terça-feira, 28 de agosto de 2012

Corretor mais antigo de São Paulo defende ética


O Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) completa 50 anos hoje.

Verany Bicudo, 83 anos
É o mais antigo corretor do Creci
A data, especial para a instituição e para os profissionais do setor, é motivo de orgulho para Verany Bicudo, 83, o mais antigo corretor de imóveis em atividade hoje em São Paulo.

 Com o registro de número 5 do conselho, datado de 1962, Bicudo lembra: "Sou o remanescente de um grupo de 40 diretores. Infelizmente meuscompanheiros morreram".

A história do Creci começou em 27 de agosto de 1962, mas os corretores já atuavam no mercado imobiliário da cidade bem antes. Verany aponta que esses profissionais surgiram nas primeiras décadas de 1900.

"Até então, eles eram chamados de agentes imobiliários. Antes ainda, no Império ou na Colônia, eram os procuradores de bens de pessoas abastadas que tratavam dessas atividades típicas de um corretor", diz.

O que motivou a criação do conselho, diz ele, foi a necessidade de estabelecer princípios para o profissional manter uma postura ética perante seus companheiros e potenciais consumidores.

"Isso levou a um trabalho de preparar uma solicitação ao Congresso para pleitear a regulamentação da profissão, que culminou com a assinatura do decreto pelo presidente João Goulart, em 1962."

Trajetória Familiar

A história de Verany se confunde com a da corretagem imobiliária. Seu pai, Argemiro Bicudo, começou a trabalhar em 1915 e participou da fundação da Associação dos Corretores de Imóveis.

Seu irmão Newton Bicudo fundou o Sindicato dos Corretores de Imóveis, em que também atuou como presidente. "Essa ideia de criar o Creci cristalizou-se há 50 anos, mas o desejo já existia desde 1915 e foi sendo bem consolidado na associação a que meu pai pertenceu."

Responsabilidade

Verany vê o corretor de imóveis como um profissional atento e com grandes responsabilidades.

"Pelo próprio andamento do mercado, o corretor é obrigado a perceber as transformações antes dos outros", diz o corretor.

"E é uma profissão que exige ética sempre, pois qualquer patrimônio, pequeno ou grande, representa um valor enorme para quem o compra", completa.

Por: Daniel Vasques

Fonte : Folha

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