segunda-feira, 20 de agosto de 2012

NÃO LIBERTA E NÃO LIBERA


Walter Marquart
Em 1946, Luiz Carlos Prestes declarou que se fosse declarada guerra do Brasil contra a Rússia, ele defenderia a Rússia. Tão impatriótica declaração recebeu o merecido: seu mandato de deputado federal foi cassado, assim como o registro do Partido Comunista Brasileiro. Hoje governa o vencedor: o apátrida FORO DE SÃO PAULO.
Roberto Jefferson tem toda a razão: essa gente não tem coração, a razão deles é o poder, pouco importa quantos pereçam na caminhada. O teu suicídio político, Roberto, calculado ou não, foi tiro certeiro na até então desconhecida, corrupção generalizada.
Voltaram, depois da anistia, aparentemente mansinhos, roupas de cordeiro, mas a tese de Jefferson está comprovada: vieram com a mesma sede e fome de poder, sangue e dinheiro. Hienas famintas respeitam mais o próximo do que eles. Os ingênuos ou direcionados por segundas intenções, deram-lhes até brinquedos da Abrinq, imaginaram que só queriam brincar, governar e dar exemplos de ética na política, para as próximas gerações. Eram os inflamados discursos da petezada. Os eleitores não perceberam a burla.
Quem arrombou cofres, assaltou bancos, eliminaram inimigos ou mesmo amigos arrependidos, seqüestraram, espancaram e roubaram, agora estão no poder, Perseguem a fortuna e a manutenção do poder. A bússola é o fim determinado, o foco é a trilha imposta pelo apátrida Foro.
Aproveitando-se das leis podres, letra morta para os desonestos, que só causam dissabores aos honestos, lançaram-se na maior e mais degradante corrupção que a história brasileira já registrou.
Os “professores de deus”, tratamento que exigem, parecem-se como tutores de Satanás, que têm muito a escutar e aprender. Não obedecer ou fazer as tarefas ordenadas, ofende os “luminares” satânicos que se intitulam escolhidos. As leis estão rotas, aplainadas pela Constituição não cidadã de Ulisses, que fazem corar até os discípulos do reino petista. Constituição dos bacharéis, para e só proteger o corporativismo. Ulisses não pode ser tachado de burro, pois sabia, soube antecipar os males, determinou que fosse tudo revisto cinco anos após sua promulgação. Não foi. Continuou o mesmo monstrengo, o anárquico presidencialismo com leis parlamentaristas. Aberta a avenida para tudo ficar entregue ao Foro de São Paulo. Cleptômanos libertos para redirecionar as leis, torná-las escravas da ditadura da corrupção, repito, comandada pelo Foro.
O povo não acredita mais no “estufar” do peito, no tratamento tão fidalgo quanto hipócrita de Vossas Excelências. Com as leis atuais, a pecadora generalização consome a todos, permite a liberdade de o povo não acreditar mais em ninguém, se restar uma minoria verdadeira, mesmo que santos ou simplesmente aproveitadores, serão defenestrados pela anunciada baderna. Serão considerados mortos pestilentos.
E tudo poderia ser diferente, mas requer: leis para serem e que sejam obedecidas, leis claras, curtas, justas e equânimes. Que elimine as corporações malignas.
Eleição deveria ser tarefa de escolher o mais preparado e nunca o sabonete mais perfumado.
Curioso, vamos aguardar a confirmação: O QUE FRANÇOIS HOLLANDE FEZ EM 56 DIAS DE GOVERNO? (Novo Presidente da França). Se confirmadas, deveremos intimar a Dilma a visitá-lo e pedir licença para implantar a mesma filosofia em Brasília. Se confirmadas poderemos divisar um socialismo às avessas, onde o primeiro escalão sangrará. Sangrará o dizimo (trizimo) partidário à custa do erário público.
(1) Fotomontagem: Luiz Carlos Prestes e Lula no foro de São Paulo.

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