sexta-feira, 9 de novembro de 2012

AINDA SOBRE A INCOERÊNCIA NO ENSINO



Mesmo já passado alguns dias, quero deixar registrado o meu agradecimento ao advogado e jornalista José de Anchieta Cavalcanti quando o mesmo fez comentários elogiosos ao meu artigo sobre a educação e mais uma vez mostrou a preocupação com o nosso ensino. Pois bem, retomo essas questões lembrando que os países que investiram e investem em educação por coincidência são os mais ricos. É bom pensar.
E para gerar riqueza é preciso produtividade e sem um ensino de qualidade é impossível. No Brasil tem em média 7,5 anos de escolaridade, contra 12 dos americanos. Temos aqui 11% da população com ensino superior e só 35% dos alunos que concluem o ensino médio são considerados alfabetizados.
É fácil por esses números, perceber que 13% dos trabalhadores (ai incluo todas as classes) de nível superior é quem nos coloca em números humilhantes quando se fala em inovação. Em 2010, O Brasil registrou 22.681 pedidos de patentes, enquanto nos Estados Unidos esses números representaram um total de 500 mil pedidos.
Ai vem a pergunta: será que isto não é uma ação determinada para manter a nossa sociedade analfabeta e cordeira para que eles, os políticos, possam governar somente para eles, pois somente que tem uma boa educação pode reivindicar. Os analfabetos vendem seus votos a troco de nada. E com isso mantém o que há de pior nos cargos chaves da nação brasileira.
Queria lembrar que um trabalhador brasileiro (não estou falando de funcionário público) – produz em torno de 22 mil dólares de riqueza ao ano, enquanto que um americano produz 100 mil dólares. Em suma, um trabalhador americano vale 5 brasileiros. Isto não quer dizer que eles sejam mais trabalhadores que os nossos, apenas que as linhas de montagem são de alta tecnologia e com isto a velocidade da produção os leva a fazer mais com menos.
Só para refrescar a nossa memória, quando Ford descobriu e instalou a linha de montagem ele dobrou o salário do operário (ao contrário do que pensam muitos, que com a linha de montagem o salário diminuiu) e este progresso se mantém e vem até hoje.
Infelizmente não temos uma elite para pensar nestes problemas que nos levaram até hoje a uma pobreza franciscana, mas, quem sabe, ganharemos o céu.
(1) Engenheiro civil e empresário. adautomedeiros@bol.com.br

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