quarta-feira, 14 de novembro de 2012

LEWANDOWSKI “SIFU”



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Continuando na mesma linha do artigo acima “Ferro na Boneca”, quero escrever algumas coisas complementares.
Desde o dia 2 de agosto, quando o Supremo Tribunal Federal STF, deu início ao julgamento do mensalão, o ministro Ricardo Lewandowisk, demonstrou claramente que tinha como objetivo atrapalhar o bom andamento dos trabalhos afim de beneficiar alguns réus, de forma especial o principal deles todos, José Dirceu.
Lewandowski, sem o mínimo pudor fez de tudo, tentou retardar os trabalhos como um vil chicaneiro, quis conturbar o ambiente discutindo com quem pensava diferente dele, mudou de votos exclusivamente para beneficiar seu réu preferido, em fim, fez tudo que é incompatível com a reputação ilibada, condição “sine qua non” para ocupar o cargo de ministro no STF.
Nessa segunda feira ele conseguiu superar-se em sem-vergonhice.
O ministro relator Joaquim Barbosa houve por bem começar  com o julgamento de José Dirceu. Lewandowski pegado no contra-pé, resolveu chiar. Disse que não aceitava a “surpresa” de seu colega que trouxe para votação a definição das penas do núcleo político do mensalão e não do núcleo financeiro, como se esperava.
Barbosa rebateu de imediato, criticando-o frontalmente “A surpresa que está havendo é a lentidão ao proferir os votos, esse joguinho”.
Lewandowski respondeu: “Eu considero isso algo muito grave. O ministro Joaquim Barbosa está me imputando a obstrução do julgamento. Eu exijo uma retratação”.
Como a retratação não veio, o revisor se levantou da cadeira: “Então eu me retiro do plenário”.
Todavia sua presença não fez falta, haja vista Lewandowski que não participaria dessa etapa do julgamento porque votara pela absolvição de Dirceu.
O ministro Barbosa não fez nada de errado. O regimento do Supremo diz que o relator deve “ordenar e dirigir” o processo.
Portanto não há que se falar em surpresa quando um ministro exerce uma prerrogativa prevista no regimento. Regimento que Lewandowski, tem obrigação de saber.
Dessa forma demonstrando, mais uma vez, que ele está lá para confundir em benefício do réu que criminosamente defende.
A colunista Dora Kramer escreveu nessa terça feira (13) algo que não pode deixar de ser lido. O Sob o título “Fora do eixo”, ela começa: “À parte a gratuidade do gesto, a retirada do ministro Ricardo Lewandowski do plenário ao início da sessão de ontem representou o ápice de um equívoco cometido pelo revisor ao longo de todo o julgamento do processo do mensalão: o de acreditar que seu papel era equivalente ao do relator Joaquim Barbosa.
A rigor, a única prerrogativa especial do revisor depois de iniciado o processo de votação é a de se manifestar logo após o relator, antes dos demais ministros….” Leia a íntegra em Fora do eixo

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