sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ministério Público constata que o governo Cabral fraudou as estatísticas de homicídios no Estado do Rio de Janeiro.



Carlos Newton
A denúncia é do ex-prefeito Cesar Maia, que se elegeu vereador no Rio de Janeiro pelo DEM. Manuseando as estatísticas informadas pela Secretaria de Segurança, através do Instituto de Segurança Pública, Maia mostra em seu Blog que em 2011, de janeiro a dezembro, teriam sido registrados 4.286 homicídios. E entre janeiro e setembro de 2012 foram 3.028 homicídios. Total: 7.314 homicídios.
Citando a coluna de Ancelmo Gois em O Globo, o ex-prefeito então afirma que “segundo estudo do Ministério Público baseado em números da Policia Civil, de janeiro de 2011 a setembro de 2012 houve 7.799 homicídios dolosos”. Ou seja, a diferença é de 485 homicídios, que teriam sido omitidos nas estatísticas oficiais.
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HOMICÍDIOS SEM SOLUÇÃO
Reportagem de Luciene Câmara, no jornal O Tempo, revela que Minas Gerais aparece em terceiro lugar no ranking de Estados brasileiros com o maior número de inquéritos de homicídio sem solução, com 12.032 casos instaurados até 2007 ainda em aberto. Além disso, tem a pior colocação porcentual na lista da força-tarefa criada para mudar o quadro.
O esforço nacional foi realizado de janeiro de 2011 a abril deste ano. Do total de apurações, apenas 992 foram concluídas, o equivalente a 8,2% – 55% delas foram arquivadas.
A repórter mineira comenta que o levantamento foi feito pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que criou um medidor de processos, chamado de inqueritômetro, para divulgar o andamento da força-tarefa. Acre e Piauí aparecem no topo da lista, já que concluíram todas as investigações (ver ranking ao lado). No Sudeste, São Paulo teve o melhor desempenho, dando fim a 78,6% de seus 1.423 casos; seguido do Rio de Janeiro, com 32,5% de um total de 47.177 procedimentos, e do Espírito Santo, que deu conta de 15,9% dos 16.148 inquéritos.
Tudo muito bom, muito bonito, mas o que houve não foi solução dos crimes, mas simples arquivamento em massa, com uma maquiagem estatística que realmente nunca teve precedentes.

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