segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Neil Ferreira: Ai meu pai me mostra o caminho pra mim


Pra quem Meu Pai Vai Me Mostrá  o Caminho Pra Mim ? Pra mim é que não tá sendo (Foto: Getty)
Pra quem Meu Pai Vai Me Mostrá o Caminho Pra Mim ? Pra mim é que não tá sendo (Foto: Getty)
Por Neil barata tonta Ferreira, publicado no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo
AI MEU PAI ME MOSTRA O CAMINHO PRA MIM
Neil Ferreira
Neil Ferreira
Ai Meu Pai Me Mostra o Caminho Pra Mim pinta como nosso novo grito de Independência ou Morte. “Meu Pai” não é o pai do falante nestas linhas, cuja força é pra lá de fraca. “Meu Pai” pode ser “Deus Nosso Pai”, se você foi catequizado, batizado, crismado e mergulhado no doce carisma do Papa Chico de Deus.
Pode ser o Pai Jacó, da maior competência e respeito, contratado pelo Córintcha pra enterrar um sapo de boca costurada no Morumby, estádio do São Paulo , forçando-nos a imensos sofrimentos.
Por que agora estádio é essa antipatia de se chamar “arena” e filme é essa antipatia maior de se chamar “franquia” e bandinha de rock marginal, “independente” – não tem estúdio, não tem agente, nunca gravou, não toca em lugar nenhum – esconde-se sob o codinome “indie”?
Neste momento em que cada vez mais sabemos que nada sabemos de tudo o que nunca soubemos, nem vimos, nem ouvimos, sei de cor e salteada a fala Ai Meu Pai Me Mostra etc etc etc, porém tenho dúvidas sobre quem a falou. Falei.
Daí, peço aos caríssimos amici miei para participar desta enquete de relevância relevante, visando a identificar quem pronunciou a frase “Ai Meu Pai Me Mostra o Caminho Pra Mim” e dou preciosa dica: foi seguida com fé desesperada pela Ave Maria cheia de graça. Reza braba esta, endereçada à Mãe de Todas as Mães – que, como toda mãe, é levada no beiço até pelo Demo, o Espírito das Trevas, o Cão, o Tinhoso.
A reza foi rezada de parelho com nuvens ameaçadoras, cada vez mais escuras, sugada pra uma trombada com as pedras de uma montanha altíssima, longe da Cloud Nine, nuvem oficial de George Harrison.
Me perdoem os Coronéis Militares do Regime Militar aposentado e os Militaristas Coronéis Civis da Comissão Militar da Verdade, em plena vigência: jamais me inteirei da letra inteira do Virundum; mas sei de ponta cabeça Hey Jude, dos Beatles, e de trás pra diante She’s like a Rainbow, dos Stones.
Sou um romântico, o Virundum é militarista e sanguinolento, fala até em morte. Pra ser militarista e sanguinolento, sou mais o Alonsonfã, que quando escuto me dá a maior nostalgia de praticar o esporte favorito de FHC, vagabundear em Paris. Então, mãos à enquete pra acertar no chute quem falou a dita “Ai Meu Pai (…)” etc.
Miss Piggy, gritando raivosa: “Nossa embaixada não é Doi Codi; Doi Codi é o inferno, eu estive lá”. Pra mim ficou obscuro se “estive lá” é: estive no inferno, estive no Doi Codi, estive em ambos ou estive carregando o pesado cofre cheio de dólares que o ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, deixou pra sua amante “Doutor Ruy”. Não confundir “Doutor Ruy” com o combatente da Democracia, Doutor Ruy (Mesquita), que há pouco nos deixou.
Mantega, procurando explicar com gestos de prestidigitador de beirada de rua de Vegas, como é em Brasília, o nano-nanico-anão- mixuruco-micro-mico-minúsculo-apoucado-reduzido-enfezado-mixo-insignificante pibinho de nada; a mão é mais rápida do que os olhos, now you see now you don´t, e tudo que tu see é nada.
Maquiadores de Hollywood, incontáveis gerações da Westmore Family, ganhadores de incontáveis “Oscar”, que maquiam os números indesmentíveis do crescimento deste Brasil sil sil. Médicos Trios Cantantes Guajira Guantamera, sei lá se são médicos ou agentes infiltrados, militantes da VAR Palmeiras, inimiga mortal do Córintcha do Lula (que mentira que lorota boa, ele é Vasco, todos sabem).
Se fossem médicos de confiança ficavam lá em Cuba, tratando de El Commandate En Jefe de Las Fuerzas Armadas Soy Yo (Fidel), quem manda é ele mesmoi, Raúl é office boy ( )
Lá em Brasília, procurando o "o nano-nanico-anão- mixuruco-micro-mico-minúsculo-apoucado-reduzido-enfezado-mixo-insignificante pibinho de nada" (Foto: Fábio Pozzebom / ABr)
Lá em Brasília, procurando o "o nano-nanico-anão- mixuruco-micro-mico-minúsculo-apoucado-reduzido-enfezado-mixo-insignificante pibinho de nada" (Foto: Fábio Pozzebom / ABr)
Eu olho pra cá e vejo envergonhado o deputado federal encanado na Papuda, condenado pelo STF por corrupção, continuar deputado por decisão dos seus gêmeos idênticos, seus inter pares – par ou ímpar acho que não sobra um pra gente falar bem; todos eleitos por eleitores que também elegeram o Lulo e a Lula. Se eu pudesse, dava uma boa abecededizada de castigo nesse povo heroico e varonil.
Olho pra lá e vejo a Gangue dos Seis submetendo Joaquinzão Maravilha e nóis tudo à ameaça de uma rasteira acachapante; olho pra acolá, Evo mandando aqui mais do que nós mandamos. Fecho os olhos, em terra de cego quem tem um olho errou ( ).
A Diójanas de Brasília, lanterna acesa na mão e a questão de Um Milhão de Velas Apagadas. O apagãozinho inho inho que assolou a pequenininha regiãozinha do Canadá, logo ali ao norte/nordeste do Rio; o apagãozinho nunca ocorreria quando se falou na redução de 16% na conta de luz no Brasil sil sil ( ).
FHC, prendam os culpados de sempre ( ).
Vote; seu voto sua arma. Atire pra matar.
Pra quem Meu Pai Vai Me Mostrá o Caminho Pra Mim? Pra mim é que não tá sendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário