terça-feira, 27 de maio de 2014

Collor, um cara de pau, por Ricardo Noblat


É muito simples: o juiz federal do Paraná Sérgio Moro informou, na semana passada, ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que a Polícia Federal apreendeu no escritório do doleiro preso Alberto Youssef comprovantes de depósitos bancários que tiveram o senador Fernando Collor (PTB-AL) como beneficiário. São oito comprovantes de depósitos, que somam R$ 50 mil.
O que fez Collor? Assomou à tribuna do Senado, ontem, para se dizer vítima de uma campanha da mídia. Gastou mais da metade do seu discurso criticando a revista VEJA. Negou que conheça o doleiro. Quanto aos depósitos... Limitou-se a comentar:
- [...] Tudo precisa ser bem esclarecido, no seu devido tempo, e no seu devido lugar. Por isso, estou providenciando uma consulta oficial à Polícia Federal, ao juiz Sérgio Moro e ao Ministro Teori Zavascki no sentido de ter acesso aos documentos e a todas as informações que me dizem respeito, a começar pela exata descrição de como, por quem e em que condições foram achados e vazados os ditos comprovantes.

Fernando Collor, senador. Foto: Divulgação

Ou seja: não negou os depósitos, amparados em comprovantes. Está interessado, apenas, em saber como foram achados e vazados para a imprensa.
Políticos do tipo de Collor parecem imaginar que sempre conseguirão enganar o distinto público. Não aprendem.

Um comentário:

  1. Infelizmente esses políticos não aprendem, porém, o povo pior ainda... Se o Collor está lá no Senado, o povo do estado de Alagoas o colocou lá novamente mesmo tendo sofrido um Impeachment. Assim acontece com os políticos coronealistas Brasil afora... Agem assim porque sabem que não serão punidos e voltarão ao poder pelo voto do povo.

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