quinta-feira, 9 de abril de 2015

ARTIGO, AMADEU WEINAMNN, ZERO HORA - BALA PERDIDA, OU A NOVA GUERRA CIVIL


Ao lado, cena da guerra civil americana - 

Cada vez que ligo o rádio, a televisão ou leio jornal, encontro sempre a notícia do assassinato de alguém pelo abominável personagem da bala perdida, do qual grande número de vítimas são mulheres e crianças.
Com vivência na advocacia e no magistério penal, pergunto-me por que o Brasil é um dos países onde a criminalidade mais cresce, não somente em quantidade, mas, fundamentalmente, em crueldade.
A desumanidade é perene, crescente e incontrolável, levando-nos à conclusão de que as ciências penais fracassaram no combate à violência nas ruas, à violência na família, à fome e à desesperança são evidentes, e não fantasiosos. Violência urbana e rural, contra as minorias reais ou culturais, sequestros, torturas, mensalões, petrolões, estudos emblematicamente paralelos às discussões que o nosso jurídico elabora sobre a melhoria das condições democráticas da nossa sociedade.
Não bastante isto, elegemos, democraticamente, como solução ao combate à criminalidade, o desarmamento do cidadão honesto.
Foi assim na Rússia de 1917, na Alemanha de Hitler, na Itália de Mussolini, na Espanha de Franco, no Portugal de Salazar, na Cuba de Fidel Castro e _ para não esquecer, no regime de 37, o ditador mandou fechar os tiros de guerra, uma instituição, até então, tradicional no Brasil.
De outra banda, vemos no artigo 2º do adendo à Constituição Americana, do Bill of Rights, há mais de 200 anos vigorando o princípio que diz: “Considerando-se que uma milícia bem organizada é necessária para a segurança de um Estado livre, o direito do povo de possuir e manter armas não será violado”.
Foi fácil desarmar o homem de bem. Bastou tirar-lhe seu inalienável direito de possuir e manter armas para seu direito de defesa. A frase é atribuída a Mao Tsé-tung: “O guerreiro usa sua espada e seu poder para dar a vida e trazer justiça; o bandido, para tirar a vida e trazer injustiça. Um povo fraco e desarmado é presa fácil para os homens maus”.

Pergunto, então: como se há de fazer para desarmar o bandido?

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