quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Charge do Duke (O Tempo)


O jeito PT de governar...





Reflexões sobre Roberto Jefferson, um político realmente singular, de caraterísticas únicas.


Carlos Newton

É estranho esse visual do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que se tornou uma figura longilínea e esbelta. Desde jovem, ele nunca foi magro. Iniciava-se como advogado em Petrópolis e foi gordinho que acabou se tornando uma personalidade pública na década de 80, ao participar do programa diário “O Povo na TV”, no SBT, criado e dirigido por Wilton Franco, com estrondoso sucesso.
Roberto Jefferson recebe alta do Hospital Samaritano no Rio
Reprodução: foto Marcelo Fonseca, no site de O Globo
Jefferson aparecia dando opiniões jurídicas nos casos relatados pelos entrevistados do programa, que envolviam as mais diferentes situações, desde defesa do consumidor até violência doméstica, corrupção, estelionato e tudo o que mais aparecesse. Ficou instantaneamente famoso.
Filho e neto de políticos do antigo PTB de Vargas, Jefferson entrou oficialmente na vida pública em 1071, quando se filiou ao MDB. Permaneceu no partido até 1979, quando entrou no PDS, mas um ano depois se filiava ao PTB, partido pelo qual se elegeu deputado federal de 1982 a 2002, sendo cassado em setembro de 2005 por causa do mensalão.
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38 NA CINTURA
Volumoso e truculento, na Constituinte Jefferson circulava seus 160 quilos pela Câmara, portando um 38 na cintura. Com justa razão, todos tinham medo dele. Naquela época a imunidade parlamentar permitia que os parlamentares fizessem tiro ao alvo nos outros, quando bem entendessem. Não lembro de nenhum outro político que andasse armado na Constituinte e o último fato desse tipo envolvera Sarney em 1984, ao botar um revólver na cintura quando foi deixar o PDS e criar o PFL com Aureliano Chaves, Marco Maciel e outros.
No 1° turno da eleição presidencial de 2001, Jefferson levou o PTB a apoiar Ciro Gomes (então no PPS). E no 2° turno da mesma eleição, apoiou o candidato vitorioso Lula contra Geraldo Alckmin (PSDB). Como presidente do PTB, Jefferson conduziu a aliança com o PT nas capitais para as eleições de 2004. Em troca, o PT ajudaria financeiramente o PTB.
Em 2005, a revista Veja divulgou o suposto envolvimento de Roberto Jefferson num escândalo de corrupção nos Correios. Com a iminência de uma CPI no Congresso, Jefferson se sentiu traído pelo PT e denunciou a compra de deputados federais da base aliada, prática que ficou conhecida como mensalão. Jefferson admitiu que a ajuda incluiu uma quantia de US$ 4 milhões não declarada à Justiça Eleitoral – o que caracteriza crime tanto do PTB quanto do PT.
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KAMIKASE POLÍTICO
Jefferson surpreendeu o país ao denunciar o mensalão. Jogou fora sua carreira, perdeu o mandato conquistado nas urnas, mas liquidou com o Rasputin do governo Lula, o chefe da Casa Civil José Dirceu.
Há sete anos está praticamente fora da política, embora ainda continue a ser presidente do PTB, criando um curioso precedente de cidadão sem direitos políticos que comanda um partido nacionalmente.
Perdeu o mandato e a saúde. Ao deixar na tarde de quarta-feira o Hospital Samaritano, em Botafogo, onde permaneceu internado por quase uma semana, Jefferson disse que não deixou de acompanhar o julgamento em Brasília:
- Essa é a fase decisiva do julgamento. É muito angustiante e cruel, mas faz parte da democracia. Fico acompanhando as reportagens, alguns citam inclusive projeções sobre as penas que poderão ser aplicadas. É um momento delicado, mas espero que chegue logo ao fim – disse ao repórter Sergio Ramalho, do Globo.
Jefferson é um dos que vai cumprir pena por corrupção passiva. É curioso que não consiga ser beneficiado pelo instituto da delação premiada. Mas não há dúvida de que prestou um grande serviço público ao revelar como funcionam os bastidores da apodrecida política brasileira. E vida que segue, como dizia o grande João Saldanha, que tanta falta nos faz.

Demóstenes segue influente em conselho do Ministério Público


Indicado por ex-senador, conselheiro se declara impedido e adia decisão sobre afastamento


BRASÍLIA - A influência do senador cassado Demóstenes Torres na composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) vem retardando uma decisão sobre o pedido de afastamento dele do cargo de procurador de Justiça em Goiás. Quando era senador, Demóstenes foi determinante para a indicação de pelo menos dois dos 14 conselheiros do CNMP: Fabiano Augusto Silveira, que ocupa a vaga destinada ao Senado, e Tito Amaral, um dos representantes dos MPs nos estados.

Silveira foi sorteado relator do procedimento que pede o afastamento de Demóstenes. Na última sexta-feira, 19 dias depois de assumir a relatoria, o conselheiro se declarou impedido para a função.
“Conselheiros não precisam se justificar”
Mais de 80 promotores e procuradores de Goiás protocolaram no CNMP, em 27 de agosto, um pedido de investigação pelo conselho, de suspensão do exercício funcional e de afastamento cautelar. Ele já é investigado numa sindicância aberta pela Corregedoria-Geral do MP goiano, mas os promotores não creem na isenção do órgão do MP de Goiás.
O conselheiro Silveira chegou a expedir quatro notificações no processo. Mas o procedimento praticamente voltou à estaca zero, com sua saída da função de relator “por motivo de foro íntimo”. O processo foi redistribuído para a conselheira Maria Ester Tavares, indicada ao cargo pelo Ministério Público Militar.
Silveira chegou ao CNMP no fim de 2011 por influência de Demóstenes. O então senador o defendeu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. No caso do promotor Tito Amaral, amigo e ex-companheiro de trabalho do senador, Demóstenes foi o relator de sua indicação na CCJ.
Por meio da assessoria de imprensa, o CNMP informou que Silveira está impedido para qualquer decisão sobre Demóstenes. “Os conselheiros não têm um prazo para se declarar impedidos e não precisam se justificar.” O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, não deu retorno à reportagem.

DIZEM QUE REINA A PAZ



Walter Marquart
“E onde fizeram o deserto dizem que reina a paz” (Cícero).
A República Federativa do Brasil exige respeito! Mudou o nome da sua capital, na realidade foi constituída para sediar a Fundação: FUNDAÇÃO da MUTRETAGEM de BRÁSILIA; Sua maior subsidiária é a Fundação Mensalão, atualmente, um equívoco de interpretação, seus lideres estão sendo questionados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), com intermináveis repetições de palavras, personagens e atos, mas forças ocultas e etílicas estão monitorando tudo; a meta é que ninguém fique respingado, brada o etílico.
O Juiz Barbosa responde: se não condenarmos o Mensalão o povo brasileiro ficará atolada na lama. Para quem não sabe nada de julgamento, é estranho ficarem repetindo procedimentos, na realidade se a operação envolveu um cheque, por exemplo, no julgamento este é citado N vezes, e sempre repetindo a quantia, nº, Banco, agência, conta corrente, favorecido etc. No julgamento do Mensalão tudo ficou mais complicado, são 39 ladrões (o chefe, liso como sabão e mais mentiroso que o capeta, está fora do processo; ele não aceitava cheque, dinheiro vivo, nada que o incriminasse; exigia depósitos em contas cifradas e fora do Brasil, para ficar impossível provarem que ele não é santo.) Banco, ag. c/c, número e valor, a verdade surgiu à tona, mas as cédulas cheiram a sabão, outras exalam o cheiro de água sanitária. Para examinar o processo os Juízes do Mansalão adquiriram máscaras, tão forte o cheiro da química utilizada na lavagem do dinheiro.
Todos os mutreteiros da Fundação estão alertados que tudo deve ser transparente e que todas as reclamações sigam a orientação oficial: a culpa não é minha, não vi e ninguém me falou.
As doações, taxas, impostos, contribuições ou incentivos para a Fundação não podem sofrer nenhum abalo; o mal deve ser propagado com mais ênfase da empregada atualmente; as remunerações da Diretoria devem ser decididas pela vontade de cada diretor e todos os que estiverem protegidos pelo mesmo guarda-chuva; a copula deve gerar e fazer crescer o número de protegidos da Fundação, mesmo que tenham que ficar em casa, coçando e utilizando as redes adquiridas para este fim. Afinal, trata-se de pessoas especiais, não qualquer um. A Mutreta lutará para aumentar a corrupção, a incompetência, o egoísmo e a ignorância. O povo deve continuar se embebedando com as mentiras palacianas, que seguem as orientações do Partido lulo-petista. A quem interessar possa, ficam todos esclarecidos que os cargos públicos serão preenchidos exclusivamente com candidatos que possuam a carteirinha partidária, amigo ou que comprove ser subserviente. Os súditos fiéis, assim como todos os associados do clube “levar vantagem em tudo” ou do seu congênere “jeitinho brasileiro”, deverão reverenciar, com ladainhas e propinas, todos os deuses da nova Fundação: fraude, roubo, 171, sonegação, roubo do erário, maquiar concorrências, acabar com todos os buracos das rodovias (basta ligar um buraco ao outro) e devem lembrar sempre do principal deus: a conta bancária ou o nº da conta secreta; lembrar que o dinheiro tem valor, os sem mamata, sem a carteirinha PT, não. O reino da Mutreta não admitirá reclamações da minoria ou de quem não contribui para a caixinha partidária; as grandes empreiteiras e Bancos têm preferência nos guichês, são as que mais cooperam com o instituto da verba não contabilizada. A meta do PAC (Pronto Atendimento Contributivo) é ultrapassar os alvos, criando outros DNITs, pois necessitará de maior volume de verba não registrada. Todos os gestores públicos estão alertados sobre a necessidade da verba não contabilizada, cada um recebeu a sua meta, o alvo a ser alcançado e ficaram alertados que se não completarem sua tarefa, o dízimo partidário será aumentado.
Não serão toleradas as passeatas para combater a corrupção; que exponha os deboches e procedimentos da Constitucional Mutreta; fica terminantemente proibido reuniões de duas ou mais pessoas, a imprensa escrita ou falada não poderá emitir opiniões que exponham os males da Mutreta, falar de lodo, roubo e miséria renderá prisão e o jornalista perderá o seu registro.
Aquele que debochar da democracia do Reino da Mutreta e dos seus guias, será expulso do paraíso das mamatas. Aquele que defender o “socialismo democrático e popular” do Fidel Castro ficará livre para fazer aquilo que o seu coração desejar. A bandeira da Mutreta será hasteada todas as manhãs, no mastro em frente ao Palácio do Planalto. As cores e número de estrelas continuaram as mesmas, mudamos apenas os dizeres da faixa: BRASÍLIA: A MENTIRA POTENCIALIZADA, em cores cintilantes para que todos sintam vibrar o entusiasmo; sintam orgulho do amor gentil da terra adorada.

Empreendimentos de uso misto se tornam tendência


Em Belo Horizonte, o novo formato também está ganhando força

Os empreendimentos de uso misto, nome dado às construções que apostam na combinação de escritórios, lojas e espaços residenciais em um único terreno, é uma tendência mundial e já estão presentes nas principais capitais do país. Segundo especialistas do mercado imobiliário, 70% dos compradores de unidades inseridas em um complexo mixed use são investidores, o que indica a boa rentabilidade desse tipo de conceito.

Em Belo Horizonte, o novo formato também está ganhando força com o lançamento do Monterey Total Life (perspectiva), da Direcional Engenharia, localizado ao lado do Shopping Del Rey, no Bairro Caiçara. O complexo reúne, em um terreno de 23.785,96 metros quadrados (m²), três empreendimentos para usos distintos: o hotel de negócios Go Inn Del Rey, com 200 unidades, que será administrado pela Rede Atlântica Hotels; duas torres residenciais com 128 unidades de dois e três quartos; e o Monterey Office, quatro torres comerciais com 343 unidades, sendo 329 salas e 14 lojas.

De acordo com o arquiteto responsável pelo projeto do hotel e da torre comercial Oscar Ferreira, a escolha da região para a implantação foi feita depois de extensa pesquisa. Ele revela que, como o Bairro Caiçara, na Região Noroeste, tem grande renda per capita, com alto potencial de consumo, é um ótimo momento para a construção de um empreendimento do porte do Monterey.

Por: Redação Lugar Certo

Fonte: Estado de Minas 

Um mapa do melhor da arte de rua hoje


Listamos os murais mais incríveis do mundo

17/09/2012 | POR REDAÇÃO
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Uma das capitais mundiais da street art, São Paulo assistiu nas últimas semanas à transformação de três de suas empenas – aquelas paredes laterais, sem janelas, de prédios antigos – em verdadeiras obras de arte. A ação é uma espécie de evolução da Lei Cidade Limpa, que reduziu a poluição visual da cidade e liberou espaço para outros tipos de interferências na paisagem, como os três grafites que agora ocupam edifícios da avenida Paulista, da rua da Consolação e da avenida Brigadeiro Faria Lima. Para atestar o crescimento dessa modalidade de arte urbana e brindar iniciativas do gênero, Casa Voguelistou dez dos mais impressionantes grafites a colorir edifícios e cidades de todo o mundo. Veja!
  (Foto: reprodução)
São Paulo
Autor: Rui Amaral
Das três obras recentemente realizadas pelas ruas de São Paulo, o destaque fica por conta do grafite feito por Rui Amaral na parede lateral de um edifício na avenida Paulista. Sua inserção na fachada valoriza a arquitetura, além de fazer uma menção à empresa que patrocina a ação nas empenas paulistanas. Essa iniciativa, aliás, está em uma nova etapa, em que o público poderá escolher aqui dois entre quatro artistas – Morandini, Glauco Diógenes, Reynaldo Berto e Mário Níveo – que pintarão novos painéis na avenida Prestes Maia, Centro, e na rua Clodomiro Amazonas, Itaim Bibi.
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  (Foto: reprodução)
Bristol, Grã-Bretanha
Autor: Aryz
Uma rua da cidade portuária de Bristol, no sudoeste da Inglaterra, foi inteiramente renovada graças à street art. Trata-se da Nelson Street, que teve seus muros e paredes coloridos por artistas de todo o mundo em uma ação chamada See No Evil Street Art Project. Entre os grafites mais comentados, está aquele realizado pelo artista espanhol Aryz. O sucesso da iniciativa é tanto que a prefeitura local resolveu fazê-la anualmente, estendendo-a a outras vias do Centro.
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  (Foto: reprodução)
Moscou, Rússia
Autor: Alexandre Farto
Conhecido como Vhils, Alexandre Farto é chamado pela imprensa europeia de "O Banksy Português", em referência ao famoso grafiteiro britânico, que popularizou a street art. Com apenas 23 anos, o artista luso começou seu trabalho nas ruas de Lisboa, criando esculturas e retratos a partir de técnicas que vão do uso de explosivos a simples pinceladas de tinta. Em comum, as obras têm o fato de retratarem pessoas anônimas das grandes cidades.
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  (Foto: reprodução)
Lodz, Polônia
Autor: Etam Crew
A cidade de Lodz, na Polônia, realizou em maio o festival Fundacja Urban Forms, dedicado a diferentes modelos de arte urbana. O grafiteiro Sainer, do coletivo local Etam Crew, realizou, em apenas uma semana, aquela que é a obra mais consagrada do evento. O sucesso do painel foi tamanho que a prefeitura decidiu torná-la uma obra permanente da paisagem urbana local.
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  (Foto: reprodução)
Nova YorkAutor: Eduardo Kobra
Outro artista paulista com reconhecimento internacional é Eduardo Kobra. Após realizar uma série de grafites pelas ruas de São Paulo, ele foi recentemente chamado para fazer este que é um dos projetos mais celebrados do circuito que acompanha a High Line, a via elevada que foi transformada em parque urbano e corredor de arte com acesso exclusivo para pedestres. O mural faz uma referência à foto de Alfred Eisenstaedt, que registrou o beijo mais famoso do mundo na Times Square, pela celebração do fim das hostilidades entre EUA e Japão na 2ª Guerra Mundial.
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  (Foto: reprodução)
Lüneburg, AlemanhaAutor: Herakut
Com a frase "Art doesn't help people, people help people" (em português, "arte não ajuda as pessoas, pessoas ajudam pessoas"), o grafiteiro alemão Herakut roubou a cena durante o último Artotale Festival, um dos maiores eventos de arte da rua da Alemanha, realizado anualmente na cidade de Lüneburg. A obra traz uma criança vestida como um pássaro, em posição de defesa.
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  (Foto: reprodução)
Nova YorkAutores: OsGêmeos
O ano de 2010 é um marco na trajetória d'OsGêmeos, de São Paulo. Foi quando eles realizaram o grafite que lhes garantiu fama na cena artística de Nova York. O trabalho contou com a parceria do artista local Futura e fez parte dos festejos do Festival Mundial de Basquetebol, cujo tema naquele ano foi Unite We Rise. A obra foi realizada em uma das empenas do William T. Harris Elementary School, na rua 21.
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  (Foto: reprodução)
Atlanta, EUAAutor: Roa
Desde 2010, a cidade norte-americana de Atlanta realiza o Living Wall Conference, festival inteiramente dedicado ao grafite e à street art. Em 2011, a lateral de um galpão centenário foi transformada no lar de um crocodilo que se mantém imóvel em uma posição pouco provável, com as patas voltadas para o alto.
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  (Foto: reprodução)
Katowice, Polônia
Autor: Escif
A cidade polonesa de Katowice também possui seu festival de arte de rua e, em 2012, o destaque foi a obra realizada pelo coletivo espanhol Escif. Trata-se de um interruptor gigante que questiona o uso excessivo da tecnologia pela sociedade contemporânea. O tom acinzentado do mural salienta a inércia dessa dependência.
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  (Foto: reprodução)
Szczecin, Polônia
Autores: Sepe, Lump e Chazme718
Em um país como a Polônia, que até hoje convive com imensos vazios urbanos decorrentes dos bombardeios da 2ª Guerra Mundial, a street art tem o papel de trazer cor e sentido para muros e paredes que, antes, serviam apenas como memória deste passado recente. Na cidade de Szczecin, no noroeste do país, os grafites são comuns, e este, realizado em 2011 pelo duo Chazme718 e Sepe, em parceria com o artista Lump, faz uma crítica à situação econômica de boa parte das famílias polonesas.
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  (Foto: reprodução)
Boston, EUAAutores: OsGêmeos
A notoriedade da dupla paulista OsGêmeos rendeu-lhes sua primeira exposição individual nos Estados Unidos. A mostra abriu as portas no Institute of Contemporary Art de Boston, e fica em cartaz por 18 meses. Parte da mostra é este novo mural, concluído no final de julho e uma das primeiras obras realizadas dentro da legalidade na conservadora cidade do nordeste dos EUA.

No contexto, por Luis Fernando Veríssimo


GERAL


Minha filha estava lendo uma história do Monteiro Lobato para a minha neta e parou quando chegou num trecho que falava na Tia Nastácia. Hesitou, sem saber se lia o que estava escrito ou se exercia sua prerrogativa de leitora e mãe e pulava o trecho.
Decidiu-se pela censura.
Não me lembro se cheguei a ler Monteiro Lobato para meus filhos, mas tenho certeza de que não teria a mesma hesitação da Fernanda. Não me ocorreria que o texto era racista. Ou talvez ocorresse e eu o desculpasse, pois seria apenas um detalhe que em nada diminuía o imenso prazer de ler Monteiro Lobato. E escrito numa época em que o próprio autor não teria consciência de estar sendo ofensivo, ou menos que afetuoso com sua personagem.
Entre os anos em que eu lia Lobato e hoje mudou tudo no mundo, inclusive o contexto em que o racismo, consciente ou não, é encarado.
E não é preciso ir muito longe atrás de mudanças no contexto. Não faz tanto tempo assim que boa parte do humor na televisão brasileira era feito em cima de estereótipos caricatos de raças e minorias. O negro era sempre o “negrão” careteiro e não muito inteligente, o judeu era sempre um usurário atrás da prestação, o homossexual era sempre um grotesco. E era tudo inocente, baseado em preconceitos herdados e em hábitos culturais que ninguém questionava, já que era humor, não era por mal.
Hoje, no contexto atual, está havendo reação das partes que se sentem afrontadas, o que é ótimo — quando não é exagerada. No caso do “racismo” do Monteiro Lobato, minha posição sobre como o autor deva continuar sendo leitura deliciada das crianças apesar dos trechos abomináveis é um decidido “Não sei”.
Fala-se que nas edições adotadas nas escolas conste uma explicação que coloque os termos repreensíveis no contexto. Não sei. O essencial é que não se prive nenhuma criança brasileira de ler Monteiro Lobato.

Loft rende-se a passado de edifício


Reforma unificou dois apartamentos em Chicago

19/09/2012 | POR REDAÇÃO; FOTOS REPRODUÇÃO

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  (Foto: reprodução)
Um histórico de ocupação comercial não implica necessariamente uma casa com cara de loft nova-iorquino, com aspecto de galpão – mesmo que a residência fique numa grande cidade americana. Neste apartamento em Chicago, a sobriedade das cores e a austeridade das linhas resultam em ambientações que agradam aos olhos e esbanjam contemporaneidade. Mas o que se destaca no projeto desenvolvido pelos arquitetos do estúdio local jamesthomas não é somente a decoração, mas sobretudo a reforma empreendida no imóvel.
Construído em meados do século 20 para ocupação comercial, o edifício foi adaptado há cerca de 10 anos para abrigar residências. As características do uso original, porém, perpetuam-se na construção – dutos de ventilação, pé-direito elevado e acabamentos crus, como estrutura metálica e tijolos aparentes, que só aumentam o charme dos espaços. 
  (Foto: reprodução)
Na adaptação que deu origem à atual morada, estes elementos surgem valorizados e resultam de um verdadeiro trabalho de arqueologia, uma vez que a reforma anterior havia ocultado todos eles. Além disso, houve um ganho de área, já que dois apartamentos foram reunidos em um único, com área de 370 m².
A lareira passou a ter dois lados e separa o imenso living da sala de jantar. Nestes ambientes, bem como nos quatro dormitórios e na biblioteca, o piso original de carvalho foi recuperado, definindo um aspecto rústico, porém, aconchegante ao imóvel.
Na suíte máster, assim como na cozinha, o tom sóbrio dá espaço a cores mais alegres. E o terraço, bem como a vista que se tem de todos os janelões que circundam o apartamento, possui o visual da cidade norte-americana como protagonista.  
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CRÔNICA Cartas de Paris: Ameaça ao conceito de liberdade à francesa



A semana em que Kate e Maomé ameaçaram o conceito de liberdade à francesa
Na quarta-feira o jornal satírico francês Charlie Hebdo, não contente com o terremoto causado pelo filme anti-islã "A inocência dos muçulmanos" desde a semana passada, decidiu colocar mais lenha na fogueira e publicou um especial com caricaturas do profeta Maomé. Em uma delas, ele está nu.
Outra que apareceu quase nua nas páginas de uma publicação francesa na semana passada foi Kate Middleton. A revista de fofocas Closer publicou fotos de momentos íntimos do casal principesco britânico nas quais a duquesa de Cambridge aparece em topless.
Tiradas em solo francês, durante as férias do casal na Provence, as fotos causaram a ira da monarquia inglesa, que processou a revista e conseguiu impedir a venda e reedição das imagens.
Os dois casos de nudez e imagem, tão díspares, mas que por essas coincidências incompreensíveis da história dividiram o mesmo espaço de tempo, explicitam como é difícil para a França manter uma das ideias de seu lema “liberdade, igualdade e fraternidade”. O que está em jogo esta semana é o limite da liberdade à francesa.
O caso de Kate suscitou o debate sobre liberdade de imprensa e liberdade da pessoa pública. A questão tem antecedentes. As fotos da monarquia inglesa feitas por paparazzi na França tiveram, no passado, um final trágico com a morte da princesa Diana em um túnel da Ponte de l’Alma em Paris.
Talvez por isso o país tenha leis bastante restritivas em relação ao assunto. Na França, a imagem não pertence aos fotógrafos, mas à pessoa de quem ela foi, digamos, roubada. Neste caso, para os franceses, a liberdade de Kate de mostrar os seios vale mais que a liberdade do fotógrafo de explorá-los.
No caso do Charlie Hebdo o que está em jogo é a liberdade de credo contra a liberdade de imprensa. Em um país laico, mas que vê sua população muçulmana aumentar a cada dia, o tema é delicado.
Os cartunistas franceses desenham constantemente personagens da vida pública, política e também religiosa. O que faz do islã uma verdadeira tentação para os sátiros de um país livre como a França é o fato dele ser “intocável”, como sintetiza tão bem a capa do polêmico número do Charlie Hebdo.
A imagem da primeira página mostra um judeu empurrando uma cadeira de rodas onde está sentado um muçulmano. “Faut pas se moquer!” dizem os dois homens, ou seja, não vale zombar...
O problema é que na França pode, o que acaba deixando o estado francês em situação mais comprometedora do que a de Maomé e Kate nas páginas da imprensa francesa.


Ana Carolina Peliz é jornalista, mora em Paris há cinco anos onde faz um doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação na Universidade Sorbonne Paris IV. Ela estará aqui conosco todas as quintas-feiras.

Um barril de confusões, por Miriam Leitão


ECONOMIA


Miriam Leitão, O Globo
A indústria de petróleo do mundo reunida no Rio e o ministro das Minas e Energia preferiu anunciar em Brasília a nova rodada de concessões de áreas de exploração.
A ausência de autoridades na Rio Oil & Gas é só um sinal dos erros nessa área. Perdeu-se tempo sem fazer novas concessões, o modelo de partilha é confuso, a produção estagnou e a Petrobras teve prejuízo.
O governo garantiu que o petróleo é o nosso passaporte para o futuro, mas o Brasil tem importado cada vez mais gasolina, a Petrobras perdeu, em cinco anos, 20% do seu valor de mercado, enquanto a Ecopetrol subiu mais de 100%.
O site MSN Money disse que a Petrobras teve nos últimos dois anos a pior performance em bolsa entre as grandes petrolíferas. A área prospectada em regime de concessão está minguando e, se nada fosse feito, em 2016 poderia acabar. Isso porque a última licitação aconteceu em 2008. Esse intervalo já está perdido.
Estranho, porque como disse em sua coluna o jornalista George Vidor, só em bônus de assinatura o governo pode receber US$ 1 bilhão. O especialista Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), calcula que o governo perdeu entre US$ 4 bi a US$ 6 bi de 2008 a 2012.
Uma parte desses constantes adiamentos no leilão foi provocada pela decisão de alterar o marco regulatório. Ainda há dúvidas sobre como funcionará esse novo modelo, nem tudo foi aprovado no Congresso. Uma nova estatal no setor preocupa até a Petrobras.
Os números indicam que alguma coisa está fora da ordem: a produção de petróleo de janeiro a julho aumentou apenas 0,7% em relação ao mesmo período de 2011. Ficou estagnada. A produção da Petrobras desde março é menor do que a do mesmo mês do ano passado. A produtividade da Bacia de Campos está caindo e a exportação de petróleo recuou.
Na área de derivados, o país teve déficit na balança comercial de US$ 10 bilhões em 2011. A exportação de derivados cai a quatro anos seguidos, enquanto a importação subiu 90% de 2007 a 2011.
A indefinição e a incerteza sobre o setor afastaram o investidor que há alguns anos achava que o Brasil era uma nova fronteira. Hoje, ele está dividido entre várias áreas interessantes que surgiram no mundo nos últimos anos.
— De 2008 para cá, foram feitas grandes descobertas na Colômbia, Estados Unidos e na África. Enquanto o Brasil ficou parado, esses lugares andaram e atraíram parceiros — disse Pires.
Entre os vários erros cometidos na excessiva politização do setor está a construção da refinaria Abreu e Lima, formatada também para refinar o petróleo da Venezuela. O país vizinho não contribuiu com os custos da construção, a Petrobras até agora bancou sozinha, e o orçamento do projeto deu um salto ornamental. Prevista para custar US$ 2,3 bilhões, custará mais de US$ 20 bilhões.
Mas a lista de tropeços é maior: a capitalização derrubou as ações da Petrobras. A mudança do regime de concessão sobrecarregou a empresa de investimentos e aumentou a obrigatoriedade de compras de conteúdo nacional. O consumo de gasolina subiu, mas ela não pode elevar os preços, arcando com o prejuízo das importações.
A nova diretoria da Petrobras tem o grande mérito da sinceridade. Isso fez com que a ação subisse no dia em que a presidente, Graça Foster, estava anunciando o prejuízo.
Mas o presidente do conselho de administração da empresa, o ministro Guido Mantega, deu entrevista neste fim de semana dizendo que os combustíveis não podem subir toda hora. Ou seja, o principal produto da companhia terá sempre o preço no valor e na hora que a Fazenda decidir.

Crianças aprendem senso de humor com os pais, diz estudo


Reação dos pais diante de acontecimentos é referência para os bebês definirem o que é engraçado, mas aos 12 meses eles já têm “opinião própria”


Thais Paiva

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OK. Dizer que você é exemplo para o seu filho soa bem clichê. Mas já parou para pensar que até o senso de humor é algo que ele pode aprender com você? É exatamente isso que um estudo preliminar de pesquisadores da Johnson State College e University of New Hampshire, nos Estados Unidos está descobrindo em suas pesquisas.
 
Para entender como se desenvolve o senso de humor das crianças, eles analisaram 30 bebês em duas fases da vida deles – com 6 meses e 1 ano. As experiências se basearam em duas situações: na primeira, o pesquisador mostrava para as crianças uma figura de um livro e, depois, uma pequena bola vermelha. Em seguida, os mesmos eventos ganharam evidência. O pesquisador balançava o livro aberto na cabeça enquanto dizia "Zoop! Zoop!" e colocava a bola vermelha no nariz e falava "Beep! Beep!". 

Diante das cenas, os pais foram instruídos a ter duas posturas: apontar e rir do pesquisador ou permanecer sem expressões. O resultado mostrou que, aos 6 meses, os bebês se interessavam sozinhos mais para aquilo que era considerado um evento absurdo, mas ficavam mais curiosos ao ver os pais rindo de uma situação engraçada. 

Já com 1 ano, as crianças riram daqueles eventos absurdos, mesmo quando seus pais não demonstraram qualquer reação. Segundo os cientistas americanos, o senso de humor também entra no quesito “referências sociais” que os filhos ganham a partir dos pais. “Nossa descoberta sugere que aos 6 meses as crianças começam a ver os pais como fonte de informação emocional”, disse Gina Mireault, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal britânico Telegraph. O especialista reforça que já era conhecido que aos 8 meses os filhos observam a reação dos pais para determinar se uma situação é considerada perigosa ou ameaçadora, mas o que não se sabia era que essas referências aconteciam mais cedo ou em outras situações. 

Segundo a psicóloga Patrícia Bader, do Hospital São Luiz (SP), durante a primeira infância o senso de humor é muito primitivo, já que a criança é incapaz de entender metáforas elaboradas. “Ela vai achar graça, principalmente, do que os outros riem, num processo de imitação, e de coisas mais exageradas, alegóricas, como é a figura do palhaço, por exemplo. 

Mas, a partir dos 8 meses, ela começa a se perceber e interagir com os outros, desenvolvendo a noção de humor”, explica. E nessa fase, diz Patrícia, a criança passa a desenvolver um repertório de referências em sua memória, a partir do que vivenciaram até então – e é ele que vai ajudá-la a saber como deve se comportar diante de algumas situações. 

A psicóloga reforça, ainda, que o senso de humor de fato só será desenvolvido mesmo quando há domínio das habilidades cognitivas e de linguagem, principalmente metáforas, ironias, o que vai acontecer bem mais tarde, cuja idade varia de criança para criança. 

Vale lembrar que não é só no começo de vida que o seu filho vai ter você como principal fonte de referência. Os pais serão exemplo sempre. “Crianças são influenciadas pela forma como os pais encaram a vida. Um ambiente propício ao bom humor é essencial na hora de ensinar seu filho a rir da vida e de si próprio”, acredita a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP). 

E ela completa: “Uma criança que lida positivamente com suas emoções têm menos chances de desenvolver problemas psicológicos no futuro. O bom humor funciona como vacina para diversos males”. Quer motivo melhor para dar risada? 

Fotos revelam apatia das feiras de arte


Série fotográfica critica universo dos marchands

06/09/2012 | POR REDAÇÃO; FOTOS ANDY FREEBERG

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  (Foto: Andy Freeberg)
O fotógrafo Andy Freeberg passa boa parte de suas tardes em museus e galerias. Ele não percorre as salas para admirar as obras, mas, sim, as pessoas que trabalham lá dentro. A observação indiscreta, que ocorre desde 2009, já deu material suficiente para ele montar duas exposições, uma sobre as grandes mesas brancas das recepcionistas nas galerias do Chelsea, bairro descolado em Nova York, e outra sobre as mulheres que guardam as telas dos museus de São Petesburgo, na Rússia.
Mas foi nas feiras de arte que ele descobriu o ambiente ideal para praticar este voyeurismo artístico. Seu trabalho camufla-se entre a divertida apatia que acomete as pessoas nos estandes de compra e venda de peças de arte. Uma explosão de tinta derrama-se pela parede, e marchands, colecionadores e artistas não desgrudam os olhos dos seus aparelhos eletrônicos – quando não dão de ombros ou viram-se de costas, quase insensíveis às obras contemporâneas e indiferentes ao talento dos artistas.
Seria uma bela crítica ao momento atual das artes plásticas se Freeberg só estivesse interessado no registro. Mas ele refuta o banal e, atentamente, busca enquadrar junto às cores e expressões uma metáfora inteligente do universo da sua própria obra. “Fui atraído não só pelas pessoas, mas também pelas combinações de arte, roupas, equipamentos e posturas. Encontrei iluminação, figurino, cenografia para fotografar estes dioramas vivos, em que o próprio mundo da arte atua”, explica o fotógrafo.
  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

   (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)

  (Foto: Andy Freeberg)