cento dos trabalhadores estão no mercado informal, sem a cobertura das garantias essenciais de férias, décimo terceiro, FGTS, seguro-desemprego, previdência. Como isso pode acontecer no momento em que o país tem um cenário tão positivo em termos de demanda de mão de obra? Isso deveria concentrar a atenção das autoridades e o melhor momento para fazê-lo é quando não há crise no mercado.
Entra e sai governo, o problema da enorme fatia dos trabalhadores brasileiros fora do mercado formal continua como uma cicatriz nas estatísticas de trabalho. O Ministério do Trabalho na gestão do antigo ministro — que caiu sob o peso das denúncias de irregularidades — se preocupava apenas em trombetear todos os meses o número do Caged, de criação de empregos pelas empresas formais, mas não parecia ver o percentual exorbitante de trabalhadores fora desse mercado.
Esse problema, evidentemente, não é apenas decorrente da última administração do Ministério. É uma velhíssima distorção na economia brasileira. Em épocas de crise, culpam-se as crises. Em momentos de prosperidade econômica, o problema fica invisível. Fora do mercado formal, esses trabalhadores estão desprotegidos, as desigualdades se eternizam, o governo deixa de arrecadar recursos que ajudariam no equilíbrio de suas contas previdenciárias e contratam-se dilemas futuros. Esta é uma boa hora de se pensar em atacar esse problema com todas as armas. A fiscalização é necessária, mas não suficiente. O país precisa conhecer as causas mais profundas dessa separação dos com e sem carteira, que tem se mantido em momentos de escassez e de abundância no mercado de trabalho.
Outro problema estrutural é o do nível de escolaridade. Os avanços na educação nas últimas décadas foram insuficientes e lentos. Na comparação com o mundo, e até com os países vizinhos, perdemos em anos de estudo da população economicamente ativa. É insensato não enfrentar esse problema com senso de urgência, porque essa é a era do trabalho qualificado, seja em que área for. Envelheceram as velhas divisões que opunham o emprego que exigia cérebro do que exigia apenas a força bruta. Hoje, como se sabe, a busca do conhecimento constante em todas as áreas profissionais é o que aumenta a produtividade da economia como um todo. O acompanhamento das novas tecnologias, o estudo de manuais, a dispersão da cadeia produtiva em diferentes países, tudo exige, por exemplo, a destreza em outros idiomas. O atraso na educação brasileira é um dos mais importantes gargalos ao aumento da competitividade da economia.
As desigualdades salariais, de oportunidades, de ascensão na carreira separam os grupos por gênero, cor da pele e idade. Esse tem sido um tema recorrente neste espaço. As estatísticas de emprego e renda mostram todo mês que continuam presentes as travas artificiais impostas pela discriminação a alguns grupos sociais. É preocupante o alto desemprego de jovens de 18 a 24 anos. Em 2011, as pesquisas mostraram que entre 13% e 14% dos jovens que procuraram emprego não conseguiram vaga. O número caiu um pouco mas continua alto demais para um país que está num bom momento.
O que inquieta no mercado de trabalho brasileiro é que as autoridades de qualquer nível, as lideranças empresariais que gerem recursos do Sistema S, o BNDES, que é em parte financiado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, os líderes das centrais sindicais não parecem preocupados com quem está fora das garantias trabalhistas. A preocupação é sempre a de aumentar os direitos para quem já está dentro do mercado formal; e nunca em avaliar os defeitos de um sistema, que em qualquer conjuntura, mantém fora do mercado formal, expostos aos riscos e ao desalento, 50 milhões de brasileiros.
O último relatório da Organização Internacional do Trabalho trouxe boas notícias para o Brasil e a América Latina. Aqui, o desemprego está estável, enquanto sobe e ameaça outros países e regiões. Quando o país cresce, os empresários reclamam do “apagão de mão de obra”. Quando tudo está bem, é hora de olhar os problemas que têm permanecido conosco, faça chuva ou faça sol.

Regras do financiamento para materiais de construção já estão em vigor


Fonte: Fabiana Pimentel - InfoMoney

  

Foi publicada nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial da União a oficialização das regras do Fimac FGTS (Financiamento de Material de Construção).
Apesar de as regras entrarem em vigor a partir da publicação, a liberação dos recursos só deve ser iniciada em 30 dias.
De acordo com a publicação, a intenção do financiamento é garantir mais opções de financiamentos na área habitacional, por isso, a medida atingirá todas as faixas de renda, porém, é obrigatório ser cotista do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e ter vínculo empregatício ativo.
Regras
O valor do financiamento será limitado a até R$ 20 mil, com possibilidade de pagamento em até 120 meses.
Em relação CET (custo efetivo total), incluindo juros, comissões e outros encargos financeiros, ele deve ser de no máximo 12% ao ano; já a taxa nominal de juros do FGTS é de 8,5% ao ano e incide sobre o saldo devedor atualizado.
Apesar de utilizar recursos do Fundo de Garantia, a amortização ou quitação do financiamento não poderá ser realizado por meio de saques do FGTS.
O financiamento poderá ser pedido para imóveis residenciais, porém, o interessado no financiamento só será beneficiado se comprovar que o lote ou edificação é regular.
Com o crédito, será possível comprar materiais de construção para reforma, construção ou ampliação do imóvel, instalação de medidores individuais de água, implantação de SAS (Sistemas de Aquecimento Solar) e também itens que visem à acessibilidade, ao desenvolvimento sustentável e à preservação do meio ambiente.

Você não sabe a diferença entre caviar e botarga?


Não é grave.

O caviar é extraído das ovas de esturjão e existem três tipos: o beluga, o osetra e o servuga. O caviar mais conhecido é o beluga, sendo este também o mais caro. E o mais raro. Possui ovas maiores, sabor mais suave e sua cor vai do cinza-prata ao preto. O osetra tem ovas um pouco menores e paladar suave. A cor vai do cinza ao ocre com um núcleo amarelo-dourado. O servuga tem as menores ovas, paladar forte e sua cores vão do cinza ao preto. Para amadureçer ao pondo de dar ovas, um esturjão beluga leva de 18 a 20 anos, um osetra de 10 a 12 e um servuga de 5 a 7 anos.

Custam uma fortuna e a degustação é feita colocando-se um pequeno "montinho" na mão fechada.



Observação: o esturjão é o maior peixe de água salgada do mundo, depois do tubarão-baleia, sendo o Mar Cáspio a região tradicionalmente considerada como produtora dos melhores caviares. Hoje em dia o caviar do Cáspio é produzido principalmente pelo Irão e pela Rússia, bem como, em menor quantidade, pelo Azerbeijão e Cazaquistão.

Enquanto a caça do beluga e osetra é feita duas vezes ao ano, a do servuga uma vez. O esturjão, que chega a pesar mil quilos (beluga) deve ser capturado corretamento para que a adrenalina não inunde o organismo do peixe. Do barco até a loja a temperatura (4 a 0 graus) e o sal adicionado (3%) precisam ser mantidos rigorosamente. A seguir alguns tipos de caviar:

O caviar "Malossol Servuga" se destaca pelo seu grão fino e de casca tenra. Sua armazenagem deve ser feita em geladeira e a durabilidade destes produtos é de 8 meses. Malossol em russo significa pouco sal logo este caviar possui a concentração mínima de sal (3%) e é fresco.

Por uma "libaralidade do mercado", também se chama de caviar às ovas de de lumpo, capelin, truta salmonada, salmão e arenque. Cada um possui características específicas. Um caviar de qualidade, contudo, se caracteriza por grão imaculamente redondos, bem delineados e distintos uns dos outros. . As ovas podem ser pretas, acinzentadas ou vermelhas.


Atenção: e não têm cheiro de peixaria.

Já a botarga são ovas de tainha --- salgadas e desidratadas

E possui um complexo processo de fabricação.

Depois de extraídas do peixe, as ovas são lavadas e espremidas para que seja retirado todo o sangue. Esse cuidado evita que elas fiquem amargas. A etapa seguinte é a desidratação no sal. Finalmente, há a secagem em câmaras ou fornos elétricos. No método tradicional, a matéria prima é exposta ao sol por até um mês.
Sobre sua origem, voltemos a 3.500 anos AC, quando os egípcios que já consumiam ovas de peixes secas. A sua difusão na costa do Mediterrâneo no entanto, deve-se aos fenícios. Tradicionalmente é alimento de pescadores em alto mar, por conservar-se muito bem.

Hoje em dia tem se tornado alimento de luxo, consumido como aperitivo (antipasto), finamente cortado em saladas ou guarnição de massas (usar ralada, ideal seria o cannellini), somente com manteiga e um bom queijo (Fontina seria uma boa pedida, ou um Grana Padano).

A melhor variedade vem da Itália e é de tainha – muggine, das praias da Sardenha. Seu sabor é delicadamente picante e salgado, bastante estimulante ao paladar.

Ela é servida das mais diferentes maneiras, porém sempre em pequenas quantidades por seu sabor concentrado. Em São Paulo e no Rio diversos restaurantes têm feito festivais com a botarga, afim de trazer ao conhecimento brasileiro um sucesso internacional.

Pode ser escoltado por vinho branco seco -- um Sauvignon-Blanc, um Gewurstraminer -- ou o eterno champagne -- good for all seasons!

Ambos à venda nas boas delicatessens.

FONTE: Vinhos & Coisas e Tal   Reinaldo Paes Barreto 

Padre Chagas, uma rua da história de Porto Alegre


Revitalização conserva história e cria espaço de convívio

Parte da história de Porto Alegre, a área de 300 metros quadrados na esquina das ruas Padre Chagas e Félix da Cunha, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, foi revitalizada pela Urbana Arquitetura, precisamente pelas arquitetas Taís Lagranha Machado, Cláudia Paupério Titton e Mariana Soldan Hugo.

O espaço, batizado de Pátio Ivo Rizzo, foi residência e depois sede de empresa familiar e agora é uma área de convívio. Para melhor explorar a localização estratégica do terreno, tornar o local mais acolhedor e incentivar a permanência dos frequentadores, as profissionais criaram ambientes públicos de estar e contemplação. O resultado foi um projeto contemporâneo:
Dois espaços, um endereço: Revitalização conserva história e cria espaço de convívio na Padre Chagas
– Nossa intenção foi criar uma praça seca, um lugar aberto para o convívio das pessoas e que também pudesse ser usado em eventos – explica Mariana, lembrando que o caminho de pedras portuguesas forma um eixo em meio ao piso preexistente de basalto, convidando o público a entrar.
Tombada por iniciativa de Ivo Alexandre Rizzo, a construção de 1925 abriga hoje uma série de empreendimentos comerciais. No anexo de 105 metros quadrados, onde outrora ficava localizada a garagem da residência, se encontra uma casa de sucos. Esta área também passou por intervenção do trio de arquitetas.
Dois espaços, um endereço: Revitalização conserva história e cria espaço de convívio na Padre Chagas
Dois ambientes comportam mesas e bancadas para lanches rápidos, com lugar para mais de 60 clientes sentados. Os tons verde e laranja predominantes remetem ao logotipo da lancheria de produtos naturais.
Dois espaços, um endereço: Revitalização conserva história e cria espaço de convívio na Padre Chagas
Como a cultura da casa de sucos é de que o cliente faça o seu pedido no balcão para depois aguardar na mesa, as profissionais optaram por deixar a entrada livre de elementos que dificultassem a passagem.
Dois espaços, um endereço: Revitalização conserva história e cria espaço de convívio na Padre Chagas
No lounge com deque de madeira, pufes e futons revestidos de tecido branco com capa de plástico convidam o visitante ao descanso sob as árvores, no conjunto arquitetônico do bairro Moinhos de Vento.

FONTE: Pense Imóveis (ZH)

Endividamento da população: o Governo tem culpa?


07 de junho de 2011 • 10h28Por: Equipe InfoMoney
A expansão do crédito é, do ponto de vista econômico, determinante para o crescimento do consumo e para a realização de novos investimentos na produção. Do ponto de vista social, a expansão do crédito favorece a melhora do bem-estar da população, devido ao acesso de bens e serviços. Para o empreendedorismo (para os velhos e novos negócios), o crédito é fundamental para transformar ideias e projetos em realidade.
Os benefícios que o crédito oferece para a economia e para a sociedade são reais. Porém, o uso sem controle pode causar enormes danos ao sistema econômico e sequelas à população. Numa sociedade com forte propensão ao consumo, como a brasileira, a expansão desordenada e acelerada dos meios de crédito pode esconder perigosas bolhas no futuro, vide o passado recente dos EUA.
Como exemplo do mau uso do crédito, temos a alavancagem financeira que certas modalidades oferecem. Nesse caso, uma pessoa que não possui restrição nas empresas de proteção ao crédito e com rendimento médio comprovado de aproximadamente R$ 2.000 consegue facilmente abrir contas bancárias, com limite mínimo de 50% (ou mais) da renda, e obter a mesma proporção de cartões de crédito. Ou seja, o poder de compra, que antes era de apenas R$ 2.000, com a alavancagem salta para mais de cinco vezes.
De maneira simples, o conceito da alavancagem financeira pode ser descrito como o uso do capital de terceiros, geralmente empréstimos bancários, nas operações de uma empresa. Porém, a alavancagem de empresa difere do abordado até aqui, pois nesse caso se deduz que as pessoas utilizam recursos de terceiros, bancos, para o seu próprio consumo, sem o objetivo de investir. E aí reside um problema: o endividamento das pessoas está atrelado à renda, e não ao investimento futuro, como normalmente aplicado pelas empresas, e o consumo de bens não implica ativo que trará retorno no futuro.

"Numa sociedade com forte propensão 
ao consumo, como a brasileira, a expansão 
desordenada e acelerada dos meios de crédito 
pode esconder perigosas bolhas no futuro"
A alavancagem desordenada do consumo das pessoas, por exemplo, é resultado da inexistência de regulação para a tomada de crédito e do afrouxamento do sistema bancário em relação às linhas ofertadas. A competição bancária e as margens de lucratividade são indutores da alavancagem creditícia, pois os maiores ganhos dos bancos são reportados dos meios de crédito.
Diante do aumento ano a ano do crédito e das suas modalidades, fica uma pergunta: quem deveria limitar a alavancagem do consumo das pessoas oriundas do crédito? De fato não seria o papel dos bancos propor autorregulação, pois os interesses das principais instituições bancárias levam a crer que o mercado se regula naturalmente. Seria então do Estado? Sim, seria papel do Estado propor limites para a alavancagem do consumo das pessoas por meio do crédito, impondo restrições aos bancos. A falta de regulação bancária no campo da alavancagem levou os EUA a uma das piores crises econômicas da sua história.
Em relação à economia brasileira, observam-se sinais semelhantes, mesmo que em dimensões diferentes. A propensão ao consumo do brasileiro, a falta de educação financeira e a competição bancária são elementos perigosos quando descuidados.
Ricardo Jacomassi é economista, professor e estrategista de investimentos e escreve mensalmente na InfoMoney.
ricardo.jacomassi@infomoney.com.br

Parcerias: "para somar temos que dividir"


Fonte: Redação Redimob


Parcerias entre empresas devem ser norteadas em uma relação de confiança, cooperação e companheirismo.

No mercado imobiliário, a concorrência está dando espaço para a parceria. Cada vez mais empresas unem forças para oferecer um diferencial ao cliente e conquistar mercado. Qual a força dessas alianças tanto para os empresários, como para a consolidação do setor imobiliário no país? Conversamos sobre o tema com um dos sócios da Vista, Felipe dos Santos. A empresa, especializada em softwares de gestão comercial para imobiliária, realizou uma parceria para integrar a base de dados ao Sistema AdClip e já sente os reflexos desta união de forças.
As “parcerias” são oportunidades para consolidar o crescimento e visibilidade tanto das empresas como do mercado imobiliário. Como você avalia a união entre empresas e profissionais do setor?
Antigamente as empresas centralizavam todas as operações, independente do setor. Havia aquele velho conceito de que se necessitava de autonomia, e embasando-se nesta falsa premissa, criava-se estruturas enormes, nada eficientes, para as diversas atividades que eram incorporadas. Nos anos 90 com a reengenharia, percebeu-se que as empresas deveriam focar-se em seu “Core Business”, ou seja, na sua principal atividade. É conveniente ressaltar quando se fala em parcerias sobre as associações, tais como cooperativas, redes e afins, formadas por profissionais ou empresas de um mesmo setor, surgem de forma a ampliar as oportunidades de negócios. As parcerias, portanto, surgem para unir especialistas formando um arranjo produtivo mais eficiente e gerando mais sinergias. 
Quais as principais vantagens do trabalho em parceria no mercado imobiliário? 
No mercado imobiliário, as redes de imobiliárias começaram a surgir no Brasil há cerca de 15 anos, onde imobiliárias de determinadas regiões se associaram para trocarem experiências e fazerem negócios em conjunto. O conceito é que para somar temos de dividir. Assim, se uma imobiliária possui um determinado cliente e a outra possui um imóvel dentro das características que este busca, oportuniza-se um negócio que não ocorreria sem a parceria entre as empresas.  
O que é necessário para consolidar uma parceria de sucesso?
No âmbito pessoal nós construímos amizades, onde se consolida uma relação de confiança, cooperação e companheirismo. Assim como as amizades, penso que uma parceria com outra empresa deve ser norteada pelos mesmos valores. As parcerias de longo prazo são “ganha-ganha”. Para tanto é necessário o alinhamento de expectativas e de interesse, bem como uma boa divulgação dentro das respectivas empresas para seus colaboradores, sobre as vantagens da parceria. 
De que forma as redes sociais podem facilitar a consolidação dessas parcerias?
As redes sociais surgem como novos canais de comunicação e interação. De fato, estamos experimentando uma relação mais próxima entre as pessoas. Através das redes sociais conhecemos mais pessoas e empresas com interesses afins, oportunizando-se novas parcerias.

Freio no CNJ é obstáculo para investigar indícios da venda de sentenças no País



Dados sobre rendimentos e movimentações atípicas de magistrados que constam em relatório do Coaf fornecido ao conselho não serão investigados se forem mantidas as decisões do Supremo, em caráter liminar, de interromper inspeções em tribunais

Foto: DIDA SAMPAIO/AE-13/5/2010
Divergências. Os ministros do Supremo Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio de Mello concederam duas liminares que limitam os poderes de ação do CNJ

Integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) temem que a barreira imposta dentro do próprio Judiciário - via liminares do Supremo Tribunal Federal - para a continuidade de investigações nos tribunais impeça a comprovação de indícios de venda de sentenças e enriquecimento ilícito de magistrados e servidores, no radar da Corregedoria Nacional de Justiça. ...

Conforme relatos de membros da Corregedoria ao Estado, o CNJ partiu para a série de inspeções em 22 tribunais, que começou pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, munido de denúncias de que magistrados teriam patrimônio incompatível com seus rendimentos, o que leva à suspeita de que estariam negociando sentenças.

A proibição de acesso aos dados da evolução patrimonial de magistrados e senadores e à folha de pagamento dos tribunais, imposta pelo STF, praticamente torna sem efeito o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que mesmo sem revelar a identidade de servidores ou magistrados, mostrou que R$ 855,7 milhões foram movimentados entre 2000 e 2010 de forma suspeita.

As denúncias que chegaram ao CNJ, as investigações em curso e os alvos nessas inspeções aos tribunais são sigilosos e não são revelados.

O cruzamento entre as declarações de bens de senadores e juízes e a folha de pagamentos dos tribunais poderia indicar discrepáncias. Aqueles que estivessem nessa situação, seriam chamados a esclarecer as diferenças e, eventualmente, a corrigir as declarações apresentadas ao tribunal e à Receita Federal. Se não houvesse explicação plausível, uma investigação certamente seria aberta no âmbito administrativo.

A decisão do ministro Ricardo Lewandowski, em processo das associações de magistrados, interrompeu as inspeções em todos os tribunais. Quando voltar do recesso, o tribunal terá de julgar o caso e decidir diversas questões jurídicas que envolvem este caso, entre elas se a Corregedoria teria poderes para solicitar dados sigilosos do Coaf ou se poderia, a qualquer momento, analisar informações das declarações de bens e rendas de servidores e magistrados.

A depender do entendimento dos ministros do Supremo, uma série de investigações já em curso no CNJ será comprometida.

Alvos. Atualmente, a Corregedoria investiga 62 magistrados, cujos patrimônios pessoais e de dependentes não condizem com os rendimentos. Em 17 casos, indícios de irregularidades por trás da incompatibilidade entre patrimônio e salário levaram à abertura de sindicâncias. O conselho investiga se esses juízes construíram esse patrimônio se valendo da venda de sentenças.

Na apuração desses casos, a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, recebeu informações sigilosas da Polícia Federal, da Receita, do Banco Central e do Coaf. Para obter esses dados, ela se baseou no regimento interno do conselho. O texto permite que o corregedor requisite "das autoridades fiscais, monetárias e de outras autoridades competentes, exames, perícias ou documentos, sigilosos ou não, imprescindíveis ao esclarecimento de processos ou procedimentos submetidos à sua apreciação".

A depender da decisão do STF no mandado de segurança que barrou as inspeções, as investigações de venda de sentença que tenham se baseado em dados considerados sigilosos poderão ser comprometidas.

Na defesa que encaminhou ao Supremo, na tentativa de liberar as inspeções, Calmon negou que as apurações tenham violado os sigilos bancário e fiscal de magistrados e servidores ou que estivesse promovendo uma devassa nos tribunais. "Não foi solicitada qualquer investigação e muito menos devassa sobre magistrados e servidores", afirmou a corregedora nas informações prestadas ao STF. "Não há nada de incomum ou extravagante na fiscalização da Corregedoria."

No documento, Calmon anexou os dados do Coaf que indicam que 3.426 senadores e magistrados movimentaram em dez anos R$ 855,7 milhões. Em dinheiro vivo, foram R$ 274,9 "bilhões movimentados de forma atípica entre 2003 e 2010. Pessoas ligadas ao Judiciário receberam em suas contas R$ 77,1 milhões em espécie e depositaram na conta de terceiros, também em espécie, R$ 29,7 milhões.

Concentra-se na Justiça de SP, Rio e Bahia a maior quantidade de operações que entraram no radar do órgão de combate à lavagem de dinheiro. Em 2008, somente três pessoas ligadas ao TJ-SP e ao TJ da Bahia foram responsáveis por movimentações suspeitas no valor de RS 116,5 milhões, o equivalente a 73% do apurado naquele ano. O TJ-BA diz desconhecer quem seria o magistrado ou servidor que teve movimentação financeira considerada "atípica" em 2008.

Por Felipe Recondo / BRASÍLIA - colaborou Tiago Décimo

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

Quem foi que disse que panfletagem não dá retorno?




Navegando pela internet, encontrei o artigo "O pior da propaganda - entregar panfletos de imóveis". Confesso que não concordo. Ok, é a mídia mais óbvia, menos criativa, isto sem contar o problema ambiental dos panfletinhos jogados fora, e o trabalho quase "escravo" que algumas empresas submetem sua equipe, mas não concordo que não traga resultado. Quem foi que disse que para ser eficaz tem que ser uma mídia criativa? Já presenciei diversos empreendimentos 100% comercializados com um único investimento em mídia: A panfletagem.
O problema maior em relação ao resultado, é o vicio de muitos gestores em replicar fórmulas bem sucedidas em todos os empreendimentos que comercializam. A panfletagem deu certo em um caso? Teremos panfletagem em tudo daqui para frente. Agindo assim, é óbvio que ela não trará o retorno esperado. 

- Panfletagem em dias muito quentes? Cuide. Muitas pessoas andam com os vidros fechados devido ao ar condicionado (a maioria não abrirá o vidro para pegar o panfleto).
- Panfletagem no final de semana, no verão? Cuide. Muitas pessoas vão à praia, e as grandes cidades ficam vazias. Em lugares onde é verão o ano inteiro, a regra vale independente da estação.
- Entrega em caixa de correio? Muitas residências não possuem acesso direto até as caixas de correio, tendo o promotor que entregar o material para o zelador ou guarda do prédio. (certo que ele colocará fora)
- O barato sai caro: Não adianta você contratar a empresa mais barata de panfletagem e exigir o melhor serviço. A qualidade está diretamente ligada ao preço que você pagará. Esteja ciente dos valores cobrados pelas empresas. Depois não reclame que a menina que está ganhando R$ 20,00 por 8 horas de trabalho está fazendo "corpo mole" na hora de entregar os seus panfletos.
- Cuidado com o material: Seu material precisa ser atrativo o suficiente para que a pessoa não o coloque automaticamente fora. Recebemos tantos materiais durante o dia que colocar no lixo sem nem analisá-lo já virou rotina. Desperte a curiosidade do impactado.

Acompanhe abaixo alguns cases que demonstram que mesmo na panfletagem é possível se diferenciar SIM!


Meninas floristas: Moças vestidas com um avental e com uma cesta repleta de panfletos que se assemelhavam a buquês de flores. Realização Incortel / Cyrela no Espírito Santo


Doutores Imobiliários: "Agre - oferece apartamentos sem contra-indicação por que é doutora no assunto." Ação realizada em Salvador.


Catu Residence: Os promotores armaram rede de vôlei e tênis no semáforo (infraestruturas existentes no empreendimento em questão). Ação realizada em Fortaleza, pela Brookfield.



Algumas empresas utilizam "recursos" um pouco mais "óbvios". Cuidado, ao descaradamente atingir o público masculino. Não se esqueça que a mulher é a principal decisora da compra de um imóvel, e que mulheres não tem boa receptividade com moças, digamos, um pouco insinuantes. 


Aumenta busca por imóveis próximos a universidades


Meses de janeiro, fevereiro e julho são os preferidos dos universitários para buscar um novo imóvel

Divulgação
Estudante universitária na biblioteca
O fator que mais influencia a escolha do imóvel pelos universitários é a proximidade com o local de estudo
São Paulo - Janeiro, fevereiro e julho são os meses nos quais a busca por imóveis próximos a universidades aumentam. Muitos estudantes que conquistaram a tão disputada vaga na universidade acabam tendo que mudar de cidade ou estado para dar continuidade aos estudos.
Outros, mesmo dentro da própria cidade, optam por se mudar para bairros mais próximos da faculdade, reduzindo os custos e o tempo gasto com transporte. “Às vezes o aluguel fica um pouco mais caro do que o gasto com transporte, mas a comodidade de morar próximo a faculdade acaba compensando”, diz Bárbara Silva Freitas, diretora da Primar Administradores de Bens.

O fator que mais influencia a escolha do imóvel pelos universitários é a proximidade com o local de estudo, já que eles precisam sair muito cedo ou chegar muito tarde em casa, à noite. “Uma dica é analisar a vizinhança e verificar se há bares, obras, trânsito pesado ou qualquer outra situação que possa atrapalhar a tranquilidade durante os momentos de estudo”, sugere Bárbara.

A diretora explica que o contrato de aluguel neste tipo de situação é o padrão, com duração de pelo menos 30 meses e cobrança de multa proporcional em caso de rescisão. “Não é comum determinar uma duração diferenciada, como nas locações de temporada. Mas como os estudantes são mais instáveis e durante a faculdade podem mudar de curso ou de casa, por exemplo, é possível, através de negociação, propor a inclusão de uma cláusula no contrato que reduza ou dispense a multa rescisória”.

Por conta da divisão de despesas, alguns estudantes optam por dividirem o mesmo espaço, formando as famosas repúblicas. Nesses casos, é preciso atenção com relação ao contrato. Se ele for feito apenas no nome de uma pessoa, esta será a responsável legal pela locação. “Ao deixar a casa é importante que o contrato seja alterado e fique no nome de alguém que continuará no imóvel. Pois mesmo que o estudante não esteja mais morando na casa ou apartamento, ele pode responder judicialmente se algum problema acontecer e ele estiver como inquilino”, alerta.

Outro cuidado é em relação ao aluguel de imóveis mobiliados. Bárbara aconselha a checar a descrição de tudo que está no contrato e verificar o estado de cada item para evitar problemas quando chegar o momento de devolver o imóvel.
FONTE: Exame Imóveis