domingo, 2 de dezembro de 2012

MENSALÃO: Neil Ferreira e “A Clique dos Quatro”



Clique dos Quatro: o Capa-Preta Lewandowski, o Capinha-Preta Dias Toffoli e as Capinhas-Pretinhas Carmem Lúcia e Rosa Weber
Para Neil Ferreira, a "Clique dos Quatro: o Capa-Preta Lewandowski, o Capinha-Preta Dias Toffoli e as Capinhas-Pretinhas Carmem Lúcia e Rosa Weber"
Por Neil voto com o relator Ferreira, publicado no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo.
Antes Scriptum: 1. Lewandowski O Melador até ofendeu Joaquinzão Maravilha, tentando melar a dosimetria do João Paulo Mensaleiro Cunha; não conseguiu, nem Dias Toffoli o apoiou. 2. Brimo Haddad nomeou 2 fichas-sujas e um espancador de mulher como Secretários. E ainda nem chegou na cota do Brimo Maluf.

A CLIQUE DOS QUATRO
Usei “Clique dos Quatro” para falar da atuação do Capa-Preta Lewandowski, do Capinha-Preta Dias Toffoli e das Capinhas-Pretinhas Weber e Carmem Lúcia. “Clique dos Quatro”: bando, gangue, quadrilha, foi como a imprensa ocidental chamou um dos grupos que disputou com mão de ferro a sucessão de Mao Tsé-tung na China.
A nossa Clique dos Quatro, desconfio, é comandada pelo Advogado de Todos os Diabos Thomaz Bastos, que presta vassalagem ao seu capo, Dirceu O Inocente Injustiçado. Não tenho provas, confio no meu desconfiômetro.
A Clique vota em bloco, salvo alguma travessura das meninas Weber e Carmem Lúcia, que quase me engaram. Se não fosse Joaquinzão Maravilha, estaríamos fritos.
Votaram pela inocência de Dirceu O Inocente Injustiçado, conseguindo um 6 (nossos) x 4 (deles), que abre caminho para embargos e recursos, que serão julgados com dois novos Capas-Pretas, supostamente Ministros Cumpanheros.
Nesse coro orquestrado, o Eminente Advogado de Defesa, Lewandowski O Melador, é o regente, o Capinha-Preta Dias Toffoli, obediente, vira as páginas da partitura e as trêfegas moçoilas se incumbem dos agudos desafinados, a defender com fervor religioso mensaleiros de inocência abaixo de qualquer suspeita.
Sou forçado a ver essa ópera, levam unicamente “Ridi Pagliacci”; “paglicci” somos eu e você e não estamos rindo. Assisto ao julgamento dos mensaleiros, que enfiaram a mão no dinheiro público para comprar um dos 3 Poderes da República, e a Clique ensopa de suor as Capas e Capinhas Pretas e Pretinhas para amolecer pra quem seu Mestre mandar.
Roberto Jefferson, que denunciou e alertou a nação para a roubalheira, passa para a história como “delator”, uma ofensa pra quem tem vergonha cara.
Nos momentos finais da sessão desta 4ª feira, a Clique dos Quatro, então com Cinco, reforçada pelo Ministro Marco Aurélio, quase conseguiu melar a dosimetria do João Paulo Mensaleiro Cunha. Lewandowski O Melador tumultuou de tal maneira que por pouco não livrou a cara do bandidão, que pegou mais de 9 anos, dando pelo menos 1 de xilindró com grades.
Nós, com 2 a menos; eles fizeram 4 x 4 algumas vezes e livraram até o Boy, Valdemar Costa Neto, que vendeu por 10 milhões de reais o PL ao Dirceu O Inocente Injustiçado, dando digrátis o Vice-Presidente Alencar O Puro, na promoção “pague-um-e-leve-dois”, no supermercado da corrupção em que o PT transformou a política brasileira. Pechinchava-se a compra e venda, com Lula e Alencar O Puro na sala ao lado e ambos não viram, não ouviram e nem souberam de malfeito algum.
Alencar O Puro exerceu uma sofrida Vice-Presidência, emprestou sua respeitabilidade aos organizadores, patrocinadores e beneficiários da maior onda de corrupção nunca antes vista na história “deçepaíz”.
Ninguém toca no nome dele; eu toco; com desconfiança e igual respeito. Que Deus o tenha.
Dirceu O Inocente Injustiçado pegou quase 11 anos, o que dá xilindró fechado por pelo menos um ano e meio. O Ministro Cardozo, numa folga do trabalho de queimação que faz contra o Governador Alckmin, avisou que “preferia morrer a cumprir pena nos nossos presídios”, fingindo-se de esquecido de que é o responsável pelos presídios federais.
O Capinha-Preta Dias Toffoli, emendou de primeira na primeira vez em que abriu a boca que não era pra dizer “Voto com o Eminente Revisor”. Fez um tremendo comício a favor da pena ser paga em “pecúnia”, em substituição à pena de prisão.
Num movimento que cheirou a treinado, a Clique dos Quatro votou em bloco por penas de prisão mais leves, a ponto de nenhum criminoso ter que residir no xilindró, em troca de multas maiores.
É ancestral jurisprudência “Só puxa cana us p*p*p*”; rico paga murta e sai franando. Nada mais justo.
A nossa Clique dos Quatro, desconfio, é comandada pelo Advogado de Todos os Diabos Thomaz Bastos, que presta vassalagem ao seu capo, Dirceu O Inocente Injustiçado. Não tenho provas, confio no meu desconfiômetro (Foto: Nelson Jr. / STF)
A nossa Clique dos Quatro, desconfio, é comandada pelo Advogado de Todos os Diabos Thomaz Bastos, que presta vassalagem ao seu capo, Dirceu O Inocente Injustiçado. Não tenho provas, confio no meu desconfiômetro (Foto: Nelson Jr. / STF)
Data venia, minha paranoia dá à luz outra das minhas teorias da conspiração, a saber:
Nas reuniões dos “ajustes da dosimetria”, das quais fariam (“fariam”, condicional) parte dois novos Capas-Pretas, que podem (“podem”, repito) ser Ministros Cumpanheros, está aberto o caminho para que a pena do Dirceu O Inocente Injustiçado seja reajustada para uma dosimetria de uma só dose sem cana, mais uma multa de uma dosinha da cana 51, que pode jogar no chão para rachunchar com o santo; você sabe qual é o santarrão que curte uma cana 51.
Isso que é dosimetria, um parágrafo de 78 palavras sem ponto (dose hem), modesta homenagem à Proust, “À la recherche du temps perdu”, e James Joyce, “Ulysses”, obras de perder o fôlego; perde o fôlego quem tenta enfrentar seus parágrafos.
“Pingados os is” (he he) troco em graúdos a Clique dos Quatro: Lewandowski O Melador, cota da influente vizinha da mãe dele, nomeado por “notório saber jurídico e reputação ilibada”, que em Novilíngua significa “amizade entre vizinhas”.
Dias Toffoli, ex-advogado do PT e de Lula, pau mandado de Dirceu O Inocente Injustiçado; cumpanhero da advogada de um mensaleiro. O bandeirinha deu impedimento mas o juiz não deu.
Completam a Clique, Weber, supostamente cota do ex-marido, ou ex-o que quer que seja da Criatura; e Carmem Lúcia, cota da Criatura.
Quatro Jabutis em cima da mesma árvore, sai de baixo.
Quando começo a falar besteira, não há força que me detenha.
Adendo, que infelizmente não cabe no espaço de que disponho no DC, mas quero dividir com meus amigos (e os nem tão amigos) que tenho na Internet. Advirto que é um texto longo, peço sua paciência.
No Departamento de Melação, nem o STF escapa da estratégia do PT.
Memória: No primeiro dia do Julgamento, o Advogado de Todos os Diabos Thomaz Bastos em 5 minutos levantou uma questão de ordem, que foi um passe perfeito para Lewandowski mostrar ao que veio. Comentou com um voto escrito de mais de uma hora, já revelando sua posição de Melador, que percebi e já comentei em outra oportunidade.
Vi que Lewandowski conhecia o movimento que Thomaz Bastos faria, e veio pronto para melar, numa jogada ensaiada. Melar o quê? Melar, neste caso, a participação maior do Ministro Peluso, que se aposentaria em pouco tempo. Conseguiu. O Ministro Peluso participou pouquíssimo do Julgamento.
Depois, todos os que viram a TV Justiça, a GloboNews e os esclarecedores debates da Abril.com, devem ter ficado admirados com a participação do que chamei de Clique dos Quatro, Lewandowski, Dias Toffoli, Weber e Carmem Lúcia.
Flash forward: A sessão desta 4ª feira, desculpe, dou a minha opinião, que sei que ninguém pediu.
Seria iniciada a dosimetria do 3º crime praticado pelo João Paulo Mensaleiro Cunha, que já havia sido condenado a penas que somavam 6 anos. Mais 2 e pegaria cana, menos 2, ou 1 e meio que fosse, estaria livre, leve e solto, uma indignidade.
Esta votação seria realizada por 5 Ministros, que o condenaram, com 5 impedidos de votar, por terem votado pela absolvição.O advogado do bandidão levantou uma questão de ordem, contestando o quorum para a votação, 5 Ministros seriam poucos Ministros, pediu venia e sugeriu que se esperasse a posse do novo Ministro.
(Esse pedido do advogado de defesa de João Paulo Mensaleiro Cunha, já me provoca calafrios com relação a esse novo Ministro, passo a desconfiar de que seja Ministro “Cumpanhero”).
Imediatamente, Melandowski O Melador, deu um passe para o Ministro Marco Aurélio, nesta sessão no papel de Quinto da Clique dos Quatro, que levantou a questão de que 5 pela condenação 5 pela absolvição e, portanto, impedidos de votar, seria um “empate”, 5 x 5.
Houve outras tremendas melações comandadas por Lewandowski O Melador, que sem direito a voto na dosimetria por ter absolvido o bandidão, melou o quanto pode.
Vou pular essa parte porque relembrar e escrever sobre isso me causa ânsia.
Joaquinzão Maravilha só não deu uns tabefes nele por ser o Joaquinzão Maravilha. Eu daria, se lá estivesse. Graças à Deus e à minha ignorância jurídica, não estou.
Ignorante que sou, considero-me, porém, tão pleno de saber jurídico quanto Dias Toffoli, que solenemente sentencia: “Voto com o Eminente Revisor”. Isso eu decorei na maior moleza, sem ter que prestar concurso pra juiz de 1ª Instância e ser reprovado duas vezes e já é “Eminente Ministro, V. Excia…”, comigo não violão.
Quero é falar do falso silogismo do Ministro Marco Aurélio não percebido pelos demais Ministros, que aceitaram os argumentos.
Marco Aurélio disse (suas palavras): “5 Ministros decidiram pela condenação (de João Paulo Cunha) e com voto na dosimetria; e 5 Ministros decidiram pela absolvição e sem voto na dosimetria. 5 a favor x 5 contra (condenação e absolvição), empate; portanto pro réu, absolvendo-o desta pena”.
(Absolvido desta pena, João Paulo Mensaleiro Cunha, até aquele momento condenado a 6 anos, escaparia de pegar cana em regime fechado).
Digo eu: houve uma incrível discussão sobre o tema: os 5 Ministros que absolveram e não tinham direito a voto, “votariam zero pena cada um”, dando um empate com os 5 Ministros que votaram na dosimetria, seja ela qual fosse”.
Parecia reunião de condomínio do prédio do STF e os condôminos não sabiam muito em quê votar. Fiquei decepcionado.
Engano (ou enganação) do Ministro Marco Aurélio: Os 5 Ministros impedidos de votar na dosimetria da pena, não “votariam pena zero”, para chegar ao empate e à absolvição pretendidas  Impedidos que estavam,não existiam para a votação, nem zero poderiam votar, não estavam lá, digamos; faleceram, digamos e ainda não foram substituídos, digamos. Estavam “fora dos autos”, digamos, portanto “fora do Mundo”, digamos – como eles mesmo dizem. Não houve empate coisa nenhuma.
Lewandowski, Marco Aurélio e Carmem Lúcia melaram o quanto puderam, mas prevaleceu o bom senso. Houve a votação da dosimetria, com João Paulo Mensaleiro Cunha pegando mais 3 anos, que somam 9, portanto com direito a cana braba. Mais uma vez provou-se que “o Direito Romano é a consagração do bom senso” (eu não disse isso, mas gosto e repito).
Agradeço aos que tiveram paciência com este besteirol metido a sério. Muito obrigado. (NF

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