domingo, 26 de agosto de 2012

O “CONTROPASSO” PEGOU A TIA DILMA



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
No Inferno de Dante Alighieri (XXVIII 142), encontra-se o que ele chamou “contropasso”, que consiste em infligir ao culpado o mesmo tipo de ofensa que ele infligiu aos outros: “como eu dividi pessoas unidas, agora tenho meu cérebro separado do tronco, assim age em mim o contropasso”.
O Partido dos Trabalhadores surgiu dos movimentos grevistas liderados por seus fundadores, agora está lhe chegando, célere, o “contropasso”.
Os servidores públicos em greve que participaram de reuniões com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, recusaram a proposta do governo de reajuste de 15,8%, escalonados até 2015. Com isso, as greves devem continuar.
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar.
Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.
A possibilidade de acordo com os novos patamares foi considerada improvável por Mendonça, mas o assunto deve ser avaliado pelo governo e voltar a ser discutido na segunda-feira.
A menos de uma semana do prazo limite para o envio da proposta do Orçamento de 2013, que deve conter a previsão de gastos com a folha de pagamento, o governo só fechou acordos com servidores federais da educação, que deflagraram a greve em meados de maio. A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta de 15,8% até 2015.
Na realidade, o governo não sabe o que fazer para superar esse tsumani de greves e mostra que  a fora o roubo, é totalmente incapaz para enfrentar qualquer problema que venha surgir..

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