terça-feira, 8 de outubro de 2013

Justiça vive uma péssima fase e Supremo não dá um bom exemplo aos magistrados


Roberto Monteiro Pinho                                             
Órfãos na comunicação e preocupados com a imagem junto à sociedade, 20 juízes participaram no dia 27 de setembro da primeira edição do curso “O Magistrado e a Mídia”. A proposta do Judiciário é o de qualificá-los, através do curso promovido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).
Para isso, programou a visita dos juízes aos bastidores da sucursal da Rede Globo em Brasília e, na sequência, um media training nas dependências da Secretaria de Comunicação Social do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Durante o curso, os juízes tiveram de propor soluções para uma situação hipotética com potencial de afetar a credibilidade do Judiciário, hoje seu “calcanhar de Aquiles”, principalmente após repercussão do caso mensalão.
A referência para os 14,5 mil juízes brasileiros tem sido a postura dos ministros nos tribunais, mas com o show de jurisdição e a constante procura pela exposição de mídia, nos prolongados e extensos votos dos membros da Corte Superior, cresce a expectativa de que a seriedade para julgar perdeu lugar para o exibicionismo, promovendo a medíocre postura de formador de opinião de quinta categoria e fazendo com que temas conflitantes da vida do brasileiro sejam banalizados nos tribunais.
Por sua vez, reage o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, declarando a imprensa que parte dos juízes brasileiros não aplica devidamente as leis de combate à corrupção devido a relações políticas com aqueles que poderão influenciar sua promoção na carreira. E agora?

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