quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ministro Gilberto Carvalho é do tipo Ofélia - só abre a boca para dizer bobagens



Carlos Newton
Vejam só o senso de oportunidade do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que se acha um ministro da maior importância. Do alto de sua imponência, Carvalho afirma à imprensa que o governo tem R$ 14 bilhões para grevistas.
Uma declaração desse tipo, em meio a greve federais que se multiplicam, tem o mesmo efeito de colocar gasolina no fogo. Mas o boquirroto ministro foi mais longe, ao assinalar  que R$ 14 bilhões representam apenas o valor inicial com o qual o governo está trabalhando para conceder reajuste para os servidores públicos federais em greve.
Logo a seguir, parece que teve um surto de bom  senso e  evitou fazer maiores comentários sob o tema, alegando que o assunto está sendo conduzido pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo secretário das Relações de Trabalho do ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
“Os R$ 14 bilhões são o número inicial, mas está mudando o tempo todo. As discussões continuam. O número vai depender das negociações. Este é um assunto do Ministério do Planejamento. Nestas questões temos de ter uma voz única”, declarou o ministro, ao chegar ao anexo do Planalto, para prestigiar o projeto “Cinema no Planalto”, que exibiu o filme nacional “Heleno”, com a presença do ator principal Rodrigo Santoro.
Questionado se o volume de recursos destinados ao aumento poderia chegar a R$ 22 bilhões, o ministro Gilberto Carvalho não quis responder. “Eu não sei. De fato, eu não sei. O Planejamento está cuidando disso e nós combinamos que nesse governo quem fala sobre este tema é a ministra Miriam Belchior ou Serginho. Na boa”, disse.
Gilberto Carvalho admitiu que incomodou a avaliação de que o governo não estava aberto a negociação. Isso porque, segundo ele, o governo estava “tentando formular números com responsabilidade” e foi acusado de romper acordo.
Como diz o próprio ministro, só há um comentário a fazer: “Na boa…”.

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