quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Terror - by Miranda Sá

Miranda Sá (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Muitos colaboraram com a ascensão do Partido dos Trabalhadores, mesmo sem filiação ou dar-lhe o voto. Após a redemocratização reinava uma simpatia pelas atraentes propostas de Democracia e Justiça Social que ele acenava. Intelectuais de várias escolas filosóficas acompanharam interessados a evolução do partido e admiravam o idealismo de suas bases que atraía estudantes, jornalistas, médicos, pequenos empresários, policiais, professores, religiosos, servidores públicos e sindicalistas.
A legalização desse partido (“de novo tipo”) passou pelo crivo do general Golbery do Couto e Silva, eminência parda do regime militar. Com ele propunha enfrentar o Partido Comunista oficial, burocratizado, a serviço da URSS e desarvorado pelas denúncias anti-stalinistas contidas no Relatório Kruschev.
Subestimou, porém, o amoralismo de Lula, sindicalista, pelego da Volkswagen e agente duplo como informante do Dops paulista, segundo Tuma Jr.. O General jamais imaginou que o PT se transformasse numa ameaça fascista para o Brasil. Golbery era um duro inimigo dos totalitarismos e registrou no seu livro Conjuntura Política Nacional & Geopolítica do Brasil este contundente registro:
“Rememorando as caçadas medievais às bruxas, os desmandos cruéis de Pizarro, a escravização dos africanos e o extermínio dos indígenas na América do Norte, Hitler dominou a Alemanha com sua tétrica estratégia do terror, hordas dos novos bárbaros das SS e os pogroms racionalizados dos campos de concentração e das câmaras de gás.”
Como Golbery, o cérebro da geopolítica (e “gênio” da raça, segundo Glauber Rocha) eu embaralho o fascismo com o terror. Sempre relembro o livro “1984”, de George Orwell, trazendo o extrato do totalitarismo, baseado nas ditaduras fascistas e no stalinismo.
É lenta e gradual a marcha do lulo-petismo para o terror fascista; com essa estratégia, agregou o fisiologismo de políticos corruptos, o oportunismo dos aventureiros, o crime organizado e os lúmpens desideologizados que infestam as cidades, drogados e vadios.
Assim, o PT-governo e a pelegagem declassé que o domina, mesmo sem coragem de centralizar a administração pública, aparelha órgãos-chave do governo com militantes fiéis à voz do dono. Mantém centenas de funcionários do partido com dinheiro público, usando-os como massa de manobra.
Devagar, devagarzinho, o lulo-petismo compra a mídia burguesa com abundantes verbas públicas e, não satisfeitos, aprova decretos no Congresso servil para submeter a imprensa não comprada e disciplinar jornalistas.
Ainda não tiveram condições políticas para montar a “Polícia do Pensamento” e reprimir os opositores, mas sucatearam a Polícia Federal e criaram uma “Força Federal”, guarda palaciana à disposição do PT-governo.
Avançam para dominar o que resta do Judiciário, com a mesma tática das ditaduras assemelhadas ideologicamente, principalmente as ditaduras narco-populistas da América Latina. Atentando contra a República, instalaram um governo de manifestações sectárias. A maioria dos ministérios – que são 40 – não cumpre as suas tarefas básicas, limitando suas atividades a um esquema propagandístico cientificamente elaborado. Aos principais ministérios, Defesa, Educação, Meio Ambiente, Saúde e Transportes, agregaram secretarias subordinadas à Presidência, a fim de embalar as massas e distrair os movimentos sociais cooptados.
Agora, o PT-governo investe no inconstitucional decreto presidencial 8.243, de 23 de maio, que em seu artigo 1º, fala em implantar a “democracia participativa”, um “modelo político” que dá poder aos movimentos sociais, sindicatos, ONGs e entidades corporativas, cooptados através de verbas públicas e tornados frentes legais do PT.
Foi desta maneira que Fidel Castro dominou Cuba, inspirou Chávez na Venezuela e influencia os governos narco-populistas latino-americanos. Uma cópia em xerox dos “sovietes” stalinistas apodrecidos pela burocracia e corroídos pela corrupção, e sepultados pela História.
Com o decreto 8243 teremos a implantação oficial do terror, extinguindo os direitos individuais consagrados na Constituição, controlando as manifestações religiosas e impondo a educação estatal das crianças policialescamente.
Não é por acaso a diáspora partidária das pessoas honestas que se decepcionam e se afastam. Reagem por que foram iludidos, são estudantes, jornalistas, médicos, pequenos empresários, policiais, professores, religiosos, servidores públicos e sindicalistas.
Diante disso, vamos nos unir, e não basta criticar e sim incentivar as contradições políticas para impedir a implantação da ditadura petista. Se faltar eco das forças vivas da sociedade, só restará uma coisa contra o terror: o voto consciente contra o PT.

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