sexta-feira, 26 de julho de 2013

EDUCAÇÃO NÃO É SÓ DINHEIRO É TAMBÉM GERÊNCIA


 Adauto Medeiros (*)
Infelizmente a educação pública no Brasil, apesar de ter melhorado muito em relação à chegada de Cabral e suas frotas, continua extremamente deficiente. No Brasil a educação pública é controlada e ministrada pelos governos municipal, estadual e federal. Mas podemos tentar fazer uma comparação entre a educação pública e a privada.educação
Nos estabelecimentos educacionais particulares a educação funciona melhor não porque tem mais dinheiro e sim porque os professores faltam pouco, porque são mais exigidos, e não só pelos alunos. Nesse sentido podemos constatar que a educação privada tem muito a ensinar a educação pública, porque tem também a mentalidade de um negócio com relação a empregador e empregado.
No setor público não há gerencia, pois os funcionários são regidos por leis de proteção ao infinito, sem limites, com estabilidade e ponto facultativo o que termina inviabilizando o processo de ensino e aprendizagem.
Ora no Brasil não há e nem nunca houve um projeto nacional para o ensino público. Ora, não temos sequer uma formação diferenciada na formação entre um professor que ensina em um vilarejo na selva amazônica e outro que é professor na região do Morumbi em São Paulo.
Podemos pensar que como são regiões diferentes, os alunos também são diferentes, os ideais são outros, logo os caminhos que deverão seguir são completamente diferentes. Claro que a matemática será sempre igual em qualquer lugar e a mesma coisa como forma de transmissão de conhecimento, mas não tenho dúvidas que a maneira de ensinar pode e deve variar de acordo com a qualidade dos alunos. Hoje a famosa decoreba foi banida do ensino. Hoje ninguém guarda mais na memória nada, coisa alguma, pois o telefone faz esse “serviço”.
Estamos transferindo nossa memória para as pontas dos dedos. As discussões sobre a vida, sobre a filosofia, e mesmo sobre o Brasil infelizmente acabou. Emudecemos. Certa vez em um restaurante que freqüentava, vi chegar um casal jovem que logo sentaram e que traziam consigo uma geringonça eletrônica.  Não deram uma palavra entre eles, fiquei observando, apenas usavam o tempo todo as pontas dos dedos.
Certamente que em casa deve ocorrer a mesma coisa e com isso os filhos vão sendo criados deixando o raciocínio de lado e usando as pontas dos dedos e não a cabeça. E assim passamos a ser classificados de moderninhos e atualíssimos. Não somos nem uma coisa nem outra;
(*) Engenheiro civil e empresário. adautomedeiros@bol.com.br

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