terça-feira, 30 de outubro de 2012

Faz sucesso na internet uma matéria da Istoé sobre o passado de Dirceu como guerrilheiro



O comentarista Luiz Fernando Brito Pereira, sempre atento, nos manda essa reportagem da isto é, publicada em em 3 de agosto, que faz sucesso na internet. Realmente, as revelações são muito interessantes.
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PASSADO CONTESTADO
Adriana Nicacio
José Dirceu, segundo o juiz aposentado Sílvio Mota, seu ex-companheiro no treinamento de guerrilha em Cuba, levou uma vida mansa, protegido e privilegiado por amigos de Fidel.
01.jpg Mota quer distância de Dirceu
No fim de semana que antecedeu o início do julgamento do mensalão, o ex-ministro José Dirceu se recusou a participar de uma solenidade destinada a festejar um período obscuro de seu passado. O ato público, convocado por organizações de esquerda, pretendia relembrar o Movimento de Libertação Popular (Molipo), um grupo formado por 28 exilados brasileiros que treinavam guerrilha em Cuba nos anos 70. Dirceu, que era um deles, achou mais prudente evitar a aparição pública.
Além do ex-ministro, só há mais dois sobreviventes do Molipo: o juiz aposentado Sílvio Mota e o mestre-de-obras, também aposentado, Otávio Ângelo. Todos os demais foram mortos pela repressão quando retornaram ao Brasil. Sílvio Mota, contemporâneo das andanças cubanas de Dirceu, acha que o ex-companheiro fez bem em evitar as homenagens:  “Ele nunca combateu de verdade”, diz Mota.
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PRIVILEGIADO
Sílvio Mota sente-se à vontade para desconstruir a imagem combativa do petista em sua passagem pela ilha de Fidel Castro. Ele guarda na memória a figura de um militante indisciplinado e cheio de privilégios. Segundo Mota, enquanto os integrantes do Molipo participavam dos exercícios militares pesados, Dirceu levava uma boa vida, protegido por autoridades cubanas. “Ele preferia passar seu tempo nas salas de cinema”, conta.
José Dirceu refugiou-se em Cuba em 1969, depois de ter sido preso no Congresso da UNE, em Ibiúna, no interior de São Paulo, e trocado pelo embaixador americano Charles Elbrick. Em pouco tempo, tornou-se íntimo do então presidente do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica, Alfredo Guevara, amigo de Fidel Castro. De acordo com o relato de Mota, Dirceu passou, então, a se aproveitar dos poderes de seu protetor para fugir do treinamento guerrilheiro.
“Dirceu era indisciplinado. Não combateu no Molipo, como também não havia combatido na ALN (Aliança Libertadora Nacional) no Brasil”, diz Mota.
Segundo o juiz aposentado, Dirceu logo conseguiu abandonar em definitivo o treinamento. Alegava dores nas costas. Assim, pôde livrar-se das horas seguidas de marchas na selva, sem alimentos na mochila e cantis vazios. Em condições insalubres, os militantes do Molipo passavam semanas sem banho, participavam de cursos de tiros e aprendiam a montar explosivos. Todos, menos o ex-ministro, réu do mensalão.
“O projeto de Dirceu sempre foi pessoal. E quis o destino que terminasse aparecendo essa sua verdadeira face oportunista”, diz Mota.
O juiz voltou ao Brasil em 1979, quatro anos depois de Dirceu. Depois da temporada em Cuba, os dois se viram poucas vezes. Mota chegou a se filiar ao PT, mas não seguiu carreira política. De Dirceu, prefere manter distância.

A arte do ex-trio do COL



Em 14 de fevereiro do ano passado, o então presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, Ricardo Teixeira, sua filhaJoana Havelange e Ricardo Trade, os dois últimos na condição de mais altos dirigentes do órgão, se reuniram para estabelecer os bônus a que fariam jus todos os 40 funcionários da entidade.
Sob a justificativa de “entrega satisfatória dos eventos” todos ganharam gratificações, num total de R$ 2.339.849.
A maior parte, por coincidência, para os três participantes da reunião.
Teixeira, que recebia R$ 110 mil por mês, amealhou a bagatela de R$ 869 mil.
Sua filha Joana, cujo salário era de R$ 74.600, recebeu a módica quantia de R$ 544.580.
Trade, mais modesto, com salário de R$ 50 mil, ganhou R$ 170.400.
O total dos bônus dos três atinge R$ 1.583.980.
Os R$ 750.869 restantes foram divididos pelos demais 37 funcionários, numa média de R$ 20.293 para cada um.
Verdade que Fernanda Fortuna Pizzi, íntima de Joana, foi agraciada com R$ 174.191, o que deixou aos demais 36, em média, R$ 16.018.
Larissa Nuzman, por exemplo, filha de Carlos Nuzman, do COB e do CoRio-16, recebeu bônus de R$ 24.768, com salário de R$ 11.258, porque a cartolagem é como a monarquia, passa de pais para filhos, como se por direito divino.
Bem que nossas avós nos ensinavam que “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte”.

Xeque-mate em São Paulo



Decepção: a OAB passou a fazer parte da base aliada, mas não conseguiu elegeu nenhum dos seus candidatos.



Carlos Newton
O resultado das urnas no Rio de Janeiro foi decepcionante para a direção da Ordem dos Advogados do Brasil, a famosa OAB, que pela primeira vez apresentou candidatos em eleição parlamentar e participou ativamente da campanha deles.
 Wadih fazendo campanha do PT na TV
Desde que foi fundada, há 82 anos, a entidade máxima de representação dos advogados brasileiros sempre foi um órgão apartidário e independente. Embora tenha sido criada em 1930 por Getúlio Vargas, em pleno regime de exceção, a OAB sempre se recusou a operar como linha auxiliar do governo, e assim tornou-se a mais importante instituição nacional, sempre atuante na defesa dos direitos civis e dos interesses da nacionalidade.
Recentemente, porém, a OAB veio a sofrer um brutal retrocesso, em plena democracia. No Rio de Janeiro, a atual gestão da entidade, sem fazer qualquer consulta aos advogados que diz representar, passou a operar como braço jurídico do Planalto, perfilando-se na chamada base aliada, como se fosse possível admitir-se a OAB subjugada a qualquer governo, seja ele qual for.
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CONTRA O JULGAMENTO DO MENSALÃO
Para se ter uma idéia da gravidade da situação, o presidente Wadih Damous teve a ousadia de assinar o manifesto dos cineastas contra o julgamento do mensalão, um documento tão despropositado e ridículo que acabou arquivado pelos próprios organizadores.
A verdade é que, desde o dia 21 de agosto, quando publicamos aqui no Blog da Tribuna um artigo revelando que a OAB está sendo administrada a serviço do PT, logo começaram a chegar denúncias envolvendo manipulação política na entidade.
Já mostramos aqui um vídeo (www.youtube.com/watch?v=C6qAP3QX-V8), em que o presidente regional Wadih Damous, com bottom da OAB na lapela, aparece pedindo votos para um candidato a vereador pelo PT, chamado Siron. É inconcebível, mas o presidente da OAB-RJ realmente se transformou-se em cabo eleitoral do PT.
Damous lutou também pela eleição de outro candidato da “base aliada”: Roberto Monteiro, do PCdoB, que usou material publicitário com o slogan “Um mandato ao lado da Justiça, da OAB e da Advocacia”, ostentado foto de Damous e alardeando o apoio da OAB.
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NINGUÉM É DONO DA OAB
Quando saiu o resultado das urnas, constatou-se que os dois candidatos protegidos pela direção da OAB não foram eleitos.
Wadih Damous e sua troupe pensam que são donos da entidade. Mas eles passarão, em breve nem serão mais lembrados, e a OAB voltará a ser livre e independente como antes.
Ninguém pode pretender ser dono da OAB, porque a Ordem pertence aos advogados e ao povo brasileiro.

OBRA-PRIMA DO DIA - ARQUITETURA Coluna Aureliana (176/192 d.C.): Semana dos Monumentos



A Coluna Aureliana é um monumento romano erguido entre 176 e 192 para celebrar as vitórias do imperador Marcus Aurelius Antoninus Augustus (161-180) contra os Germanos e os Sármatas, que ocupavam o norte do curso médio do Danúbio. Foram longas batalhas conhecidas como guerras marcomanas ou marcomânicas.


Com quase 30m de altura (se a base for considerada, são 40m), a coluna foi inspirada na Coluna Trajana, da qual falamos ontem e é igualmente coberta de alto a baixo por baixos-relevos. A frisa esculpida que a contorna em espiral se estirada alcançaria 110m de comprimento, tendo um metro de altura em toda a extensão.


Foi mandada erguer pelo filho de Marco Aurélio, Cômodo. As cenas obedecem a uma ordem cronológica; não se trata, porém, de uma ordem muito segura. Quando inaugurada, tinha no alto a estátua em bronze de Marco Aurélio, destruída na Idade Média.
A escultura foi feita em enormes blocos de mármore de Carrara escavados por dentro para poder formar a espiral em caracol. A escada interna, iluminada por pequeníssimas fendas, tem 203 degraus que levam a um pequeno terraço no topo; o monumento termina em um capitel em estilo dórico.
Ao contrário da Coluna de Trajano, a figura central e proeminente de Marco Aurélio, nesse novo esquema que já prenunciava a força do cristianismo, não está de todo separada dos soldados. O imperador aparece em muitas cenas no estilo plebeu ou popular que começava a se firmar naqueles anos, suplantando o estilo clássico.
A figura de um Júpiter do qual escorre água, nas cenas que relatam o episódio da “chuva milagrosa”, quando, após prolongada estiagem, os soldados romanos, com o inimigo às suas portas, morriam de sede, é muito próxima das imagens que mais tarde seriam comuns de Deus pairando sobre a Humanidade para protegê-la e salvá-la.
Assim como quando o Imperador se dirige ao exército, no chamado adlocutio, ele está no centro e a tropa forma um semicírculo à sua volta, ao contrário do retratado na Trajana, quando ficavam todos os soldados numa lateral,  diante do Imperador, que aparece em meio perfil.


O Papa Sixto V (1585-1590)¸ da mesma forma que se preocupou com a Coluna Trajana, ordenou obras de restauro na Aureliana. E deixou seu nome gravado na base com a seguinte inscrição: "Esta coluna historiada dedicada ao imperador Antonino, miseravelmente deteriorada e danificada, Sixto V, Pontífice Máximo, restitui em sua forma original, no Ano do Senhor 1589, quarto ano de seu Pontificado".


E no topo mandou que fosse colocada uma estátua de São Paulo. O terraço no alto era usado pelos VIPs da época, quando queriam, por algum motivo, olhar Roma ou especialmente o Coliseu, lá de cima. 

Piazza Colonna, Roma, Itália

PÉROLAS DA CULTURA INÚTIL



Marc Aubert
Eis aqui uma relação de conhecimentos que podem chamar de inúteis, se quiserem mas, eu não sabia a maior parte deles, até este momento de vida É interessante verificar quanto os distintos leitores tem desses conhecimentos:
Se você é destro, você tenderá a mastigar a comida no lado direito de sua boca.
Se você é canhoto, você tenderá a mastigar a comida no lado esquerdo de sua boca.
Para fazer meio quilo de mel, as abelhas precisam recolher o néctar de deve mais de 2 milhões de flores individuais
A heroína é a marca de morfina uma vez comercializado pela “Bayer”
Os turistas que visitam a Islândia devem ser informados que gorjeta em um restaurante é considerado um insulto!
Pessoas em colônias de nudismo jogam mais voleibol do que qualquer outro esporte
A Albert Einstein foi oferecida a presidência de Israel em 1952, mas ele recusou.
Astronautas não conseguem arrotar – não existe gravidade para separar os líquidos dos gasosos em seus estômagos.
Os romanos antigos, sociedades chinesas e alemãs freqüentemente usavam urina para bochechos.
A Mona Lisa não tem sobrancelhas porque na época do Renascimento era moda raspá-las!
Por causa da velocidade com que a Terra gira em torno do Sol, é impossível para um eclipse solar durar mais de 7 minutos e 58 segundos.
A noite de 20 de janeiro é chamada de “Saint Agnes Eve”(Véspera de Santa Inês), considerada como um momento em que uma mulher jovem sonha com seu futuro marido.
Google é realmente o nome comum para um número que tem um milhão de zeros.
Um copo precisa de um milhão de anos para se decompor, o que significa que nunca se desgasta e pode ser reciclado uma quantidade infinita de vezes!
O ouro é o único metal que não enferruja, mesmo que seja enterrado no solo por milhares de anos.
Sua língua é o único músculo do seu corpo que tem ligação apenas em uma ponta.
Se você parar de ficar com sede, deve beber mais água. Quando um corpo humano está desidratado, o seu mecanismo de sede é desligado.
A cada ano, 2.000.000 fumantes querem parar de fumar ou morrem de doenças relacionadas ao tabaco.
Zero é o único número que não podem ser representados por algarismos romanos
Pipas foram utilizados na Guerra Civil Americana para entregar cartas e jornais.
A canção Auld Lang Syne, é cantada no momento da meia-noite em quase todos os países de língua inglêsa no mundo para fazer chegar o Ano Novo.
Beber água depois de comer reduz o ácido em sua boca por 61%
Óleo de amendoim é usado para cozinhar em submarinos, porque não faz fumaça, a menos que seja aquecido a mais de  232º C.
O rugido que ouvimos quando colocamos uma concha junto ao nosso ouvido não é o oceano, mas o som do sangue fluindo através das veias da orelha.
Nove em cada 10 seres vivos vivem no oceano.
A banana não consegue se reproduzir sozinha. Ela precisa ser propagada apenas pela mão do homem.
Aeroportos a altitudes mais elevadas requerem uma maior pista de pouso devido à menor densidade do ar.
A Universidade do Alasca se estende por quatro fusos horários.
O dente é a única parte do corpo humano que não pode auto curar-se.
Na Grécia antiga, jogando uma maçã a uma garota era uma proposta tradicional de casamento. Pegá-la significava que ela aceitava a proposta.
Warner Communications pagou 28 milhões de dólares pelos direitos autorais da canção Feliz Aniversário.
As pessoas inteligentes têm mais zinco e cobre em seus fios de cabelo.
A cauda de um cometa aponta sempre para longe do sol.
A vacina da gripe suína em 1976 causou mais mortes e doenças do que a doença que pretendia evitar.
A cafeína aumenta o poder de aspirina e outros analgésicos. É por isso que é encontrada em alguns medicamentos.
A saudação militar é um movimento que evoluiu desde os tempos medievais, quando os cavaleiros de armadura levantavam a viseira do elmo para revelar sua identidade.
Se você entrar no fundo de um poço ou de uma chaminé de boa altura e olhar para cima, você pode ver as estrelas, mesmo no meio do dia.
Quando uma pessoa morre, a audição é o último sentido a ir. O primeiro sentido perdido é a vista.
Nos tempos antigos, estranhos se apertavam as mãos para mostrar que estavam desarmados.
Morangos são os únicos frutos cujas sementes crescem no exterior da fruta.
Abacates têm as maiores calorias de qualquer fruta: 167 calorias por cem gramas.
A lua se distancia cerca de cinco centímetros da Terra a cada ano.
A Terra acrescenta 100 toneladas de peso a cada dia devido à poeira espacial caindo.
Devido à gravidade da Terra é impossível para as montanhas serem maiores do que 15.000 metros.
Mickey Mouse é conhecido como “Topolino” na Itália.
Os soldados não marcham em passo quando atravessando pontes, porque eles poderiam criar uma vibração suficiente para fazer a ponte ruir.
Tudo pesa um por cento menos na linha imaginária do equador terrestre.
Para cada kg adicional carrergado em um vôo espacial, 530 kg a mais de combustível são necessários na decolagem.
A letra J não aparece em nenhum lugar da tabela periódica dos elementos.
Em 2012, dezembro tem 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos. Isto aparentemente acontece uma vez a cada 823 anos! Essa efeméride é chamada de “sacos de dinheiro”, na China. (fotomontagem)

INTRÓITO À CULTURA INÚTIL


Giulio Sanmartini
O que vou contar aqui, servirá tão somente, de aperitivo ao artigo PÉROLAS DA CULTURA INÚTIL, do Marc Albert que segue logo depois.
Sempre fui um cultivador da cultura inútil, cheguei a escrever um livro sobre o assunto, mas seu autógrafo queimou-se junto a meu carro num acidente.
Fiquei bem zangado, mas de nada adiantava, portanto deixei para lá, mas não perdi o vício de anotar na memória, boas inutilidades, tipo: Existem 317 tipos diferentes de cruzes, SHU: Unidade de Calor Scoville (SHU) é a escala que mede o ardor da pimenta. Que o fruto romã (foto), tem sempre 613 sementes independente de seu tamanho (tive a cachimônia de contar o de três diferentes. Pode-se também partir para a escatologia, onde encontraremos coisas interessantes, por exemplo:Um flato (piedo) simultâneo dos 6,5 bilhões de humanos liberaria 19,5 milhões de litros de metano – o equivalente a 2 mil caminhões que transportam esse tipo de gás.
Bem, mas nada disso tem a que ver com o artigo do Marc, vamos a ele no que concerne aos algarismos romanos.
Antes de mudar para a Itália era um assíduo freqüentador do bar Clipper no Leblon (RJ), de uma feita conversava com um amigo, que também era um pescador de pérolas inúteis e este me explicava que os romanos desconheciam o zero, e que para fazer suas construções, especialmente pontes, não podendo fazer o cálculo do arco valia-se do recurso experiência/descarte.
Ao nosso lado estava apoiado um sujeito a quem tínhamos uma antipatia, e esta era recíproca, diziam as más línguas, que essa raiva surgira pelo o fato de meu amigo ter-lhe comido a namorada, mas nada era  comprovado.
O tal, pobre desavisado, resolveu meter o bedelho em nossa conversa e falando bem alto disse:
- Poucas vezes ouvi uma besteira maior dessa que você acabou de dizer. – falou de uma forma que chamou a tenção de todos, que juntaram-se para ver o resultado da contenda que se apresentava.
- Pois é, – disse calmamente meu amigo – o que eu disse é que os romanos não conheciam o zero.
O outro sacudindo a cabeça em desaprovação, com um sorriso sardônico colado à boca e mostrando o ar de vitorioso, aumentando a voz, vaticinou:
- Pois eu lhe digo como engenheiro e professor da Pontifícia Universidade Católica, que é impossível que os  romanos ignorassem esse algarismo.
Meu amigo não se apertou, pegou um guardanapo de papel, pediu a caneta emprestada ao garçom, que também parara para ouvir, e olhando bem firme para o engenheiro pediu:
- Concordo com você – e esticando-lhe o papel e a caneta, finalizou – então me faz um favor, escreve aí zero em algarismo romano.
Nem preciso ir adiante, o engenheiro saiu célere do bar sob vaia dos presentes, inclusive de sua namorada que presenciara a cena.

HOCU&POCUS blecaute



Ralph J. Hofmann
Caros Drs. Hocus & Pocus
Por favor, esclareçam qual é a diferença entre um blecaute e um apagão.
Eletrônio do Vago Lumen.
Caríssimo Eletrônio
Sua pergunta exigiu intensos devaneios de nossa parte.
Levou-nos de volta ao fim da década de setenta quando os militares argentinos se propunham a entrar em guerra com o Chile pelo Canal de Beagle.
Estávamos em Santiago na Feira Internacional quando um Mirage da Força Aérea Argentina invadiu o espaço aéreo chileno e rompeu a barreira do som causando deslizamentos e avalanches.
Na feira havia um pavilhão argentino, mais luxuoso do que qualquer outro. Num certo dia toda a iluminação desse pavilhão entrou em curto. O pessoal que fora conhecer os produtos argentinos chegou ao pavilhão brasileiro e disse que não conseguira ver nada.  Perguntados por que a resposta foi: “Ellos estavan treinando apagón.”
Fácil. Apagón é a tradução para o espanhol de “black-out”. Em tempo de guerra, antes do GPS, os países em guerra faziam a população cobrir as janelas com  tecido preto espesso e faziam apagar as luzes de rua para que os aviões inimigos não pudessem ter certeza de onde estavam as cidades. Essas cortinas complementares foram  chamadas de “black-out curtains” na Inglaterra durante a Segunda Guerra.
Tanto isto é verdade que hoje, no Brasil, as cortinas que cortam totalmente a iluminação de rua, especialmente nos apartamentos de hotéis são chamadas de blecautes.
Então quando Dilma Roussef lhes diz que a escuridão nas cidades brasileiras não é causada por um apagão em virtude da corrente elétrica estar desligada por algum motivo, e sim por um blecaute, tudo fica fácil de entender.
No Brasil nunca houve uma guerra com longos períodos de bombardeios aéreos sobre cidades. Portanto o Brasil não tem outro uso para a palavra blecaute senão para cortinas escuras emborrachadas.
Dilma está nos explicando que uma imensa cortina emborrachada ocasionalmente desce sobre grande parte do território nacional.
O que desejamos saber então é de onde saiu o dinheiro para tanto blecaute? Não daria para recortar este tecido e vender para fabricantes de cortinas e com a receita pagar novas usinas geradoras? Ou a escuridão é proposital porque no escuro não há testemunhas a atos de corrupção ativa e passiva?
Outras duas coisas relacionadas. O  Ministério da Saúde prevê um maior crescimento populacional nove meses depois de um grande blecaute? Nas áreas afetadas a Globo será obrigada a repetir os capítulos transmitidos durante um blecaute?  Dentro de dezoito anos haverá empregos para as crianças nascidas nove meses depois de um blecaute?
Como vê, meu caro Eletrônio, conquanto possamos ter desenterrado uma definição plausível para blecaute não conseguimos entender o que possa ser o apagão a que alude Dilma Roussef.
Talvez algum dos brasileiros treinados em Cuba possa nos esclarecer. Parece que lá costumam haver “apagóns”.
Queira nos bem
Hocus & Pocus
(1) Fotomontagem: o único Blecaute conhecido no Brasil é o cantor (Otávio Henrique de Oliveira 1919/83)que sempre se valeu dessa alcunha, o resto é apagão mesmo.

O QUE FALTA NA GESTÃO EM VENDAS


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Perguntaram a Neil Rackham, um dos maiores pensadores na área de Gestão em Vendas, qual a grande diferença entre a gestão em vendas do passado e a atual. A resposta dele indica muito bem o processo pelo qual estamos passando neste momento no Brasil. E como em todo processo de evolução, temos os líderes que rapidamente estão indo no caminho certo, os que estão abertamente lutando contra e uma grande maioria parada, entre perdida e esperando para ver o que acontece.
Para Rackham, a gestão antiga era baseada em 3 grandes pilares:
1)     Definição da estratégia de diferenciação e posicionamento: como a empresa, o produto ou serviço ia se diferenciar dos concorrentes – quais seus atributos, suas qualidades, seus benefícios, sistema de precificação e como ia ganhar mercado.
2)     Recrutamento e seleção de vendedores: basicamente, encontrar o máximo possível de pessoas dispostas a sair batendo em portas, ligando e/ou visitando prospects e clientes. Vendedores são os missionários da marca e o elo entre a empresa e o mercado. E quanto mais, melhor.
3)     Desenvolver e estimular as habilidades e atitudes dos vendedores, através de treinamentos de técnicas de venda e incentivos (financeiros ou não) para motivar a equipe de vendas a superar as metas.

Note que de verdade isto é apenas a gestão de oportunidades comerciais, não da equipe comercial em si. Não tem gestão de equipe de verdade só com estes 3 pilares.
Esse é o formato antigo. Note também que muitas empresas até hoje só fazem de verdade o item 2 e 3 (e olhe lá – o treinamento fica a desejar, pois elas se focam mais apenas na parte de campanhas motivacionais). Nem o item 1 é feito corretamente.
E agora, como a gestão de equipes comerciais está evoluindo? São necessários mais 3 itens para completar o trabalho sério de gestão de uma equipe:
4)     Metodologia de vendas: baseando-se nos casos de sucesso e nos melhores vendedores da empresa, deve-se criar uma metodologia de vendas que seja encarada como processo, onde os vendedores possam ser treinados e desenvolvidos nas melhores práticas e nas atividades de maior sucesso.
5)     Definição e utilização correta de indicadores de performance: definir quais são as etapas, atividades ou momentos mais importantes de uma venda e começar a medi-los seriamente, usando-os para aprimorar a equipe e o próprio processo.
6)     Gestão profissional baseada em indicadores: hoje em dia gerencia-se a maior parte das equipes de vendas baseando-se em objetivos (exemplo: sua meta é de R$ 100.000) e não em processos (exemplo: para vender R$ 100.000, que é sua meta, você precisa contatar todos os clientes A da sua carteira toda semana, contatar todos os clientes B pelo menos duas vezes por mês e os clientes C pelo menos uma vez por mês, além de prospectar 2 novos clientes).

A gestão por indicadores faz com que o gestor evolua daquele estilo ‘paizão/mãezona’ motivador, que só diz para o vendedor ‘Vamos lá, campeão!’ para um gestor de verdade, que diz “Vamos lá, campeão! Quero 5 ligações por dia, foco no produto A, com margem de lucro ‘x’ e 3 novos clientes por mês!”.
Obviamente não é algo que vai acontecer de uma hora para outra. Não temos nem vendedores e muito menos gerentes de vendas preparados de maneira suficiente para gerenciar por indicadores. Mas é inexorável e não tem volta – a gestão por indicadores na área de vendas veio para ficar.
Se você fosse a um médico e ele lhe dissesse: “Olha… estou vendo aqui que você está com pouca saúde. Preciso que se motive e faça as coisas que você sabe que tem que fazer e me volte daqui a 30 dias com mais saúde”, o que você diria? Pois é exatamente a mesma coisa que deveria dizer ao gerente diz ao seu vendedor: “Olha, estou vendo aqui que você vendeu pouco este mês – preciso que se motive e venda mais no mês que vem, hein?”. São dois incompetentes, tanto o médico quanto o gerente. Mostrar o caminho é tão ou mais importante do que apenas cobrar o resultado.
É maravilhoso quando uma equipe bem orquestrada começa a desempenhar muito além das metas, com menor esforço, só porque todos entenderam finalmente o que tem que fazer. Isso só é possível com a criação de processos de venda, indicadores que controlem as etapas do processo e um sistema de gestão baseado nos indicadores para melhorar as pessoas e o processo. Aí sim uma empresa e seus líderes podem considerar que estão seriamente utilizando o que existe de melhor em termos de gestão de equipes comerciais.

Abraço e boas vendas (baseadas em indicadores),
Raul Candeloro

Você conhece o potencial decorativo do relógio?


29/10/2012


Muito útil para nos situar no tempo, os relógios também se tornaram um item de beleza particular para decorar diferentes ambientes. Dependendo do estilo e designer da peça, a parede do cômodo ou o balcão onde ficará o relógio poderá adquirir muito mais sentido e expressividade.
Hoje é possível encontrar relógios para os mais variados tipos decoração, desde os mais clássicos e antigos até os mais inovadores, modernos com modelos ousados e curiosos. Nessa lista também entram as peças criativas que seguem o lema faça você mesmo, permitindo assim a criação de peças únicas e personalizadas de acordo com a cara e o estilo da sua casa.
Uma das tendências atuais para a decoração da casa é o contraste de móveis modernos com o adorno de acessórios no estilo mais retrô.
Nesse sentido, peças mais antigas, com números romanos, de madeira ou de ferro e ricos detalhes de acabamento conferem mais personalidade a uma sala de estar, biblioteca e até ao quarto.
Os três relógios juntos mais o pequeno arranjo de flores garantem um ar mais clássico à mesa onde estão | Foto: Calma aí que tô pensando.
Esse estilo mais clássico, também garante mais sofisticação e elegância na decoração de interiores, e, além disso, as peças caem muito bem para equilibrar escritórios e outros ambientes de trabalho que pedem mais formalidade.
Este modelo, bastante moderno e inspirado no trabalho de Salvador Dali, incrementa qualquer decoração | Foto: Calma aí que tô pensando.
Os relógios modernos também são uma aposta interessante para quem prefere deixar a casa com um estilo mais alegre e despojado. Os modelos aparecem incrivelmente inovadores, com misto de cores, materiais inusitados e designers pra lá de ousados.
Relógio inusitado e criativo permite anotações e lembretes | Foto: Bbel.
Um modelo um tanto criativo é o relógio “Studio do Tempo”, da Urban Brasil. A peça tem um fundo preto que lembra o formato de um disco LP, para complementar o lugar dos números, o modelo conta com prendedores coloridos que dão um toque muito mais divertido para a peça. O bacana é que, além de servir para indicar as horas e decorar uma parede, ele também funciona como uma agenda, basta anexar o bilhete no prendedor que indicará a hora do compromisso.
Da série ‘faça você mesmo’, este relógio é cheio de estilo e garante maior personalidade ao ambiente com ele decorado | Foto: Calma aí que tô pensando.
Outra dica interessante e bastante flexível são os relógios do estilo faça você mesmo. Geralmente essas peças contam com símbolos para representar as horas, basta simbolizar os números com alguma coisa diferente ou ainda mudar o miolo do relógio, onde ficam os ponteiros, para outro cômodo ou parede.
Enfim, o que não falta são opções e modelos para agradar as preferências e dar um toque ainda mais interessante para sua cozinha, sala, quanto ou onde mais preferir.

Da droga para a lama: imagens chocantes mostram a destruição física de viciados



Depois de algum tempo, os cabelos já não são os mesmos. O rosto perde a cor. As bochechas somem. Os dentes caem.  A pele ganha manchas, olheiras, rugas, machucados. Os olhos perdem completamente o brilho.
Esses são os efeitos físicos mais visíveis causados pela uso de drogas pesadas, incluindo cocaína, heroína e metanfetamina – como você pode ver nas chocantes imagens abaixo.
As fotos à esquerda mostram viciados em drogas ao serem presos pela primeira vez. As da direita revelam as mesmas pessoas algum tempo depois, durante a segunda, terceira ou quarta passagem pela cadeia. As imagens foram organizadas pelo gabinete do xerife do Condado de Multnomah, no Estado de Oregon, nos Estados Unidos, com o objetivo de alertar a população para os efeitos reais das drogas.
E são apenas os efeitos físicos. Imaginem os efeitos psicológicos. Assustador, não?!

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Fotos com diferença de 7 anos
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Diferença de 3 anos
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Diferença de 3 anos
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Diferença de 4 anos
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Diferença de 2 anos
viciado-drogas7
Diferença de 4 anos
viciado-drogas8
Diferença de 7 anos
viciado-drogas9
Diferença de 6 meses
viciado-drogas10
Diferença de 4 anos
viciado-drogas11
Diferença de 11 anos
viciado-drogas12
Diferença de 8 meses
viciado-drogas14
Diferença de 1,5 anos
viciado-drogas16
Diferença de 2,5 anos
viciado-drogas17
Diferença de 1 ano
viciado-drogas18
Diferença de 3 meses

O pirata da cara de pau ´~ Juca Kfouri




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Na Folha de S.Paulo de hoje:
Justamente ilegal
Entre o prevalecimento do correto esportivamente e a orientação legal, com quem ficar?
O CÚMULO do desespero revela-se nas reclamações quanto ao gol anulado de Barcos, o pirata da cara de pau.
Só faltava, para acabar de desmoralizar a arbitragem deste Brasileirão do impedimento tríplice carpado, a validação do gol do argentino que, em vez de reconhecer a farsa, fingiu indignação.
Pior que ele só o tal Piraci, do jurídico alviverde, falar em anulação do jogo. Baseado em quê? No que jamais se provará?
Quem sabe o pirado causídico não anule a decisão da Copa de 2006, quando também se alegou auxílio externo para expulsar Zidane, autor da cabeçada em Materazzi, tão escandalosa como a cortada de Barcos.
Ora, com um mínimo de espírito ético e esportivo, os responsáveis pelas tradições palmeirenses deveriam se calar diante da insânia que seria a validação do gol.
Que o árbitro vacilou é inegável e sua má consciência foi tal que nem cartão mostrou ao autor da farsa -deveria ter mostrado o amarelo duas vezes, o primeiro pela mão, o segundo pela falsa indignação.
Mas, vá lá, do jogador de sangue quente admite-se as piores vilanias, assim como não se espera equilíbrio do torcedor que aplaude Joaquim Barbosa, mas quer que seu time ganhe com gol de mão, em impedimento depois dos acréscimos.
Ainda mais do torcedor torturado pela pífia direção que Piraci representa.
Daí a mergulhar a instituição nas profundidades do ridículo vai enorme distância, para gozo dos rivais.
Já se disse aqui, e deve ser repetido, o que ensinou o uruguaio, este sim, jurista, Eduardo Couture, em seus Mandamentos do Advogado: “Teu dever é lutar pelo Direito, mas no dia em que encontrares em conflito o direito e a justiça, luta pela Justiça”.
Alguma dúvida sobre o que tinha de prevalecer no caso da mão de Barcos?
JUSTO E LEGAL
Por falar em legalidade e justiça, hoje a partir das 19h30, um dos grandes jornalistas do Brasil lança, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, “Marighella, o Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, pela Companhia das Letras.
Mário Magalhães, um detalhista obsessivo, desmonta mitos e revela sem maniqueísmo o que foi a vida do baiano e corintiano Carlos Marighella, o guerrilheiro que fazia poema para Mané Garrincha e torcia pela seleção brasileira de seu camarada João Saldanha, que, sabiamente, não optou pelas armas contra a ditadura imposta em 1964.
À altura do biografado, o autor mostra que Marighella, o revolucionário que lutou para implantar a ditadura do proletariado no país e que teria um desgosto profundo se visse ex-comandados seus envolvidos em mensalões, foi fuzilado desarmado, numa operação desastrada.
O líder comunista caiu na ilegalidade para combater outra maior, a que interrompeu o processo democrático, e pagou com a vida por sua sede de justiça.