quarta-feira, 28 de março de 2012

Os antissemitas



A polícia francesa abateu Mohamed Merah, autor do massacre de sete pessoas em França. Sabemos pelos jornais que este jovem "extremista" (adoro eufemismos) não morreu descansado: ele gostaria de ter morto mais crianças judias. Atenção ao adjetivo: "judias". As três que ele assassinou em Toulouse não foram suficientes.
A Europa está horrorizada com o caso. E eu, horrorizado com a Europa, apenas pergunto: mas que caso? O do regresso do antissemitismo assassino ao continente, dessa vez servido por fanáticos islamitas?
Não vale a pena tanto espanto. E, para os interessados, aconselho leitura a respeito: o livro de Gabriel Schoenfeld, "The Return of Anti-Semitism" (Encounter Books, 193 págs.), publicado em 2004. O terceiro capítulo da obra, sobre o regresso da besta antissemita à Europa depois dos horrores da Segunda Guerra Mundial, vale o livro inteiro.
Sim, a extrema-direita tem tido um papel relevante no assunto, sobretudo em países como a Rússia ou a Ucrânia.
Mas em países ocidentais como o Reino Unido, a Alemanha ou a França, são os jihadistas caseiros que levam vantagem.
Só na Alemanha, conta o autor, a polícia acredita que 60 mil "estrangeiros" (outro eufemismo para muçulmanos radicais) pertencem a 65 grupos terroristas com ligações à Al Qaeda ou organizações semelhantes. O que significa que, em momentos de particular tensão entre o Ocidente e o Islã (os atentados de 11 de setembro; a "segunda intifada" em Israel etc.) as coisas, digamos, sobem de tom.
O leitor quer números? Voilá: quando rebentou a "segunda intifada" em setembro de 2000, registaram-se na Europa ocidental 250 crimes antissemitas nas primeiras semanas do mês - da violência física contra judeus à profanação de cemitérios, sem esquecer o desporto comum de destruir sinagogas.
Em 2002, nas primeiras duas semanas de abril, a fasquia subiu para 360 crimes contra judeus ou instituições judaicas --e só estamos a falar da França. A queima de sinagogas, e em particular a redução a cinzas de uma sinagoga em Marselha, continuou vibrante.
Não admira que, só nesse ano, 2.500 judeus tenham optado por abandonar o país. Muitos mais seguiram o exemplo na primeira década do século 21. O êxodo, agora, promete continuar.
Moral da história? Os crimes de Mohamed Merah não são uma anormalidade na escalada antissemita que a Europa tem permitido dentro das suas fronteiras. Pelo contrário: são a conclusão lógica de uma cultura de ódio reinante.
E o pior de tudo é que essa cultura nem sequer é exclusividade de terroristas ou marginais. Ela é produzida e, pior que isso, legitimada pela "intelligentsia" europeia em suas colocações grosseiras sobre o conflito israelense-palestino.
Lemos o "pensamento" do criminoso de Toulouse sobre esse conflito e ele não é substancialmente diferente de livros ou editoriais "respeitáveis" onde a Faixa de Gaza é apresentada como um novo Auschwitz; os israelenses como os novos nazistas; e os judeus como os eternos conspiradores para dominar o mundo (de preferência, manipulando a política de Washington).
Não vale a pena explicar o que existe de paranóia e abuso nessas colocações. Exceto para dizer que elas excedem em muito qualquer crítica legítima --repito: legítima-- que se possa fazer aos governos israelenses democraticamente eleitos.
Aplicar aos judeus de hoje e ao seu estado categorias próprias da desumanidade nazista é o pretexto ideal para que os fanáticos se sintam autorizados a atuar em nome dessa repulsa.
Mohamed Merah, no fundo, limitou-se a apertar o gatilho. Mas o veneno que existia na sua cabeça é plantado diariamente na Europa por insuspeitos humanistas.
João Pereira Coutinho
João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do "Correio da Manhã", o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve às terças na "Ilustrada" e a cada duas semanas, às segundas, para aFolha.com.

Postado por Carlos Eduardo Beckerman no Grupo Pletz

10 maneiras erradas de um gestor motivar sua equipe



O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.
Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:
1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.
Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.
2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.
3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.
Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.
4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.
5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.
A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.
6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.
Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.
7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.
8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.
9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.
10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.

O MAIS RECENTE MANANCIAL DE CORRUPÇÃO




Charges de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
A corrupção que se espalhou no Brasil desde a chegada do Partido dos Trabalhadores PT no governo, é algo jamais visto ou imaginado na “história desse país”.
A coisa chegou a tal ponto que os corruptos estabeleceram categorias, na mais alta estão os larápios impunes, para estes, ser punido é coisa ladrãozinho  de pé de chinelo, nada é mais abjeto que um corrupto ser preso, é coisa de quem rouba panetone, como foi  caso do  José Roberto Arruda (ex-governador de Brasília), que foi imediatamente eliminado do clã, quando foi mantido em detenção.
Com o advento da Copa do Mundo de futebol, a quadrilha conseguiu se superar. Legalizaram o roubo através de uma lei (inconstitucional, segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel), que institui o regime diferenciado para as obras da Copa do Mundo, isto é, o relaxamento dos critérios para a aferição de custos.
O país foi colocado na parede, ou regime diferenciado, ou a Copa. Caso não se permita a corrupção, não haverá forma de preparar as obras indispensáveis para o evento. Estudo recente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada)demonstra que, dado o ritmo dos trabalhos, estádios, portos, aeroportos e as obras de mobilidade nas cidades-sede não estarão prontos a tempo. Muito bem! E qual é, então, a saída? Ora, mandar a lei e a Constituição às favas e adotar o tal regime especial!!! Fala-se isso abertamente. É como se dissessem: “Só faltava agora a gente não fazer a Copa só por causa da ordem legal!!!”.
As desinformações que vão liberar geral o roubo são citadas em reportagem do cotidiano Folha de são Paulo:  “O Portal da Transparência do governo, montado pela Controladoria-Geral da União, diz que a Copa custará R$ 23,4 bilhões. A Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), que tem acordo de cooperação técnica com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o Ministério do Esporte, trabalha com outros números. Estima em R$ 112 bilhões o custo total do Mundial e em R$ 84,9 bilhões, se considerado o recorte feito pelo Portal da Transparência, com o cálculo incluindo só aeroportos, portos, segurança, arenas e mobilidade urbana”.
Este o Brasil, que o PT anunciou que viria para “mudar isso tudo que está aí”. De fato mudou mas para muito pior.

Apertem os cintos: piloto da JetBlue surta em pleno voo


Comandante precisou ser contido por passageiros, após copiloto colocá-lo para fora da cabine

  
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Joe Raedle/Getty Images
JetBlue
JetBlue: piloto paranoico com ataques terroristas em pleno ar
São Paulo – O que você faria se visse o comandante do avião em que está ser trancado do lado de fora da cabine pelo próprio copiloto? Foi exatamente esta a cena que os passageiros do voo 191 da americana JetBlue presenciaram nesta terça-feira, enquanto voavam de Nova York para Las Vegas.
Clayton Osbon, que há 12 anos pilota aeronaves da JetBlue, sofreu uma crise nervosa em pleno voo, segundo relatos da imprensa internacional. Não está clara a causa da crise, mas o copiloto afirmou que Osbon começou, após algum tempo de viagem, a mostrar sinais inquietantes.
O primeiro foi tentar mudar comandos que não deveria no painel de controle. Depois, muito agitado, saiu da cabine e começou a andar pelo corredor de modo atabalhoado, e a falar rapidamente coisas sem sentido. Por fim, quando retornou à cabine, o copiloto o convenceu a sair.
Foi quando um piloto da JetBlue que estava de folga e pegava uma carona no avião foi chamado para assumir o comando, enquanto Osbon era trancado do lado de fora. Ele começou a esmurrar a porta e precisou ser contido por três passageiros, enquanto gritava que o Irã ou o Afeganistão estariam tramando algo para breve, e que os passageiros deveriam rezar.
O avião pousou em Amarillo, no Texas, onde Osbon foi encaminhado para um hospital local. Os passageiros trocaram de aeronave e seguiram viagem. Segundo o americano The Wall Street Journal, nem a família, nem o piloto, foram localizados após o incidente.

15 frases marcantes do escritor Millôr Fernandes



Escritor pode ser considerado como um dos principais “frasistas” do Brasil. Confira algumas frases ditas por ele

  
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Daniela Dacorso / Bravo
Millôr Fernandes
Millôr Fernandes morreu na noite de ontem, em sua casa, no Rio de Janeiro
São Paulo – Considerado um dos maiores frasistas brasileiros, o desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor Millôr Fernandes morreu ontem, no Rio de Janeiro, por falência de múltiplos órgãos e parada cardíaca.
Um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, no final dos anos 60, e colaborador de grandes publicações, como as revistas “O Cruzeiro”, “Jornal do Brasil” e “Veja”, Millôr escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia. Ele também foi um dos principais tradutores brasileiros, trazendo do inglês e do francês obras de Sófocles, Shakespeare, Molière e Brecht.
Outra faceta que marcou sua personalidade e carreira foi o talento para fazer frases. Pensamentos sobre a vida, relacionamentos, sociedade, política e outros assuntos ficaram registrados ao longo do tempo. Confira a seguir algumas das frases cunhadas por ele:
1 “Se durar muito tempo, a popularidade acaba tornando a pessoa impopular”
2 “Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar”
3 “O aumento da canalhice é o resultado da má distribuição de renda”
4 “A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades”
5 “Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”
6 “Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”
7 “O cadáver é que é o produto final. Nós somos apenas a matéria prima”
8 “Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele”
9 “O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde”
10 “De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência”
11 “Os nossos amigos poderão não saber muitas coisas, mas sabem sempre o que fariam no nosso lugar”
12 “Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo”
13 “Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”
14 “O mal de se tratar um inferior como igual é que ele logo se julga superior”
15 “O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é”