sábado, 28 de dezembro de 2013

MAIS UMA ‘MARQUETADA’: DILMA ANUNCIA AJUDA FINANCEIRA ‘ILIMITADA’ ÀS CIDADES INUNDADAS


Carlos Newton
Como diz o ditado, “falar é fácil”. Os jornais divulgam que, após sobrevoar Governador Valadares e Virgolândia, em Minas, a presidente Dilma Rousseff anunciou ajuda financeira “ilimitada” às cidades devastadas pelas chuvas neste fim de ano e classificou a visão que teve dos municípios mineiros como “impactante”.
Acontece que a realidade é muito diferente. O governo de Dilma Rousseff (ou Lula Rousseff) não conseguiu aplicar este ano o orçamento de que dispunha para prevenir essas calamidades, que desta vez foram responsáveis por 43 mortes só na última semana, sendo 20 em Minas Gerais e 23 no Espírito Santo.
A esse respeito, a repórter Renata Mariz, do Correio Braziliense, fez uma crítica impactante, ao destacar: “A despeito do alívio que investimentos emergenciais podem trazer às famílias que perderam tudo, os discursos de políticos diante da tragédia anunciada, que todo verão faz mortos e desabrigados no país, escondem uma incompetência histórica da gestão pública”.
SEM GASTAR
Realmente, o ano já está acabando e o tal programa Gestão de Riscos e Respostas a Desastres, que tinha R$ 5,3 bilhões para serem aplicados em 2013, só investiu 3,2 bilhões — e já contando recursos pendentes de anos anteriores que só foram pagos no exercício atual.
“São 10 vezes mais gastos com resposta do que com prevenção. Todo ano é a mesma coisa: o governo não consegue sequer aplicar os recursos do orçamento para, depois dos desastres, ter gastos ainda maiores, que poderiam ser minimizados, sem contar as vidas perdidas”, lamentou o economista Gil Castello Branco, fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas.
Segundo ele, o cenário dos desastres acaba sendo interessante para o jogo político, ao lembrar que parte do dinheiro prometido emergencialmente, muitas vezes, nem sai do papel. “Politicamente, é melhor aparecer na hora da resposta do que na hora da prevenção”, denunciou o economista, entrevistado pelo Correio Braziliense.
Por fim, prometer “ajuda ilimitada” chega a ser patético, diante dessa realidade irrespondível.

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