terça-feira, 7 de abril de 2015

COLUNA DO CLAUDIO HUMBERTO

A economia está em frangalhos, o governo aplica calote até em programas sociais, mas a presidente Dilma contratou por R$49 milhões a empresa “Shows Serviços de Festa”, com o objetivo de tornar mais festivos os seus eventos. O caso guarda certa semelhança com o Baile da Ilha Fiscal, em 1889, quando a realeza se divertia na mais luxuosa festa da história do Império às vésperas da Proclamação da República.
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Os R$ 49 milhões da empresa de festas contratadas por Dilma seriam suficientes para construir 530 casas populares ao custo de R$ 93 mil.
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Pago com verba reservada ao socorro a flagelados da seca no Ceará, o Baile da Ilha Fiscal foi marcado pelo excesso e pela extravagância.
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O Baile da Ilha Fiscal consumiu 10% do orçamento do Rio de Janeiro. A empresa de festas, o equivalente a 1,4 milhão de bolsas família.
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O governo gastou no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), até fevereiro, 31,8% do que foi gasto no mesmo período de 2014.
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Um mês após a “Lista de Janot” de citados na Lava Jato, Dilma pediu “mais informações” de órgãos de inteligência sobre o ex-deputado Henrique Alves, como se custasse a acreditar que ele não foi incluído. Até por detestá-lo, Dilma dizia que só o nomearia após ver a lista, o que ocorreu há um mês, em 6 de março. A boa notícia para ele é que Dilma ainda cogita nomeá-lo, cedendo à pressão de Eduardo Cunha.
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Nervoso, Henrique Alves fala mal de Renan Calheiros nos bastidores, acusando o senador de “jogo duplo” para impedir sua nomeação.
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Alves pediu Integração, de orçamento 10 vezes maior, mas se contenta com Turismo. O atual ministro, Vinícius Lages, foi indicado por Renan.
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Se Henrique Alves não virar ministro, Eduardo Cunha ameaça aprovar “pauta-bomba” de projetos que tornam inviável o ajuste na economia.
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Além de o governo promover o indecoroso acordão de leniência, os deputados petistas Vicente Cândido (SP) e Sibá Machado (AC) querem o financiamento de bancos públicos para empreiteiras que fraudaram licitações, superfaturaram contratos e subornaram agentes públicos.
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O Ministério do Trabalho nomeou Rodrigo Melo Nogueira para chefiar sua subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração. Ele aparece na lista de envolvidos na sétima fase da Operação Lava Jato.
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O “Vem Pra Rua”, movimento que organiza as manifestações contra Dilma, no próximo domingo, 12 de abril, estima que os protestos serão realizados em mais de 270 cidade brasileiras.
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Os petistas acham que “não existe crise” porque esgotaram os chocolates de Páscoa de alto custo. Apressados, nem se deram conta de que as vendas no período tiveram pior resultado desde 2007.
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O cafezinho do Salão Verde da Câmara está com os dias contados. Além de construir um shopping na Câmara, fazendo a obra saltar vários bilhões, Eduardo Cunha quer construir ali um novo gabinete.
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Produtores rurais também se organizam para o protesto de 12 de abril. Montaram o “tratorzaço” convocando camponeses para protestar contra o governo, seja “a pé, a cavalo ou de trator”.
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O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) não recebe auxílio-moradia, mas o ex-titular do mandato, Vital do Rêgo, agora ministro do TCU, ainda não entregou o apartamento funcional exclusivo de senadores.
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A CUT, central sindical controlada pelo PT, convocou manifestação contra o projeto de reforma política do PMDB. Virou piada: marota, a CUT marcou o ato para dia da semana e no horário de trabalho.
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Se o governo for tão eficiente para “recuperar a Petrobras” como o foi para deixar que a surrupiassem, vai sobrar alguma coisa da empresa?

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