sexta-feira, 16 de maio de 2014

Marketagem transforma Lula no líder máximo do combate à corrupção para animar militância petista


Posted: 16 May 2014 05:38 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Merece o Oscar de Piada do Século o filmete que mostra Lula como o líder da maior campanha de combate à corrupção no Brasil. A peça foi ao ar ontem na propaganda partidária (nada gratuita) do Partido dos Trabalhadores. Definitivamente, a “fabricação de mentiras que podem se transformar em verdades” continua sendo a principal tática da propaganda petista. A esquizofrenia é a marca da marketagem no momento de aquecimento da militância petista para a grande guerra releitoral.

Foi patético ver Lula exigindo de uma multidão de militantes que recupere os princípios de “honestidade” que marcaram a criação do PT – que o falecido Leonel Brizola tão bem definia como uma “UDN de saias”. Mais hedionda ainda foi a filmagem de gavetas amontoadas, para indicar que, no passado, denúncias de corrupção eram engavetadas, mas, agora, sob governo do PT, tudo é apurado. O caso Petrobras, o Rosegate e os desdobramentos do Mensalão indicam que o arquivo petista ainda tem infinitas gavetas para encobrir o que não interessa ser mostrado.

A demagogia contida no vídeo de propaganda petista é um espetáculo de deslavada cara de pau. A pregação do locutor petista se assemelha à conversa do Diabo para se reeleger na presidência do Inferno, invocando divinas ações de falso moralismo político: “Nunca tantas pessoas foram investigadas e julgadas. Porque antes, quando eles governavam, sabe o que acontecia com as denúncias? Morriam, esquecidas na gaveta. O que você prefere? Avançar no combate a corrupção? Ou voltar ao passado?”

De novo, a estratégia do medo, ação sem originalidade repetida por todos os marketeiros de situação e por alguns de oposição, na maioria dos discursos de campanha eleitoral. Enquanto a propaganda petista dá um show de mistificação, nas ruas, recomeçam os protestos. Mais uma vez, patrocinados por movimentos organizados, com foco revolucionário, que fazem um jogo de morde e assopra com o petismo. A bronca pré-copa tendem a atrair para as ruas uma grande massa de insatisfeitos – junto com muitos baderneiros profissionais. O clima de caos pré-revolucionário, que tanto interessa também aos segmentos petistas, estará instaurado...

Até o momento, só acontece um fenômeno estranho – captado por uma pesquisa da empresa R18 Tecnologia, a pedido do jornal O Globo. O impacto da mobilização de ontem, com confusões em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, foi medido nas redes sociais (Twitter, Facebook e Instagram): “Diferentemente de 2013, as manifestações de ontem contra a Copa não foram o tema central nas discussões na internet. As greves roubaram a cena da discussão virtual, com 65 mil menções compiladas até as 17h. Os protestos tiveram quase três vezes menos citações (26 mil). Até a capilaridade diminui. Ontem, 64% das mensagens se restringiam a apenas três estados: Rio, São Paulo e Pernambuco”.

A radicalização tende a aumentar antes do começo da “Copa das Copas” (conforme propagandeada oficialmente pelo desgoverno petista). Mas a previsão é que, quando a bola rolar de verdade, como de costume, a massa bronqueada se transforme na grande torcida pela vitória da Seleção Brasileira da CBF. Por enquanto, bronca e agitação são ferramentas dos otários. Depois, os otários vão mergulhar no clima ilusionista da Brazil Fifa World Cup – que tem enorme chances de entrar para a História como um dos eventos mais desorganizados do mundo.

Sob a pele do demagogo


Em 17 de julho de 2005, o então presidente Lula deu esta entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, feita pela jornalista brasileira radicada na França, Melissa Monteiro. Desde aquela época, Lula dá provas de que, no discurso, é excelente no combate à corrupção.

Sob a pele


Scarlett Johansonn é uma alienígena que se alimenta se seres humanos na mais polêmica produção de ficção cientítica feita pelos britânicos.

Para isso, a extraterrestre assume a forma de uma mulher bela e sensual para devorar homens, com sua sexualidade voraz.

Under The Skin, dirigido por Jonathan Glazer, já é considerado pela crítica um dos melhores filmes do ano.

Copa dos Vexames




Argolo ou Argola?


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Maio de 2014.
Posted: 16 May 2014 05:33 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto Sardenberg

Os países da Zona do Euro, mais a Inglaterra, sendo democracias — e boas democracias — entraram num intenso debate para encontrar um programa de saída da crise, aquela de 2008/09. A coisa ficou ainda mais complicada porque, ao problema do momento, somaram-se as dificuldades estruturais do modelo europeu — gasto público excessivo, inclusive com previdência, muitos impostos para pagar, exagerada presença do Estado a inibir o setor privado, custo alto de produzir por lá etc.

Não por acaso, o debate se prolongou. E as críticas tornaram-se constantes. Dizia-se: além de tudo, os europeus estão num impasse político que bloqueia as decisões.

Era verdade, mas foi o então primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, quem colocou o dilema mais claramente. Ele perdeu a paciência no debate e saiu-se com esta: “Ora, todo mundo aqui sabe o que precisa ser feito; o que ninguém sabe é como ganhar as eleições depois.”

O pacote de maldades — como aplicá-lo de modo que o eleitor perceba que aquilo é para o bem do povo e mantenha seu voto? —, eis a questão com a qual os líderes políticos se defrontam com frequência.

Não é fácil. Aplicar a seco as medidas de ajuste, com frequência, provoca uma grande resistência popular que, numa democracia, leva à derrota no Parlamento e nas eleições.

Aí não adiantou nada, nem para o governante nem para a população. O ajuste não só se interrompe pelo caminho, como fica amaldiçoado.

O medo de cair nessa situação leva ao imobilismo governante menos esclarecido e determinado. Ele trata de empurrar com a barriga, adiar medidas o máximo possível — e esse é o caminho certo para mergulhar numa crise cada vez pior.

Esse tipo de governo, de direita ou esquerda, cai numa sequência de improvisos: aumenta um imposto aqui, corta outro que suscitou mais protesto, eleva o preço da energia elétrica, segura a gasolina, corta investimento, aumenta gasto com salários, atrasa obras, concede mais benefícios, sobe juros para uns, diminui para outros e assim vai.

A política econômica perde eficiência, a insatisfação se generaliza.
Reconheceram? Pois é.

Também é comum uma outra tentativa: o candidato sabe o que precisa ser feito, não diz para não perder votos, mas trata de fazer depois de eleito.

Em geral, é um conselho de marqueteiros. Por exemplo: pessoal do entorno da presidente Dilma comentou que ela não vai fazer “sincericídio”. Com isso, se queria dizer que ela também sabe que o país precisa de ajustes, mas que não vai sair por aí anunciando “medidas impopulares’’. Mais que isso: sua estratégia será a de dizer que a oposição prepara essas maldades.

Se for assim, não vai dar certo. No curso desta campanha, Dilma também precisará dizer que não vai fazer aquilo que, dizem, consideraria necessário para depois. De certo modo, ela já está fazendo isso, ao deixar para depois das eleições medidas como aumento do preço da gasolina e do imposto da cerveja.

Ou seja, ela cai num “mentiricídio”. Não dá para ganhar a eleição assim e depois dizer que, bem, brasileiras e brasileiros, vamos precisar de algum sacrifício... Dizem que seria seu último mandato, o que a liberaria para as maldades. Não é assim: o governante não é só ele, é ele mais a sua turma, que vai continuar aí.

Tudo considerado, é mínima a chance de a presidente Dilma, ganhando, mudar o curso de sua política econômica.

E como a oposição lida com esse dilema? Fica para a próxima.

ITAQUE... WHAT?

Imagina um croata que veio ao Brasil ver a Copa. A seleção dele faz um jogo de honra, a estreia contra o Brasil, em São Paulo.

O ingresso oficial da Fifa informa que a partida será na “Arena de São Paulo”.
Não existe isso, diz o porteiro do hotel ou o taxista ou o voluntário da Fifa: “O jogo é no Itaquerão.”

Itaque... what?

Ele confia e pega o metrô indicado. A sinalização manda que ele desça na “Arena Corinthians’’.

Pelo menos já apareceu a palavra “Arena”, que consta do ingresso. Ele desce, começa a caminhar e topa com placas oficiais, da Fifa World Cup, indicando o “Itaquera Stadium”.

“Qual é o problema?”, diria o ministro do Esporte. No Iraque nem placa tem...


Carlos Alberto Sardenberg é Jornalista. Originalmente publicado em o Globo em 15 de maio de 2014.

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