terça-feira, 29 de dezembro de 2015

PORQUE NO BRASIL TEM LADRÃO QUE NÃO ACABA MAIS - by REMILTON ROZA



Meu sobrinho me fez uma pergunta outro dia que me deixou sem respostas e me fez pensar muito a esse respeito. Porque no Brasil só tem ladrão? Essa pergunta pode parecer um pouco forte, mas ela tem fundamento para que um garoto a faça para um adulto. Há ladrões em toda parte no país que vão dês de um posto de gasolina até o palácio do planalto em Brasília, em todo lugar a gente sempre encontra um pilantra querendo passar a perna nos outros. No caso dos políticos os responsáveis por os colocarem lá sem duvida alguma é o próprio povo. Os políticos são eleitos pelo povo, já pensou na sua responsabilidade no assunto?! É por meio da malandragem que o povo elege esses bandidos, em troca de um favorzinho, um emprego ou até sestas básicas o Zé Povinho ajuda a eleger todo tipo de pilantra para administrar o país. 

Lembra da história de “Pilatos”?! O ladrão foi solto e Jesus condenado! No Brasil acontece a mesma coisa e o “Distrito Federal” representa “Pilatos”. O povo vai às urnas e elegem na maioria das vezes os piores candidatos, os candidatos arriscam seus nomes nas eleições dizendo: Vai que cola... E cola! O político é um homem do povo, perfeitamente inserido na sociedade brasileira e eleito pelo povo. A maioria dos políticos são ladrões porque a maioria das pessoas também o é. Quantas vezes você esqueceu algum objeto e quando voltou para pegá-lo, já não estava mais lá? A maioria dos políticos faz "rolo" com vistas à corrupção porque a maioria das pessoas também o faz no seu dia-a-dia. O político não é um ET, é um brasileiro como todos nós, enquanto nós não decidirmos ser pessoas honestas, corretas, decentes, o país não sairá do buraco jamais.

Segundo o Lula a culpa dessa esculhambação do Brasil é dos portugueses! Até que ponto a origem e a cultura dos colonizadores influenciam o destino de um país?  A revelação de estranhas atitudes dos portugueses em relação ao Brasil pode esclarecer um bocado sobre as causas da nossa esculhambação nacional. Quando o Brasil foi descoberto, em 1500, Portugal estava mais preocupado com as especiarias das Índias que com novas terras. A expedição que percorreu a nossa costa em 1502 e 1503, constatando que não havia ouro nem pedras preciosas no litoral, não fez mais que dar nomes de santos aos principais acidentes geográficos e ir embora. E nos teria deixado esquecidos muito mais tempo, não fosse a insistência da França em se estabelecer aqui; os franceses planejavam desenvolver cidades e povoar a nova terra, mas foram repelidos pelos portugueses, os quais só tinham interesse em extrair nossos recursos naturais e exportá-los para a Europa. Então, provavelmente, os franceses teriam sido melhores colonizadores para o Brasil.

Também os holandeses queriam fazer daqui um lugar civilizado e progressista. Realizaram importantes obras de estrutura urbana no nordeste, fizeram estudos pioneiros de Botânica e de Geologia, trouxeram artistas, artesãos, cientistas e professores e até construíram um observatório astronômico e meteorológico. Também foram expulsos pelos portugueses, que, aliás, não nos legaram sábios, mas degradados, proscritos, condenados e exilados a escória de Portugal, um país quase feudal, com mais de 80 por cento de analfabetos. Sem dúvida, os holandeses teriam proporcionado uma civilização mais adiantada ao Brasil. Quanto aos ingleses, pode-se dizer que foram nossos colonizadores indiretos, beneficiando-se das riquezas brasileiras desde o Descobrimento até o século 20. Portugal estava tão endividado com os britânicos que grande parte dos produtos e do ouro brasileiros era repassada diretamente por Lisboa a Londres. E mesmo mais tarde, com a nossa independência e depois com a república, a Inglaterra foi o grande credor do Brasil, a quem determinava os rumos políticos e comerciais. Mais que os portugueses, os britânicos sugaram os brasileiros por 500 anos. Com toda a certeza, a Inglaterra não poderia ter sido pior coadjuvante na colonização do Brasil.

No início do século 18, o Brasil passou a transformar-se rapidamente por causa da descoberta de ouro e diamantes na Minas Gerais. Milhares de escravos, aventureiros, garimpeiros, tropeiros e comerciantes correram ao novo eldorado. A necessidade de produtos e serviços cresceu subitamente e havia dinheiro para pagar por elas, mas o governo português não aprovava toda essa movimentação por achar que o progresso da colônia tornaria dispensáveis os produtos trazidos de Portugal. E tomou uma decisão drástica e perniciosa: isolar o território brasileiro e torná-lo dependente de Lisboa para quase todas as necessidades. Nessa época, o Brasil não era mais que um imenso fornecedor de matérias-primas. Embora não existisse o termo "valor agregado", o conceito era bem conhecido, como se vê neste parecer de um conselheiro ultramarino: "A condução dos gêneros para o Reino deve ser na forma mais simples possível, sem mudar a espécie o açúcar em grão, e não em doces; o cacau em grão, e não em chocolate; o tabaco em corda, e não em pó; o couro em sola, e não em sapatos; o ouro em barra, e não em moedas". O motivo para esta exigência estava claro: "Os gêneros nas suas formas mais simples, tem menos valor quando lhes falta de composição; e dão mais que laborar aos oficiais do Reino".

Entre várias medidas destinadas a manter o Brasil apenas como celeiro português sobressai a total dependência do comércio com Portugal e as proibições de compra e venda a países estrangeiros, de instalação de indústrias e de abertura de universidades. Nenhum navio estrangeiro podia aportar na costa brasileira a menos que estivesse em situação de emergência, como doenças a bordo ou necessidade de reparos na embarcação, e mesmo nestas condições os tripulantes e os passageiros eram proibidos de desembarcar. Durante quase um século, cidades como Salvador e Rio de Janeiro foram isoladas do mundo e seus portos proibidos a todas as nacionalidades, exceto a portuguesa (e a inglesa, extra-oficialmente). As cidades não podiam ter ostentação e sua arquitetura devia ser despojada e simples, exigência que influenciou a aparência urbana brasileira e lhe conferiu características quase rústicas o que mais tarde, no século 20, ensejou a reconstrução de algumas capitais em rebuscado estilo parisiense, como o Rio de Janeiro na Reforma Passos. Membros da corte e religiosos ficaram imunes à lei Pragmática, naturalmente.

Um país isolado do mundo, sem educação, privado de informação, impedido de evoluir social, científica e tecnologicamente. Cidades onde as mulheres só podiam sair de casa aos domingos, acompanhadas pelos parentes, para ir à missa. Enquanto o Brasil prostrava-se perante a tirania medieval portuguesa, em 1786, por exemplo, na América do Norte brilhava personalidades como “Benjamim Franklin” e “Thomas Jefferson”; e se aqui o povo ainda engatinhava na leitura de folhinhas de reza e livros de Santa Bárbara (best-seller da época), nos EUA era elaborada a Constituição Americana. Percebe a diferença? Ou seja, o Brasil dês da sua descoberta já era um país controlado para ser apenas um simples país fornecedor, sem chances de crescer, evoluir! Ao longo do tempo o país foi se desenvolvendo, mas sempre com dificuldades e absoluto controle para que não passasse de um simples pais de terceiro mundo. E hoje mesmo com tanta tecnologia porque ainda continuamos na merda, porque o Brasil não sai nunca das zonas de rebaixamentos, porque o país não evolui? Principalmente por causa de seu povo! Índios, escravos, miseráveis de várias partes do mundo, degredados deram lugar a um povo heterogêneo (diferente). Ao mesmo tempo, as desigualdades sociais espalharam a miséria e fermentaram uma população carente que se multiplica livremente e assustadoramente. Como disse Luís Fernando Veríssimo: "O Brasil seria primeiro mundo se só existissem as classes média e alta". Ele fez humor com a verdade!

Resumindo são vários fatores que leva uma pessoa a roubar no Brasil. Genética (descendentes de bandidos), fome, falta de emprego, espelhar-se nas falsas imagens que a TV passa, ver políticos roubarem e nada acontecer, ver advogados e juízes corruptos, ver que a lei do mais forte prevalece, ver alguém de sua família morrendo e não ser atendida em hospitais públicos, não ter dinheiro para comprar remédio e o SUS não fornecer. Segundo os psiquiatras a pessoa já nasce com o caráter formado. Frequentemente você vê na televisão jovens de classe média alta envolvidos em assaltos. Nestes casos não é por falta de dinheiro porque isso eles têm de sobra é puramente falta de educação e caráter mesmo!

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