sexta-feira, 7 de setembro de 2012


PPP (Patifaria Pública Privada)

Walter Marquart
O caminho mais curto para destruir a confiança e implantar o caos: levar vantagem em tudo, PAC, PPP, imunidades, carga tributária impagável, desenfreado gasto público, dízimo partidário pago com dinheiro público, lobistas, empreiteiros e a compra de votos, eufemisticamente chamado de Bolsa-Família.
Coitados dos consumidores, porque quando o patrão é o governo, o lombo do povo fica vergado e manchado de feridas:/ eficiência não casa com PPP. Ela exige exclusividade no mercado, liberdade para arbitrarem os preços e, como de hábito, isenção de impostos. Se possível uma filial em cada bairro, rua, cidade ou repartição. Cada filial contará com diretoria indicada pelo partido.
Estas PPPs devem render muitas “sobra de campanha”, porque estão querendo criar outras. A experiência que deveria ser retirada das que já existem parece não ser suficiente. Basta analisar as concessões dos serviços públicos.
O concessionário desses serviços é um tipo de empresário defensor da “livre empresa”, que exige mercado cativo e o consumido,r seu exclusivo escravo. Eles querem e exigem o poder de estabelecer as taxas, o preço dos serviços, o preço dos produtos e a liberdade de transferir até o IR para o lombo do consumidor.
Assistindo e sofrendo com tudo que se assemelha a PPP ou que ainda está na mão do governo, basta ver o abuso nas contas de energia (elétrica, da geração até a distribuição e mercado livre para combustíveis), água e esgoto ou Infraero, temos a certeza de que as companhias que ainda são geridas pelo governo deveriam ser vendidas ou doadas. Que todas fossem disputar um autêntico livre mercado e defender, com unhas e dentes, a livre iniciativa. Inclua no rol o Banco do Brasil, com taxas e serviços caríssimos, parâmetros ideais para todos os outros bancos, que vivem aplaudindo-o.
Quem não sofre com o falso “livre mercado” do setor bancário? Tudo é combinado e regido pelo Banco Central;/ não é por outro motivo que sempre é indicado um banqueiro para presidí-lo. O Governo é o maior tomador, combinou que vai absorver tudo que puderem emprestar; as taxas são as maiores do mundo, tudo combinado entre Banco Central e Febraban. E saber que tudo terá que ser pago pelos contribuintes!
Só louco ainda não percebeu que no tempo da CSN (Cia. Sid. Nac) e da Vale (Vale do Rio Doce) em que o patrão era o governo, a pelegada só organizava greves, o tesouro socorria os buracos e tudo que produzissem era considerado verba para distribuir entre os funcionários. Hoje, na mão da livre iniciativa, QUE DIFERENÇA!
O erro das estatais de então é igual às atuais: o perdularismo na remuneração dos seus funcionários. Pelegada e diretores comendo no mesmo prato;/ combinam como esconder as regalias;/ escondem o crime de serem desastrados gestores públicos.
É por tudo isto, benéfico que as companhias que ainda estão na mão do governo sejam vendidas ou até doadas. O lombo do consumidor não deve mais ser a piscina para funcionário público (ou de estatal) nadar e se refrescar; sem ninguém que lhes cobre a eficiência ou a virtude que a CSN e Vale, agora na mão de particulares, passou a cobrar. E ter resultados.
A exigência governamental de que os entes econômicos paguem os impostos à vista arremessa-os, para poderem existir, a contrariar o que é bíblico: “NÃO BASEIE A TUA PROSPERIDADE NO DINHEIRO EMPRESTADO”. (Abraham Lincoln)
Os brasileiros, com urgência, precisam voltar a ter orgulho do seu país. E esta é a maior empreitada do Supremo Tribunal Federal. Quando esta causa tiver atenção e também for a prioridade e meta do legislativo, o Brasil voltará a ser o lar da esperança;/ o executivo será acompanhado com a lupa da verdade e a família voltará a ter futuro.  Façamos valer o direito de morrer sem ódios, iras ou injustiças, mas morramos em paz, porque cumprimos com nossos deveres e não afugentamos a verdade.
O Brasil da esperança não pode conviver com as relações clandestinas entre governantes, lobistas, empreiteiros e detentores de incentivos fiscais, porque nenhum deles é benéfico à sociedade. “A diferença entre Juízes de Primeira e Segunda Instância é: os primeiros pensam que são deuses, os outros, têm certeza”. Neste exato momento, antes tarde do que nunca, o Supremo Tribunal Federal está no trono e o povo irá eleger este trono como o seu Rei.

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